SystemRescueCd - Corrigindo o sistema e recuperando dados

SystemRescueCd é um LiveCD Linux para reparos em sistemas e recuperação de dados perdidos com a proposta de ser fácil em realizar tarefas administrativas, como criar e editar partições no disco rígido. Pode salvar sua pele na hora certa!

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Por: Juliao Junior em 28/09/2008


Trabalhando no terminal e no ambiente gráfico



Após a inicialização do sistema, diversos programas estão disponíveis tanto via terminal como no ambiente gráfico. No terminal você pode montar partições, e assim resolver problemas em seus sistemas instalados, seja Linux ou Windows.

O SystemRescueCd reconhece vários sistemas de arquivos, tais como ext2fs, ext3fs, reiserfs, reiser4, jfs, xfs para Linux, e partições FAT e NTFS para Windows. Você pode trabalhar em seis terminais diferentes, usando a conhecida combinação ALT + FX de sempre.

Se não quiser trabalhar na linha de comando, sem problemas. Basta rodar o Midnight Commander digitando "mc" no terminal. Com ele você pode copiar, mover, deletar e editar arquivos e diretórios. Os editores vim e emacs podem ser usados para edição de arquivos.

Se for preciso de ferramentas disponíveis com interface gráfica, como o GParted, devemos digitar wizard no terminal. Serão ofertadas duas opções: Xorg e Xvesa. Tente primeiro o Xorg, e se falhar rode wizard novamente para depois escolher o Xvesa. O Xvesa normalmente funcionará, mas sem optimização para o seu hardware. Porém, para usar esta última há uma limitação: não funcionará em ambiente 64bits. Portanto, o kernel de 32 bits deve ter sido escolhido na inicialização.

Podemos trabalhar e interagir em rede enquanto estamos no SystemRescueCd. Isto é útil quando precisamos fazer backups em rede, transferir arquivos, trabalhar em uma estação remota ou trabalhar em uma máquina Windows (com Samba). A forma mais simples de configurar sua rede é digitar "net-setup". Também é possível usar comando por comando para configurar a rede na mão.

Falar sobre todas as ferramentas disponíveis seria complicado, pois tais ferramentas são muitas. Assim, vejamos algumas dentre as mais importantes contidas no SystemRescueCd.
  • GParted: use essa ferramenta de particionamento para criar, formatar, deletar e modificar partições. Sfdisk: é uma ferramenta para a tabela de partições. É possível salvar e usar posteriormente a tabela de partição em um arquivo. Por exemplo:

    # sfdisk -d /dev/sda > sda-backup

    fará um backup, e:

    # cat sda-backup | sfdisk /dev/sda

    irá restaurar a tabela de partição. É muito útil se foi cometido um erro referente ao particionamento. É claro que o backup não deve ficar no disco rígido: grave em outro computador em uma mídia portátil, tipo pendrive.

  • TestDisk: procura por partições perdidas. Suporta reiserfs, ntfs, fat32, ext2/3 e várias outras.
  • PhotoRec: recupera arquivos perdidos, inclusive vídeos, imagens e documentos em geral.
  • Partimage: salva/restaura partições de seu disco rígido para uma imagem. Se houver problemas com o disco rígido, é possível restaurar quase tudo sem ter que reinstalar o sistema inteiro.
  • GRUB/LILO: os gerenciadores de boot mais comuns do mundo Linux. É possível restaurar o seu gerenciador de dentro do SystemRescueCd. Por exemplo, se o Windows mandou o GRUB para o espaço, rode-o do SystemRescueCd e reinstale!
  • Sistemas de arquivos: para cada sistema de arquivos existem ferramentas específicas. Por exemplo, para XFS há o programa xfsprogs, que permite alterar o tamanho de uma partição, formatar a partição etc.
  • Compactação: o cd contém os populares tar/gzip/bzip, além de zip/unzip, rar/unrar.
  • Editores: o SystemRescueCd vem com nano, vim, qemacs, elvis e joe. Na interface gráfica, está disponível o Leafpad.
  • CD/DVD: estão incluídos os pacotes para cdrecord, mkisofs, Cdw, Udftools e dvd+rwtools.
  • Rede (arquivos): no SystemRescueCd podemos usar ftp, ssh, ppp, lynx, LUFS, NFS e Samba (use o comando mount -t smbfs //ip/share /mnt/caminho para montar sistemas de arquivos remotos.
  • Rede (administração): disponíveis DNS-tools, nmap, netcat, dentre outros.
  • Segurança: Chkrootkit.
  • Programação: Python e Perl-5.

