Onde estão os programadores casuais?

No presente artigo, busco entender onde estão os programadores hobbystas de antigamente. Teríamos hoje uma linguagem propiciando isso?

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Por: Tiago Baciotti Moreira em 20/03/2010 | Blog: http://www.baciotti.com


Onde estão os programadores casuais?



Como comentei em um artigo anterior, tive a sorte de começar a mexer em computadores ainda na época do MS-DOS. Naquela época, era interessante pois, talvez ajudado pela idade e cabeça livre de preocupações, passava boa parte do tempo envolvido em projetos pessoais totalmente por hobby.

Por exemplo, eu não gastaria hoje várias semanas para montar um pseudo-clone de Space Invaders em modo texto. Pois é... eu fiz isso em Clipper. Setas para direita e esquerda movimentavam a nave no espaço e atirava. E como não poderia faltar adicionei também algumas cheats.

Numa outra oportunidade, já trabalhando com Visual Basic 4, desenvolvi um jogo de xadrez. Não tinha nem chegado ao ponto de colocar as imagens das peças, mas toda a lógica já tinha evoluído bastante. Ainda no Visual Basic, peguei o projeto do joguinho "Nave" lá do Clipper e o construí também no Visual Basic. Bem mais fácil agora, visto que tanto as naves inimigas quanto o nosso herói eram objetos separados e a linguagem orientada a eventos ajudava bastante.

Ambos foram exemplos interessantes para os alunos nas aulas de programação que eram dadas nas pequenas escolas de informática que trabalhei em Ituiutaba. E influenciaram, em parte pelo menos, alguns alunos a desenvolverem joguinhos simples também. Passava o tempo e ao mesmo tempo "afiava o machado" do candidato a programador.

Seria uma época mais propícia que hoje? Seria a ausência da Internet que nos permitia passar horas e horas no computador programando, melhorando e testando um código sem um MSN nos tirar o foco o tempo todo? Sem a vontade de checar o e-mail a cada 5 minutos? Ou, seriam as ferramentas da época menos formais e mais próximas das pessoas comuns? Ferramentas que instigavam a qualquer pessoa, tendo apenas curiosidade e vontade de aprender, a arriscar algumas linhas de código.

Bom, esse pequeno relato é apenas para chegarmos no ponto pretendido, que é a pergunta título desse artigo. Não sei ao certo, mas hoje aparentemente temos menos programadores hobbystas, casuais mesmo, que a uns 10 anos atrás. Arriscando um palpite, creio que parte disso se deve ao fato que as linguagens antes pareciam mais próximas e amigáveis que atualmente. O próprio Visual Basic, que hoje recebe menções não muito honrosas pelos programadores atuais, ajudou contadores, administradores, técnicos em eletrônica, professores, escritores etc a desenvolver programas. Pessoas tidas como leigas em informática aprendiam e desenvolviam seus próprios programas que poderiam ser controle de estoque, por exemplo, ou o que lhes desse na cabeça.

Ok, é claro que isso foi numa época que as leis fiscais não exigiam ainda impressoras fiscais e relatórios a serem apresentados, mas mesmo assim víamos pessoas de diferentes áreas a programarem.

Reforço a pergunta: Onde estão os programadores casuais? Ou melhor, onde estão as ferramentas que ajudaram a propiciar isso? Seria o Python, por exemplo, uma dessas linguagens mais próximas das "pessoas comuns"? Embora, é claro, não possua uma IDE visual como o já citado VB possuía, o Python propicia um desenvolvimento bem simples e as pessoas podem aprender noções de programação com ele sem dúvida. O VB .Net em sua versão Express, embora hoje não seja muito adepto de ferramentas Microsoft, confesso que seria sem dúvida também um candidato a ocupar esse cargo.

Talvez os puristas poderiam levantar a bandeira nesse momento de que programadores precisam conhecer as convenções, os diversos frameworks do Java, bem como todos os conceitos relacionados ao mundo Java ou .Net. Mas vejam bem que minha pergunta aqui é onde estão, de forma análoga aos antigos hobbystas que liam a Saber Eletrônica a uns anos atrás para soldar componentes em uma placa de circuito impresso, aqueles que nas horas vagas enveredavam-se por linhas de código inicialmente por mera curiosidade.

