Trago neste artigo, uma abordagem simples sobre conceitos e a configuração de
RAID por software com duas ferramentas muito utilizadas para tal propósito, o
raidtools e o
mdadm.
Mas antes de entrarmos afundo nas ferramentas, o que é RAID?!
- RAID significa:
Redudant Array of Independent Disk
Algo como "Matriz redundante de discos independentes", e a ideia básica de RAID é combinar diversos discos em um volume lógico com o intuito de disponibilizar maior confiabilidade, redundância de dados e/ou ganho de desempenho, dividindo as operações realizadas nos discos (leitura e escrita).
O que define o modo ao qual o RAID em si irá trabalhar (desempenho e/ou redundância) é o "nível" de RAID, onde destes existem vários (0,1,5,10..), cada um com uma utilização específica, podendo inclusive ser combinados entre si.
Abaixo, abordarei dois níveis básicos e muito conhecidos, o RAID-0 e o RAID-1.
RAID 0
É utilizado exclusivamente para o aumento de desempenho usando dois discos iguais para reduzir o tempo de escrita no disco. O grande problema deste tipo de RAID é a falta de confiabilidade nos dados, pois se um dos discos falhar todos os dados armazenados serão perdidos devido aos dados estarem "separados" entre os membros do array.
RAID 1
Este tipo de RAID é utilizado para a redundância dos dados, onde uma cópia dos dados é feita entre os membros que estão no array.
São utilizados dois discos, sendo que o espaço disponível será o do menor disco, porém, o desempenho é um pouco afetado devido às operações serem gravadas mais de uma vez.
Outros exemplos de RAID:
http://pt.wikipedia.org/wiki/RAID
Quanto aos softwares utilizados:
- raidtools → Esta é uma ferramenta que tem se tornado obsoleta. Eu, particularmente, prefiro o mdadm, mas de qualquer forma é uma ferramenta bacana, antiga, porém ainda usada. Segundo as "más" línguas, o software em questão é instável e contém alguns bugs, mas gosto é gosto. :)
- mdadm → Uma ferramenta muito poderosa, seu suporte foi incorporado ao kernel 2.6, onde módulos referentes ao RAID e também sobre o LVM (que por sinal será o próximo artigo), melhoraram e muito. A ferramenta em questão é de fácil configuração, estável e é muito fácil encontrar sua documentação na Internet. O nome md significa "multiple Device". E adm, é óbvio que significa "administrar" (ou seja, administrar múltiplos dispositivos). Ele é um software free e disponibilizado sobre a licença GPL.
O ambiente: Dois discos rígidos de 3GB, utilizando uma máquina virtual com o
Debian instalado.