Bem pessoal, tenho visto bastante dificuldade por parte dos recém chegados ao mundo GNU/Linux quando o assunto é MBR e sistemas de arquivos. Em vista disso eu resolvi mastigar bastante esse artigo e espero que ajude vocês que estão chegando agora a entender definitivamente o que é MBR e como funciona o sistema de arquivos do GNU/Linux.
Hoje, para um sistema ser chamado de GNU/Linux ele tem que seguir uma série de regras quanto a sua estrutura de arquivos; essa estrutura é chamada de Filesystem Hierarchy Standard. Entendendo como esses arquivos são divididos podemos modelar a forma de particioná-los de acordo com as nossas necessidades.
Segue uma descrição básica abaixo:
/ - Diretório raiz, o barra é o inicio do sistema. Antes do barra não existe absolutamente nada.
/bin - Diretório dos binários de comandos essenciais do sistema.
/boot - Diretório de inicialização do sistema (Grub, boot-loader, kernel do Linux etc).
/etc - Diretório dos arquivos de configuração do sistema. Configuração de IP da NIC etc.
/home - Diretório de armazenamento de dados pessoal dos usuário dos sistema.
/var - Diretórios de logs do sistema.
/tmp - Diretório que contém os temporários. Temporários reais! Ao reiniciar eles são apagados.
/opt - Diretório dos projetos diversos ou de armazenar programas não oficiais da distribuição.
/usr - Diretórios que contém os arquivos nativos do usuário.
/lib - Diretório das bibliotecas e dos módulos do sistemas (módulos = driver).
/root - Diretório pessoal do superusuário.
/sbin - Diretório que contém os comandos binários de uso exclusivo do root.
/proc - Diretório de acesso direto aos processos existentes na memória.
/dev - Diretório dos dispositivos do sistema, como modem, placa de rede, disco rígido etc.
Bem amigos, com somente um passar de olhos no sistema de arquivos do GNU/Linux podemos perceber diferenças gritante entre ele e o Windows. Conseguiram notar?!
Três diferenças principais:
O GNU/Linux não identifica suas partições por letras (C, D, E). Elas são identificadas pelos seus respectivos nomes, como mostrado acima e pela partição em que se encontram "montados".
Alguns diretórios podem e devem ser montados em partições diferentes (mostrarei um exemplo mais a frente").
O Linux pode trabalhar com diversos formatos (ext2, ext3, ext4, reisersfs, fhs etc)
[1] Comentário enviado por lucianomarques1 em 22/03/2010 - 14:28h
Achei bem interessante o artigo, mas fiquei sem entender algumas coisas:
# Separe o ("/var"). Certifique-se de que ele será grande o suficiente para conter os sues logs e o esquema de rotação deles.
# Separe o ("/tmp"). O seu tamanho dependerá dos aplicativos que você utilizará. Ele deverá ser grande o suficiente para conter os arquivos temporários de todos os usuários simultaneamente.
# Separe o ("/var). Faça-o grande o suficiente para acomodar a criação do kernel. E ao torná-lo um diretório separado você poderá compartilhar através do NFS.
# Separe o ("/home") para obter uma integridade maior dos dados dos usuário.
Repare que você colocou duas vezes o /var, imagino que na parte da criação do kernel seja o /boot.
A partição /home, eu já trabalho com ela em separado há algum tempo, mas por que de separar o restante também ????
[7] Comentário enviado por nicolo em 23/03/2010 - 13:08h
Os dados colocados nas áreas mais a borda do disco , onde a velocidade tangencial é maior são lidos mais rapidamente que os dados colocados perto do eixo do giro,
assim as primeiras partições tem leitura mais rápida que as últimas.
A mecânica de inicialização é a partir da trilha zero, MBR que redireciona para a tabela de boot menu \boot.ini no windows e /boot/grub/menu.lst no grub 1.
No grub2 e diferente.
2-Os particionadores de disco escrevem no MBR, portanto seu uso deve ser cuidadoso, devido a alteração da tabela de partições e daí vai tudo pro espaço.
[9] Comentário enviado por lpabessa em 24/03/2010 - 10:09h
bem luciano.
Imagine a seguinte situação..... Um servidor de e-mail com um hd de 80 GB (apenas uma suposição).
1 motivo = separar o /var. Um servidor de e-mail gera GB's de logs ..... e se este ponto de montagem estiver junto ao seu "/" raiz e voçe nao tiver um controle sobre esses logs, seu hd nao terá mais inodos e espaço .... logo seu sistema ficará em somente leitura. Parando o servidor ....
isso pode se aplicar a desktop's tbm ... normalmente instalações linux duram bastante tempo, e normalmente não se da muita atenção a rotacionamento de logs (ex. syslog) o que pode ocasionar tbm uma parada de sistema.
2 motivo separar /tmp
imagine que vc tenha um gravador "blu-ray" que pode gravar ate 25 GB .... e bom vc ter um espaço especifico para fora do raiz do sistema para gerar os arquivos temporários criados por essa gravação.
3 motivo - o sistema "raiz (/)" separado dos outros pontos de montagem fica mais robusto e resistente a falhas se configurado corretamente .... logo voçe terá um sistema estável e seguro (se configurado corretamente)
[12] Comentário enviado por ValderramaHard em 02/05/2018 - 15:28h
Pode ser muita ingenuidade minha, mas por que as partições não podem ser menores que 16 bytes, para comportar mais partições primárias? ou então, ao criar só duas partições são duas de 32 bytes ou duas de 16, com espaço sobrando?