Inerente à atual sociedade, é o desejo de exaltar a um nível elevado, tudo o que gira ao seu redor. E que retrata o seu grupo social: o seu time
de futebol, sua religião e sua visão do que é bonito ou feio, como sendo a verdade absoluta.
Como não podia deixar de ser, isto se aplica também ao mundo dos Sistemas Operacionais de computador, e agora, dos atuais coqueluches
tecnológicos: Tablets e Smartphones.
O que nos remete a algumas perguntas pertinentes: A velha rivalidade de usuários Windows e
Linux, ainda faz sentido em tempos de computação
nas nuvens e de telefones que podem, além de falar, navegar na Internet, entre outras coisas?
A mobilidade presente e irrevogável, trará como consequência, um desinteresse coletivo aos Desktops e Notebooks?
E o mais importante: Será que S.O. ainda deve importar na hora de adquirir um equipamento? Seja ele qual for?
Quando você se torna um usuário 100%
GNU/Linux, e deixa de utilizar o sistema de Bill Gates, pode achar, num primeiro momento, que todos os
seus problemas acabaram, mas será que é assim mesmo?
Digamos que você seja um Webmaster profissional. Provavelmente necessita de um Software automatizado para produzir um projeto de um site
de um cliente altamente exigente.
Mas, a empresa a qual você trabalha, não utiliza Linux em seu departamento de criação. Você pediria a conta por esse motivo?
Ainda nesta linha de raciocínio, você é Contador e o seu Chefe quer uma planilha da Contabilidade cruzando as diferenças das filias nos quatro
cantos do mundo e, até aí nenhum problema!
Porém, há um pequeno detalhe fundamental: A planilha tem quer ser a do Excel!
E sendo ainda mais específico. Você é um excelente publicitário, e sua campanha terá que ser desenvolvida e apresentada com as ferramenta do
Macintoch, e mesmo que este sistema não seja popular ou utilizado pela maioria, você não deixaria de estudar e adquirir um computador com
este sistema, se a sua área de atuação assim o exija, pois não seria razoável, prudente ou sensato.
Mas, e caso seja um Porteiro e o Síndico do Condomínio no qual trabalha, se comunica com você somente com o mensageiro instantâneo Windows
Live, porque ele não abre mão dos Widgets engraçados que envia pra você todas as noites.
E, insistindo na tese, você está desempregado e é da área de T.I., porém, o empregador que o está entrevistando é de uma multinacional, deseja
que você tenha bons conhecimentos de Servidores e Sistema Linux em geral, mas você é 'fera' apenas na plataforma Microsoft, e sempre torceu o
nariz pra Sistemas e programas de Software Livre.
Assim sendo, será pouco provável a sua contração.
Como pode naturalmente perceber, há diferentes situações e diferentes resultados, se apenas se restringir a um único conceito e forma de ver,
aprender e assimilar as coisas.
No mundo altamente globalizado e pluralizado, levantar bandeiras pode limitar as fronteiras e aberturas de novas possibilidades.
Precisamos avaliar a premissa de que, assim como não podemos serrar uma árvore com uma colher e comer com uma serra um prato de comida.
Precisamos nos adaptar às nossas necessidades, utilizando as ferramentas adequadas a cada caso.
Ser um Linuxista convicto ou um Microsoftiano de carteirinha, pode não ser o melhor dos mundos.
Precisamos estar com nossas mentes abertas para fazer as mesmas coisas, só que de um modo diferente, mas com os mesmos resultados na
maioria das vezes.
O Linux, em muitos aspectos é melhor, igual ou superior ao sistema Windows, quem o utiliza e o conhece sabe disso.
Por outro lado, há também coisas no Windows que são iguais, melhor ou mesmo superior ao nosso querido pinguim.
E note que esta é justamente a graça do jogo. E no fundo, sabe quem de fato ganha com tudo isto? Você.
E sem mais delongas, o melhor Sistema Operacional é aquele que atende a todas as suas necessidades gerais, ou mesmo momentâneas, e não
lhe deixa na mão seja na hora do entretenimento ou na hora do trabalho.
Embora isto não significa dizer, que você não tenha o direito de dizer que este ou aquele é o melhor do mundo, afinal, é a sua opinião. E se
funciona pra você, só pode ser o melhor mesmo.
Pluralidade em tecnologia é melhor do que singularismo, pois 'cada um tece como lhe apetece', e tudo que não tem diversificação, vira
anacronismo decadente!