Pilha de Diretórios (comandos pushd, popd e dirs)

A Pilha de Diretórios é um recurso do GNU Bash voltado para facilitar a navegação e manipulação de diretórios. É um recurso onde o usuário pode criar "atalhos" dentro de uma pequena base de diretórios que podem ser facilmente acessados ou referenciados dentro de uma seção do shell. Devido a grande popularidade do GNU Bash vale a pena conhecer esse recurso.

[ Hits: 21.446 ]

Por: Jeremias Alves Queiroz em 07/01/2016


A pilha de diretórios e seus comandos - pushd



O GNU Bash pode armazenar uma lista (em formato de pilha) dos diretórios visitados recentemente em uma seção de uso, lembrando que até mesmo cada script de GNU Bash é uma seção independente. O comando interno "pushd" tem a capacidade de mudar o diretório corrente (tal como o comando interno cd) e ao mesmo tempo insere esse diretório à pilha de diretórios. O comando "popd" remove o diretório especificado da pilha e muda o diretório corrente para este. Já o comando interno "dirs" mostra o conteúdo da pilha de diretórios.

Comandos internos para manipulação e navegação na pilha de diretórios

pushd

pushd [-n] [+N | -N | dir ]

É o principal comando de manipulação da pilha de diretórios, executa a entrada de um novo diretório na pilha e também executa a alternância entre as posições de diretórios armazenadas na pilha.

Sua sintaxe é simples, ao entrar com o comando seguido de um diretório como argumento ele irá armazenar o diretório corrente no topo da pilha e posteriormente mudará o diretório corrente para o que foi informado na linha de comando. O pushd executará esse mesmo processo independente de quantas mudanças de diretório forem executada e acumulará um histórico dos diretórios alternados dentro da pilha.

Ex.:

user@linux:~$ pushd /etc
/etc ~

user@linux:/etc$ pushd /var
/var /etc ~

O comando pushd, no ato de sua execução, já exibe como saída o conteúdo da pilha de diretórios. No primeiro exemplo acima temos o diretório corrente (~) sobre o diretório que o usuário indicou (/etc). Já na segunda execução do comando podemos reparar que a pilha aumentou constando 3 diretórios nela. Na exibição do conteúdo da pilha de diretórios importa dizer que o primeiro diretório exibido da esquerda para a direita é sempre o diretório corrente.

-n

O único argumento opcional disponível é o "-n", este é utilizado para o preenchimento da pilha de diretórios sem executar a mudança do diretório atual (não executa o dir após salvar o diretório).

Ex.:

user@linux:/var$ pushd -n /usr/share
/var /usr/share /etc ~

[+N | -N]

Este é o segundo tipo de argumento que o pushd aceita, no caso estes são os direcionais de navegação na pilha de diretórios.

Aqui é importante entender a forma em que é feita a leitura dessa pilha. No caso a contagem é executada de forma diferente, dependendo do argumento direcional usado, porém independente do direcional a contagem sempre irá começar por 0 (zero), após isso cada elemento será incrementado da esquerda para a direita no caso do argumento +N e da direita para a esquerda no caso do argumento -N. O seguinte esquema exemplifica esse conceito.

    +N  ===>
    /var/log /usr/share /etc ~   # -- Conteúdo da pilha de diretórios
    |   0   |    +1    | +2 |+3
    
    -N  <===
    /var/log /usr/share /etc ~   # -- Conteúdo da pilha de diretórios
    |  -3   |    -2    | -1 |-0

Assim executando a correta leitura da pilha de diretórios podemos usar os direcionais, mantendo o mesmo exemplo de pilha acima.

Ex.:

/var/log /usr/share /etc ~ # -- Conteúdo da pilha de diretórios

user@linux:/var/log$ pushd +2 # -- Mudamos para o 2º elemento da esq => dir

/etc ~ /var/log /usr/share # -- Conteúdo da pilha de diretórios atualizado

user@linux:/etc$ pushd -1 # -- Mudamos para o 1º elemento da dir => esq

/var/log /usr/share /etc ~ # -- Conteúdo da pilha de diretórios atualizado

user@linux:/var/log$

Se o comando pushd for inserido sem nenhum argumento sempre será assumido o argumento +1. Continuando o exemplo acima:

user@linux:/var/log$ pushd
/usr/share /var/log /etc ~
user@linux:/usr/share$

Um detalhe importante é que sempre o primeiro diretório da esquerda para a direita será o diretório corrente. Dessa forma o +0 é inútil pois ele representa o diretório corrente, porém o -0 é utilizável para ficar fácil de entender no exemplo acima ele seria a mesma coisa do que o elemento +3.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. A pilha de diretórios e seus comandos - pushd
   3. A pilha de diretórios e seus comandos - dirs
   4. A pilha de diretórios e seus comandos - popd
   5. A pilha de diretório e as Expansões do Shell
   6. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por fabio em 07/01/2016 - 07:53h

Excelente artigo, favoritado! Já estou inclusive usando. Fiz assim no meu ~/.bashrc:

#definindo pilha - diretorios mais usados
pushd dir1
pushd dir2
...
pushd dir8
cd

Daí quando abro um terminal já tenho a pilha definida com meus principais diretórios e a partir de agora passarei a navegar com "cd ~[numero]". Show de bola!

[2] Comentário enviado por danniel-lara em 07/01/2016 - 09:54h

Parabéns muito bom mesmo

[3] Comentário enviado por azk em 07/01/2016 - 14:45h

excelente artigo, de fato!
como o Fabio fez, tbm estou fazendo....

[4] Comentário enviado por Arthur_Hoch em 07/01/2016 - 23:21h

Estou usando.
Valeu!!!

Para criar arquivos é melhor utilizar " $ >" do que "$ touch":
[arthurhoch@halt ~]$ time > oi
real 0m0.000s
user 0m0.000s
sys 0m0.000s
[arthurhoch@halt ~]$ rm oi
[arthurhoch@halt ~]$ time touch oi
real 0m0.047s
user 0m0.000s
sys 0m0.000s

[5] Comentário enviado por luiztux em 08/01/2016 - 13:09h

Excelente!
Parabéns pelo ótimo artigo. Carecíamos de informações assim.


[6] Comentário enviado por removido em 13/01/2016 - 23:45h

Parabéns. Realmente há poucas fontes e faz um tempo que queria aprender isto.

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