Arrisco ainda, sem querer ser o dono da verdade, que muitos que começaram a programar como hobby sem nunca terem tido uma educação formal na área de informática (na época uma opção era faculdade de "processamento de dados" não era?) hoje estão atuando profissionalmente na área. E começaram desse jeito.

Hoje parece difícil para as pessoas entenderem que para darem os primeiros passos na área basta curiosidade. Talvez seja por isso que ainda me perguntam como trabalho com informática se me formei em Administração. Tá bom, eu gosto mesmo de contar essa história.

Tiago Baciotti Moreira

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por Feko em 20/03/2010 - 14:07h

Não vivi esses "Dias gloriosos" da informática. Quando começei a "tentar programar" por hobby, não existia mais Basic, era só Visual Basic. Clipper, nunca cheguei a ver.
Mas não consigo compreender porque grande parte dos programadores atuais não vivem sem uma IDE. Se ele precisar mudar uma única palavra em um script PHP, por exemplo, ele não vai usar o VI, que é levinho. Ou nano, ou Emacs. Até mesmo kwrite ou gedit serveriam. Mas não, o programador vai esperar cerca de 30 segundos pra abrir um NetBeans, para fazer uma alteração que leva 4 segundos depois da IDE aberta.

[2] Comentário enviado por abara em 20/03/2010 - 14:12h

Linguagens web, de uma forma ou de outra são provas de que ainda existem pro. casuais!

não estou falando de escrever linhas e mais linhas em java script ou ruby on rails, mas de manipular essas linguagens com ferramentas "especiais". Plataformas como o wordpress e o próprio blogger do google, formam uma classe de programadores casuais. Sim, é uma nova classe de "programadores", afinal mesmo que eles não escrevem códigos na munheca, ainda sim esse processo força eles, com um tempo, a saber mais sobre as linguagens, onde está necessidade é limita pela própria necessidade :}

Meu colega de faculdade programa em web desde os 12 anos, mas não sabe nada sobre teoria programacional, ou seja: programar em Java ou ate mesmo em C é um processo muito estranho de aprendizagem para ele. No final das contas o que divide programadores profissionais de casuais é que os profissionais aprendem sem ter necessidade de aplicação no momento, o que não é muito util pra um mantenedor de blogs de fim de semana.

[3] Comentário enviado por abara em 20/03/2010 - 14:14h

Feko >> a IDE hoje, para profissionais é muito útil pois normalmente a tendencia de um projeto em ling. modernos é ser complexo em seus algoritimos, mas se você consegue manipular N-Classes em java sem perder o ponto... eu sou seu fã! o/

[4] Comentário enviado por junior em 20/03/2010 - 15:44h

Não sou muito antigo, mas passei por épocas em que programava sem a internet.
Na época programava em C. Lembro que esperava até meia-noite para poder conectar a internet e estudar, no outro dia (já com o material todo reunido) ficava manhã, tarde e noite programando e me divertindo, e assim ía.

Eram épocas boas, só parava pra comer, as vezes sair a noite e tal. Não tinha MSN, E-mail, Blogs e afim para me distrair. A culpa é da internet? Não!
Se voce não abrir seu navegador de internet, os blogs, e-mails, orkut's e facebook's da vida não vão aparecer piscando na sua tela, o mesmo para o MSN.

Acredito que programador casual sempre existiu e vá existir, ainda mais com o fato do Linux estar se disseminando para Desktop's.
O problema é a EDUCAÇÃO que esses novos programadores tem que ter. Antigament, líamos matérias de algum colega, copiavamos algumas linhas de código e depois colocavamos os créditos ao autor, quase tratando-o como um deus. Hoje não, todo mundo copia, cola, ganha o status e nem se quer agradece por nada.

De certa forma, a internet e o conteúdo dela, bem como a falta de estrutura cultural e educacional NOS transformou em mal educados digitais.