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Páginas do artigo
   1. Download e boot
   2. Trabalhando no terminal e no ambiente gráfico
   3. Brinde: usando um DVD+R(W)
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Comentários
[1] Comentário enviado por paulinholinux em 28/09/2008 - 20:29h

e aí Julião blzzz

cara gostei muito do seu artigo, meus parabéns, o SystemRescueCd com certeza vai ser adotado na instituição onde trabalho.

Parabéns novamente pelo artigo

Até mais!

PaulinhoLinux

[2] Comentário enviado por grandmaster em 28/09/2008 - 21:45h

Valeu pelas dicas :D

--
Renato de Castro Henriques
CobiT Foundation 4.1 Certified ID: 90391725
http://www.renato.henriques.nom.br


[3] Comentário enviado por juliaojunior em 29/09/2008 - 15:51h

Obrigado, rapazes. Vamos continuar contribuindo para o crescimento da comunidade!

[4] Comentário enviado por brunocontin em 30/09/2008 - 13:40h

Amigo show de bola, com certeza muito útil, mais qual o procedimento a fazer quando a HD é SAS ? Geralmente esses servidores parrudos tudo usam, por causa de sua velocidade etc... Ele reconhece essas HDs, já que elas ficam com controladora Raid? Se não reconhecer qual o procedimento para que reconheça?

[5] Comentário enviado por AMMIT em 11/12/2015 - 06:29h

Caro Julião.
MUITO ENRIQUECEDOR ESTE SEU ARTIGO.
MAS ME DIZ: FUNCIONA TAMBÉM COM PEN?

Forte abraço!

[6] Comentário enviado por rogeriofreitas em 03/08/2017 - 15:12h

Ótimo post, segue comentário apenas para contribuir.

Qualquer dispositivo formatado basicamente tem apenas as tabelas de indexação (Ex: $MFT, Tabela FAT dentro outras) dos arquivos apagadas. Os arquivos realmente não são apagados.

Imagine um disco como um livro, que possui o índice que identifica em quais páginas estão os capítulos, títulos e sub-títulos. Os dispositivos de armazenamento de dados, possuem algo muito parecido, conhecido como tabela de indexação.

Quando formatamos ou simplesmente excluímos os arquivos o que é efetivamente apagado é esta tabela, ou seja, os arquivos reais continuam existindo no dispositivo até serem regravados por outros arquivos. A única forma de apagar realmente os arquivos para que os mesmos não possam ser recuperados é utilizar softwares que implementam o conceito de Computer Wipe, Zero Fill ou técnicas similares para sobrescrever o conteúdo do arquivo original com um conteúdo aleatório de bits, procedimento este, que por padrão não é realizado nos processos de formatação e deleção de arquivos pelo sistema operacional, uma vez que o mesmo é um procedimento que leva algum tempo para ser realizado.

Desta forma, é possível utilizar ferramentas específicas para realizar uma varredura em cada cluster/setor do disco para identificar possíveis arquivos conhecidos.

Existem várias ferramentas até gratuitas para recuperação de fotos e arquivos mais comuns, mas nada se compara com ferramentas profissionais de recuperação de dados como PC-3000 e MRT LAB, que possuem um banco de dados de assinatura de diversos tipos de arquivos o que aumenta significativamente as chances de recuperação dos dados.

Para os casos mais graves como problemas no circuito lógico ou falhas na cabeça de leitura e gravação, caso não possua conhecimento e ferramentas especializadas, recomendo sempre a busca de uma empresa especializada no assunto. Estas empresas investem muito em conhecimento e soluções profissionais e podem aumentar significativamente as chances de recuperação de dados.

Dependendo do tipo de problema, como HDs com barulhos anormais, não insista em tentar recuperar se não possuir conhecimento necessário, pois isto pode agravar o problema inviabilizando a recuperação dos dados.

www.slackspace.com.br (Recuperação de Dados e Perícia Computacional)


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