Rootkit: Uma nova ameaça?

Desenvolvimento, evolução, formas de inserção, principais ataques entre outras características dos Rootkits são abordados no artigo referenciado. Trabalho acadêmico realizado sob orientação do prof. Marcelo Riedi - Unipar.

[ Hits: 52.845 ]

Por: cilmar em 14/02/2008


Desenvolvimento ao longo da História (1)



Primeiramente, um Rootkit é um software alocado no núcleo ou kernel do sistema operacional, ocultando-se de softwares antivírus e liberando portas de comunicação do sistema operacional, podendo também, de forma menos freqüente, alterar comandos e funções do sistema. Isso o classifica como maléfico aos sistemas de informação e também faz com que termos como malware e trojan tenham de alguma forma ligação com Rootkits.

O termo rootkit é usado para descrever os mecanismos e as técnicas por meio dos quais o malware, inclusive vírus, spywares e cavalos de Tróia, tentam ocultar sua presença dos anti-spywares, antivírus e utilitários de gerenciamento do sistema. Há várias classificações de rootkit que dependem da sobrevivência do malware à reinicialização e de sua execução nos modos usuário ou kernel. (Em: http://www.microsoft.com/brasil/.../rootkitrevealer.mspx).

Uma abordagem mais detalhada sobre sistemas operacionais e Kernel, contribui relevantemente para a compreensão e funcionamento de um Rootkit. Um conjunto de programas e rotinas forma um sistema operacional, e este, por sua vez, é responsável pela interação do usuário com o hardware; sistemas operacionais são aperfeiçoados, implementados e são classificados de três maneiras: a) pelo Kernel; b) pelo método o qual adotam para gerenciar programas e, c) pelo número de usuários que podem operá-lo de forma simultânea.

No início da era da informatização, ainda quando o os sistemas operacionais enfrentavam muitos processos de estruturação e constantes mudanças, até mesmo pela insatisfação e dificuldade de aceitação que causavam aos usuários, o termo Kernel foi visto como jargão da informática e era conhecido somente por estudantes de grandes universidades ou programadores da época. Com o surgimento do sistema operacional LINUX, o Kernel tornou-se comum, principalmente para usuários de LINUX/UNIX:

Ele pode ser visto como uma interface entre os programas e todo o hardware. Cabe ao Kernel a tarefa de permitir que todos os processo sejam executados pela CPU e permitir que estes consigam compartilhar a memória do computador. (Em: http://www.infowester.com/linuxkernel.php)

A partir da criação do ambiente LINUX, elaborado por Linus Torvalds, finlandês, estudante de Ciência da Computação, que implementou uma versão projetada por Andy Tannenbaum, conhecida como Minix, originou-se a primeira versão do Kernel do LINUX, e junto à mesma. Outros termos como Root, Módulos, Multiprocessamento, entre outros utilizados constantemente na área de tecnologia e informática deixaram de ser novidades ou dedicados apenas a especialistas.

O nome Rootkit teve sua origem fundamentada na junção das palavras Root e Kit, sendo Root o usuário administrador do sistema, em ambiente LINUX e UNIX e Kit um componente de ferramentas utilizadas para atuarem como backdoor, comprometendo dessa forma a arquitetura do ambiente operacional.

As primeiras ferramentas Rootkits objetivavam disfarçar programas e fazer com que estes atuassem como arquivos do sistema, dando possibilidade ao roubo de informações além de acesso não autorizados, as quais também permitiam que tudo fosse desabilitado quando uma possível detecção da sua existência fosse observada.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Desenvolvimento ao longo da História (1)
   3. Desenvolvimento ao longo da História (2)
   4. Três gerações
   5. Evolução e meios de inserção
   6. Alvos dos Rootkits
   7. Aplicação dos Rootkits
   8. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por kalib em 14/02/2008 - 12:18h

Parabéns pelo excelente artigo meu caro....
Uma ótima abordagem dinâmica e completa sobre rootkits...
Realmente são uma preocupação constante para nós que administramos redes e servidores...
Principalmente com a enorme quantidade de scriptkids a solta por aí não é mesmo?! dá raiva.. hauhauha

Obrigado pela ótima contribuição amigo. ;]

[2] Comentário enviado por marcosmiras em 14/02/2008 - 14:52h

Muito show... legal mesmo...
Realmente Kalib, uma grande preocupação mesmo...

[3] Comentário enviado por denis.roschel em 14/02/2008 - 15:19h

Depois de uma extensa leitura, só posso dizer, PARABÉNS!!!
Muito explicativo e didático!

[4] Comentário enviado por Bique em 14/02/2008 - 16:41h

Parabens pelo artigo.