=/

[5] Comentário enviado por Teixeira em 20/03/2010 - 18:58h

Acho que nas linguagens mais antigas havia mais praticidade, ou seja, ia-se direto ao ponto.
Eu também fiz muitos joguinhos em Clipper, em Basic (vários dialetos) e até em Assembly, e que me serviram de aprendizado.
Eu botava meu sobrinho de 8 anos (na época) para ser o meu besta-tester, digo, beta tester.
Como criança consegue dar pau em tudo que é possível e imaginável, era uma boa forma de treinamento.
Claro que o Cobol é uma excessão (a ambientação é um saco), mas hoje em dia seria muito mais fácil programar naquela linguagem.
Ainda existem alguns dialetos Basic gratuitos e perfeitamente utilizáveis, além de atualizados, e que facilitariam a apresentação em janelas, embora não tenham eles mesmos uma GUI - que afinal é o que os programadores de hoje desejam.
Meus programas em Clipper tinham um certo apelo visual, porém limitado ao repertório ASCII.
Da mesma forma, na linguagem PAL do Paradox que tinha uma riqueza de cores muito superior ao Clipper.
A grande questão hoje em dia, acho eu, refere-se à incerteza do futuro das coisas que cercam o computador.
Qual será a linguagem que "vai pegar"? Será que daqui a 5 anos meu PC vai poder continuar rodando meus programas? Ou será que terei de passar o resto da vida aprendendo novas sintaxes, novos conceitos, novos comandos?
Vimos que o Clipper teve seus dias contados, o Fox Pro, o Visual Basic, o Paradox, o Delphi, e nada foi deixado em seu lugar com a mesma usabilidade.
O que temos hoje em dia são linguagens que apontam para direções diferentes e que, uma vez seguindo cada uma dessas direções, corremos o risco de nos metermos em algum outro beco sem saída.
A programação seja "orientada a objetos" ou "orientada a eventos" não deixa de ser "programação linear" como qualquer outra.
O que muda é a maneira de implementar seus segmentos.
Acho que hoje em dia vivemos num verdadeiro cipoal de linguagens de programação, todas elas fadadas à extinção por obsolecência.
Também acho que uma boa linguagem deva ter facilidades para acesso ao hardware e ao firmware.
O C e suas derivadas ainda permanecerão por muito tempo. Mas consideremos: Não são assim tão amigáveis para programadores novatos.

[6] Comentário enviado por fhespanhol em 21/03/2010 - 09:16h

O problema é que a Internet tornou as pessoas preguiçosas. Para que vou perder tempo criando um programa se posso baixa-lo de sites como Baixaki ou Superdownloads sem dificuldades? Outra coisa a Internet tornou-se um brinquedo para os adultos que passam 24 horas do dia no Twiter, MSN, Orkut ou jogando jogos como TribalWars por exemplo que consomem todo o tempo das pessoas sem acrescentar nada de útil. O que vemos hoje é um fenômeno interessante, onde a Internet está assumindo o posto da TV no papel de emburrecer as pessoas e torna-las cada vez mais alienadas. Em sites como o http://www.tolicesdoorkut.com// e o http://failblog.com.br/ temos exemplos de como as pessoas estão perdendo sua capacidade de raciocínio.

[7] Comentário enviado por removido em 21/03/2010 - 13:33h

Para programar é preciso mais do que curiosidade,é preciso vontade e persistência,sem esses dois elementos não pode surgir o talento.

