Criando atalhos (arquivos *.desktop) manualmente no KDE, Gnome e XFCE
Introdução
Olá pessoal,
Esta dica tem como objetivo ensinar a criar atalhos no desktop do usuário através de arquivos de texto, isto é, criando arquivos do tipo *.desktop.
Este formato de arquivo é livre e vem sendo usado tipicamente pelo KDE e o Gnome para criar atalhos e lançadores de aplicações. Recentemente o formato também foi adotado pelo XFCE.
O projeto FreeDesktop tem com objetivo garantir a interoperabilidade e o compartilhamento de tecnologias entre ambientes de janelas existentes no servidor X. Os membros do projeto estão construindo uma plataforma base, que inclui padrões e programas de desktop para o Linux e o Unix.
Estrutura do arquivo
Todos os nossos arquivos deverão ter a extensão *.desktop e poderão ser criados em seu editor de textos favorito. Usarei um exemplo para demonstrar a estrutura básica de um arquivo *.desktop.
Este é o mínimo que você precisa para ter um atalho funcional em seu desktop:
Exec => Determina que comando deverá ser executado ao clicar sobre o atalho;
Icon => Determina que figura deverá ser exibida no atalho que você acabou de criar;
Name => Nome do atalho(*);
Path => Caminho usado para a execução do programa ou script.
* Este nome é o que será exibido em seu desktop, repare que o nome do arquivo (eclipse.desktop) não está necessariamente relacionado com este nome. Eu poderia nomear o atalho como Eclipse Azul e isto não invalidaria o arquivo.
Como podemos perceber o processo é bem simples, não é necessário nada mais além disso. Poderíamos inclusive remover os marcadores Icon e Path, se desejássemos.
Se você deseja tornar seu arquivo mais completo, ou sentiu a falta de alguma opção, pode verificar o arquivo de especificação no início desta dica.
Outras opções interessantes
Irei, antes de terminar esta dica, comentar sobre outros campos que o seu arquivo pode conter que são interessantes.
Arquivo "frostwire.desktop":
[Desktop Entry]
Version=1.0
Encoding=UTF-8
Exec="/home/rafael/meusProgramas/frostwire-4.17.1.noarch/runFrostwire.sh"
Icon=/home/rafael/meusProgramas/frostwire-4.17.1.noarch/FrostWire.png
Name=FrostWire
Path=/home/rafael/meusProgramas/frostwire-4.17.1.noarch/
Terminal=true
Comment=Compartilha Arquivos na Web
Type=Application
GenericName=Aplicativo P2P
Version => Versão da especificação usada para escrever o arquivo;
Encoding => Codificação usada para escrever o arquivo atalho;
Comment => Comentários sobre o atalho;
Terminal => Determina se o aplicativo será executado através de um terminal ou não;
GenericName => Apelido da aplicação;
Type => Tipo do atalho criado, os três tipos disponíveis são: Application, Link, FSDevice e Directory, que definem respectivamente atalhos para aplicativos, ligações web, sistemas de arquivos e diretórios.
Palavras finais
É isto pessoal, existem bem mais opções das que eu mencionei aqui. O ideal mesmo é ler o arquivo de especificação no início da dica. Dominando esta criação de atalhos com os arquivos *.desktop você poderá criar atalhos para montar dispositivos remotos (nfs), locais (como pendrives, DVDs, CDs) e quaisquer outros que você possa imaginar, além dos atalhos comuns para aplicações que eu mencionei nesta dica.
[6] Comentário enviado por rommulo9 em 15/06/2016 - 20:21h
Atalhos para arquivos texto não deram certo no meu KDE Plasma 5.6:
Quando crio um atallho (.desktop) para um arquivo texto e especifico:
Type=text/plain
E depois tento acessar o atalho, surge essa mensagem:
"A entrada de ambiente do tipo
text/plain
é desconhecida."
A criação de atalhos no KDE Plasma 5.x deixa a desejar. Não se cria um link diretamente sobre o arquivo alvo, coisa fácil demais no Linux Mint 17 MATE... vou mencionar duas dificuldades:
No painel do KDE Plasma 5.x não descobri como alterar nenhum ícone, tanto de aplicativos quanto de acesso a arquivos pessoais. Quando chamo no botão direito do mouse "Configurações de ícone", a única opção que aparece é para se atribuir uma tecla de atalho.
Idem para o Dolphin: em propriedades do arquivo, não encontro nenhum jeito de personalizar os ícones de arquivos pessoais, e nem agregar emblemas (que no Linux Mint MATE 17 é moleza).
Assim, se eu tiver 10 arquivos texto, cada um ligado a um assunto diferente, tanto no diretório em que foram salvos, quanto nos respectivos atalhos lançados no painel do K - todos terão o mesmo ícone, aquela folhinha branca com a inscrição TXT ao centro, empobrecendo a experiência visual de se distinguir os arquivos por assunto, e não apenas pela extensão.
[7] Comentário enviado por meetgyn em 05/06/2019 - 10:26h
Gostei da dica.
Me surgiu uma duvida, após a criação do arquivo.desktop eu coloco ele onde mesmo? Preciso setar ele no path ou colocar em alguma pasta especifica para que o menu seja chamado?