[5] Comentário enviado por alcarrolikis em 14/02/2008 - 17:44h

Ótimo artigo cilmar_oliveira.

Fazendo a diferença...

Vlw.

[6] Comentário enviado por exercitobr em 15/02/2008 - 08:55h

Show! Sem comentários!

[7] Comentário enviado por juliocm em 16/02/2008 - 19:49h

olá Colega você fala que a máfia Russa foi o núcleo, mas posso lembrar que aqui n oBRASIL existem a maioria! Aki no Brasil estão presentes os desenvolvedores de rootkit e os usuários de rootkit, sabe!
Bem, se alguém quiser posso liberar meu CD completinho pra uso! mas não me responsabilizo do uso incorreto!

[8] Comentário enviado por removido em 16/02/2008 - 20:55h

mukto bom esse esclarecimento, principalmente para mim que estou começando a entender de verdade o funcionamento de um SO...
valeu!!!

[9] Comentário enviado por Teixeira em 16/02/2008 - 21:31h

Gostei imensamente do artigo, bastante abrangente e direto.

Agora gostaria de perguntar:

1 - Qual a real possibilidade de conseguirmos essa espécie de malware em ambiente linux desktop?

2 - Há (também em desktop) a possibilidade de modificarmos o kernel sem ter que recompilá-lo?



[10] Comentário enviado por nicolo em 17/02/2008 - 13:02h

Cara , isso é de arrepiar os cabelos. Os caras entraram nos sites de grandes distros e bancos e reduziram a segurança do Linux (do windows também) a pó.

[11] Comentário enviado por engos em 18/02/2008 - 13:30h

cilmar_oliveira:
Trabalho desenvolvendo uma das primeiras soluções no mundo de firewall para aplicações onde o conceito é justamente ajudar que alguns ataques, como os de sniffers reportados, sejam interceptados e tratados sem possibilitar "vazar" as informações, por isso tenho um conhecimento bem interessante sobre o assunto e segurança em geral e mesmo assim devo confessar que fiquei impressionado pela qualidade de seu trabalho, apesar de ser uma visão bem macro do assunto, você soube exatamente como conduzir o trabalho e fez uma pesquisa muito interessante, parabéns!

Teixeira:
1 - Existem vários bugs relatados diariamente com relação a programas, ou até mesmo com o kernel que podem ser facilmente explorados.

Alem disso existem malware que se utilizam de phishing scan, sql injection, crossover script.... E a lista vai longe, isso tudo sem contar os famosos DoS, fazendo o sistema operacional ser indiferente, bastando apenas saber como explorar cada sistema, o que é bem simples dependendo das informações que você tiver.

2 - Somente se você instalar um novo kernel já modificado... É até mais simples do que parece conseguir fazer isso sem deixar rastro algum, uma vez conectado ao sistema, mas o grande problema são os bugs encontrados no Kernel que permitem acesso total para quem sabe explorar as falhas já relatadas, por isso sempre se deve ter um kernel recente e quando se trata de um ambiente que necessita de um monte de homologações (como banco por exemplo) esse processo é lento e pode ficar exposta essa falha dependendo de como é a segurança como um todo.

Claro que isso é bem mais complicado o que torna o linux um sistema muito mais seguro do que uns sisteminhas que tem a "janela" aberta pra qualquer "ladrão" entrar...


nicolo:
Segurança é algo tão complicado que nem precisa "vir de fora", para você ter uma idéia como isso é complicado, fui comprar passagens da TAM nesse sabado a noite, para aproveitar as promoções noturnas, e quando encontrei os preços que queria fui efuar a compra, mas quando estava no processo acabou o horário de verão e de 24h passou para 23h, com isso o site da TAM simplesmente CAIU MAIS RAPIDO QUE OS AVIÕES DELES!

O pior, o erro não era tratado e dava um monte de informações sobre o sistema deles que com um pouquinho de má fé qualquer programador experiente poderia ter acesso a informações que não deveriam.

Infelizmente a política de desenvolvimento ainda é muito infantil com relação a segurança quando se trata principalmente de aplicações.

[12] Comentário enviado por Osirix em 24/10/2008 - 12:07h

Não tenho palavras .. pro seu artigo..^^

ele estar simplesmente otimo !!!!!!! ..



[13] Comentário enviado por manhaes em 17/09/2009 - 01:24h

Excelente, de grande valia para profissionais em diversos setores, parabens!!!!!

Manhaes

[14] Comentário enviado por albfneto em 18/06/2011 - 19:13h

o artigo é ótimo, um especialista no assunto.


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