[8] Comentário enviado por Teixeira em 21/03/2010 - 17:46h

A mídia vem emburrecendo as pessoas. Quando comecei na televisão em 1958 os programas eram voltados para um tipo de telespectador muito exigente. As novelas eram peças teatrais de alto nível adaptadas (e apresentadas ao vivo, pois ainda não existia o video-tape).
Eram clássicos.
Depois desses clássicos, as coisas mais "xaropes" que foram apresentadas foram "O Direito de Nascer" e "A Cabana do Pai Thomaz". A televisão já apresentou Hamlet, e houve época em que as crianças sabiam o que era um "epílogo". Hoje, ao contrário, divulga-se efusivamente a gíria, os estrangeirismos e o mal-falar.
Tv educativa? Fora o Multi Rio e a TV Brasil, muito pouca coisa escapa. E os horários tidos como "educativos" jamais coincidem com o horário nobre.
Nove horas da noite era hora de botar as crianças para dormir. Para isso, as pessoas esperavam até passar a única inserção diária do comercial de uma fábrica de cobertores (a meu ver, o comercial brasileiro mais inteligente de todos os tempos): "Já é hora de dormir / Não espere mamãe mandar / Um bom sono pra você / E um alegre despertar!". Em seguida, o nome do produto. E só. 15 segundos de transmissão. Simples, barato, prático, um ótimo custo/benefício.
Hoje tem programas de auditório que ficam MUITO a dever ao programa do Chacrinha (considerado na época como uma doce bagunça)... e os enlatados de péssimo gosto, sobressaindo-se aí as séries duvidosas que se referem pejorativa e subliminarmente aos negros norteamericanos, sempre imorais, indecentes, criminosos, de má índole. e supostamente engraçados.
Mais uma vez a indústria da mídia ataca e esmaga porções da sociedade, da mesma forma como o fez com os índios ("preguiçosos," "sujos", "sanguinários", "vingativos") e os mexicanos ("preguiçosos", "sujos", "displicentes", "drugs addicts").
Os criminosos são sempre não-americanos de linhagem pura, ou seja, são descendentes de italianos, "chicanos", chineses, coreanos, russos, canadenses, franceses, etc.
Os mocinhos são sempre americanos (jamais do Maine ou de Idaho, naturalmente. De New Jersey, nem pensar!) que lutam 1000 vezes melhor do que 10 ninjas...
A propaganda hoje em dia parece coisa de maluco. É uma gritaria, uma balbúrdia, uma poluição visual tremenda. Pior do que isso, só mesmo os "reclames" americanos modernos, que continuam parados no tempo e no espaço, como antes do evento cocacola.
Um ecrã conduz ao outro. Da tela da tv ou do cinema para a tela do computador, o empobrecimento mental se torna cada vez mais contagiante. Quem assistiu ao "The Ipcress Files" sabe do que estamos falando.
O pior é que alguns homens tem preguiça até de decidirem ser machos de verdade, pois parece que isso dá muito trabalho e é mais fácil passar "para o lado de lá".
(O macho de verdade não é aquele que em vez do mel, prefere comer a abelha torrada com alho, ou fazer farofa com o ferrão). Cada coisa no seu devido lugar.
Existem momentos em que temos de reagir contra certas influências, senão...
O mal nos advém assim, devagarinho, chegando perto e nos enredando com ilusões.
Quem se deixar confundir, jamais será um profissional competente seja no que for, em programação, em controle, em liderança ou chefia.
E "os outros" sempre terão as melhores oportunidades.
Não é só a internet que deixa as pessoas preguiçosas. Antes já havia motivos para tal. Mas que tem ajudado muito nesse mister, isso tem. Tenho alguns amigos que - apesar de meus avisos - mandam scraps ou emails de forma massiva, com aquelas mensagens "bonitinhas" e automatizadas, ou aquelas que em a "vítima" tem de fazer n cópias, etc.
Eu apago sem ler. Mas parece que ainda não notaram.
Eu seja, se as pessoas já pararam de escrever, quanto mais de programar!...

[9] Comentário enviado por cytron em 22/03/2010 - 00:39h

Bom... já que todos estão dando suas opiniões... lá vai a minha também kkkk

Me lembro bem dessa época, cada linha de código nos fazia abrir um sorriso sozinho no quarto de frente a uma tela monocromática SVGA de 14".... vou até arriscar uma marca... lembram do bluepoint? kkkkkkk

Pois é, a melhor época na vida de um "aspirante a fuçador" era mais ou menos assim:

Monitor monocromático SVGA;
HD de 1.2 GB no máximo... quando tinha né;
486DX.... para os melhores.. um 586 uau!!!!!!;
modem USRobotics 65kbps.
Esperando dar meia-noite pra ouvir o barulho do modem se conctando a uma BBS.
Lá baixava tutoriais de C e assembly, novidades sobre easter eggs

Era tão bom!!!

Mas o que realmente aconteceu que tudo isso acabou?

