Como o próprio Richard Stallman frequentemente menciona, "software livre é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve pensar em liberdade de expressão, não em cerveja grátis".
O software livre quer garantir a liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a:
- A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0)
- A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
- A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2).
- A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Costuma-se dizer que se um software garante todas essas liberdades ele pode ser chamado de software livre. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que você não tem que pedir ou pagar pela permissão.
Deve-se também ter a liberdade, tanto para pessoa física quanto jurídica, de fazer modificações e usá-las privativamente, de utilizá-lo para qualquer tipo de atividade e de redistribui-lo na forma de executável(que é dispensável pois algumas linguagens não suportam este recurso) junto com o código fonte, sem que seja necessário avisar nada a ninguém. De modo que a liberdade de fazer modificações, e de publicar versões aperfeiçoadas, tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao software livre.
Para que essas liberdades sejam reais, elas tem que ser irrevogáveis desde que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre.
Entretanto, certos tipos de regras sobre a maneira de distribuir software livre são aceitáveis, quando elas não entram em conflito com as liberdades principais. Por exemplo, copyleft é a regra de que, quando redistribuindo um programa, você não pode adicionar restrições para negar para outras pessoas as liberdades principais. Esta regra não entra em conflito com as liberdades; na verdade, ela as protege. Portanto, você pode ter pago para receber cópias de algum software livre, ou você pode ter obtido cópias de graça. Mas independente de como você obteve a sua cópia, você sempre tem a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender suas próprias cópias.
Software livre não significa que você não pode comercializá-lo, não é incomum ver pessoas ou empresas provendo serviços ou cópias de softwares e ganhando bem com isso.
Conclusão
Logo, o software livre conseguiu, apesar de todas expectativas pouco agradáveis, superar as dificuldades inicias e demonstrar seu potencial técnico e a luta por liberdade que ele representa. Também, se viu que apesar de ele ser gratuito, isto não exclui as aplicações mercadológicas, é possível ganhar dinheiro com software livre, apesar de como Richard Stallman disse, este não é o objetivo principal. Software livre é uma questão de liberdade, não de preço.
Bibliografia