É simples, é a velha fábula do videogame, a criança deixa os pais loucos até comprar aquele lindo videogame, ótmo, a criança passa a semana inteira pregada no jogo... depois disso, acostuma e começa ficar banal, encosta num canto e nunca mais joga.

Internet agora é mais fácil do que falar.... tem net no celular, na geladeira, no microondas, na rua... na TV, no videogame.... a internet tá em todo canto, cade a dificuldade em tê-la? Cade o instindo da caça?

O HD começou a fazer barulho estranho? Já compra logo um de 500GB alí na esquina. Antigamente era neguinho usando HD de 470MB cheio de badblock vivendo na maior emoção da roleta russa, nunca sabia quando é que o HD iria pifar de vez.

Tapa no monitor pra parar de ficar mudando de cores... hoje troca o LCD por um maior... nem deu defeito ainda.... mas já troca!

Modem grátis, internet de 20MB, 50MB e até 100MB, na Europa e EUA tem de 1GB.

Geradores de sistemas... com "meio click" faz um sistema de automação industrial completo e personalizado kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas tudo isso é apenas 50% do problema... o restante é a falta de tempo, hoje em dia não temos tempo pra nada.

Antigamente eu passava horas... dias... e até semanas fazendo um programa em assembly que nem eu ia usar, era só pra codar mesmo, porque achava incrível. Hoje em dia nem para fazer coisas úteis programamos, é só entrar na net e pegar um, não porque é fácil, mas porque não temos tempo de passar dias programando.

Trabalhei muitos anos como técnico de informática, hoje tenho 2 técnicos trabalhando para mim e não coloco a mão em nada, não tenho tempo pra fazer o que sei fazer, prefiro pagar para fazerem por mim.

RESUMINDO:

1. As coisas estão mais acessíveis... o que acaba perdendo o encanto.
2. Não temos mais tempo para isso, o cérebro acaba anestesiando aquele instindo e viramos animais domesticados... não caçamos mais, agora compramos o bicho abatido e limpo, as vezes até assado.

Séculos atrás os homens tinham mais pelos no corpo, pois os agasalhos não eram eficientes... nem tinham tantos agasalhos, hoje não temos tantos pelos pois os agasalhos são fantásticos. Com excessão do Tony Ramos!

Daqui alguns anos encontrar um programador será raridade, os "clique aqui" estão ficando cada vez mais eficazes.

Cadê os técnicos de manutenção? Aqueles de rocha mesmo, que não formata o pc, mas consegue costurar as tripas do windows e ressussitá-lo? Pois é, a falta de tempos e o único CD fez com que formatar é melhor do que copiar novamente o NTLDR. Antigamente era uns 32 disquetes kkkkkkkk

Antigamente eu comprava transformador de 6V por 15,00 para "caixa multimídia" porque queimava ao ligar em 220v sem estabilizador, agora com 12,00 eu compro a tal "caixa multimídia". Se bem que uma creative sound blaster nunca mais vai existir.

Então todo esse avanço tecnológico, essa facilidade, a grande demanda e o tempo curto fez com que os técnicos desaparecessem e surgem esses novos: formatadores de PC e trocadores de placas. (kkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Assim como os programadores que faziam o kernel na unha usando assembly ou o controle de estoque todo no SK (sidequick... chorou se saudades agora né? kkkk) ou vi, desapareceram, e restaram esses clicadores de mouse e montadores de API. Nada contra, a evolução é inevitável. A humanidade está se adaptando ao tempo curto e grande demanda.

Atualmente estou criando alguns sistemas em PHP, C++ e Python, tudo na unha, mas já comecei a estudar Zend pra agilizar e parar com essa história de "reinventar a roda". Ora, eu também tenho que evoluir. :)

Mas continuo com meu espírito esportivo de antigamente. Trabalho pouco e brinco muito.

Curto meus projetinhos de eletrônica, agora melhor que antes, pois tenho PC pra queimar a vontade e mais possibilidades.

Comecei na informática com meus 12 anos na era dos 486SX, mas meu PC era um prológica kkkkkkkkkk, fósforo laranja, sem HD, disquete flexível de 5 1/4, DOS 5.0 e assembly 21 horas por dia. (Obrigado a RBT e Adam Hude) Até pra conectar na bbs tive que criar meu discador e o terminal, porque eu só tinha o disquete com o dos 5.0 básico, disco de boot mesmo kkkkkkkkkkk, programava no debug. Era de raça ou não era? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

[10] Comentário enviado por joaocagnoni em 22/03/2010 - 09:35h

Hoje em dia temos o grande PHP, que acolhe tanto os programadores iniciantes como os experientes. É uma linguagem muito dinâmica, por ser muito fácil de aprender e ao mesmo tempo ter recursos para os programadores avançados. Hoje a grande maioria dos sistemas que vejo, online e offline, estão sendo criados na web.

[11] Comentário enviado por jeroavf em 22/03/2010 - 09:40h

Ainda existem muitos programadores hobbystas virando noite por ai, por puro prazer. Eu entendo que a internet e suas ferramentas "sociais" tiram muito da atenção de todo mundo mas ela trouxe muito mais facilidade de acesso a informação . Eu comecei na area na epoca dos Apple 2, superminis baseados em 680x0, turbo-pascal e era emocionante, realmente, colocar as coisas para funcionar. Na epoca os bons livros era carissimos , as informações estavam nas bibliotecas das faculdades, nas bibliotecas de empresas , areas de desenvolvimento e na mão de alguns pseudo-gurus que "seguravam" a informação. Foi através da Internet que conheci o Linux, Java e seus diversos frameworks, Arduino, a Beagleboard, suas documentações e comecei a juntar componentes , desenvolver softwares para dispositivos e aprender a trabalhar com kernel do linux. O foco hoje, é resultado de um grande esforço pessoal de filtrar os interesses e usar bem o tempo, já que temos milhares de coisas interessantes para ler e aprender. Acho que agora está muito melhor: mais informação, mais colaboração, melhores ferramentas e mais softwares para criar.
Jeronimo
www.blogdoje.com.br
AVR, Arduino & ARM

[12] Comentário enviado por removido em 22/03/2010 - 18:41h

Gostaria de parabenizar o artigo e os comentários, e citar que sou um programador casual também que tenho projetos de programar via Debug e até de criar hardware próprio através de matéria-prima da natureza. Se alguém tiver idéias similares entrar em contato.

[13] Comentário enviado por edsonmsj em 30/03/2010 - 16:30h

Bom o que eu acho, é as linguagens orientadas a objeto principalmente Java por exemplo estão ficando cada dia mais engessada matando a criatividade do programador.

Por exemplo se você vai criar um cadastro, um exemplo muito simples, você tem que implementar a camada de persistência DAO depois a Camada de Modelo de Dados que seria o Beans depois o Camada de controle, se for WEB então aí é fica pior, se tem que fazer a interface Web misturada com as TAGS JSF, Struts, JSP ....... isso quando tem componente já pronto senão você tem que customizar um que é um saco fazer isso e envolve um monte de classes a implementar, ai se faz as classes de controle, configurar um monte de XML, usa um monte de frameworks para cada camada "cada um é bem diferente do outro" e por ai vai...

Quando você termina esta estrutura toda, você se pergunta o que eu queria fazer mesmo ??????

[14] Comentário enviado por fhespanhol em 01/04/2010 - 18:36h

E o pior é que quando nós falamos sobre isto, ou seja a preguiça das pessoas e o fato de que estão usando mal uma excelente ferramenta que é o computador e a internet perdendo preciosas horas em futilidades na rede algumas pessoas se ofendem e começam a filosofar sobre coisas que não tem nada haver com o que estamos discutindo e dão de copiar textos marxistas do tipo "poder ao povo!" e colar em seus artigos e comentários para justificar sua inércia e falta de vontade em mudar e deixam claro o principal: O baixo nível cultural da população em geral.

É claro que entretenimento também é fundamental, mas não é tudo. Imaginem se ao invés de buscar a cura para o câncer os cientistas ficassem horas e horas no Orkut trocando figurinhas? O mesmo com os policiais, bombeiros e por aí vai. Aonde iriamos estar agora?

[15] Comentário enviado por removido em 13/01/2016 - 23:36h

Eu cheguei a fazer um "jogo da cobrinha" em Clipper.

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