Olá! Recentemente instalei o
Slint 14.2. ;-]
"Mas o que é Slint, meu caro Xerxitos?", talvez você me pergunte. Basicamente, é a distribuição Slackware com um instalador focado em internacionalização e em acessibilidade. Legal, né? Parabéns aos envolvidos.
O site do projeto é:
Após o boot, logo de cara, podemos escolher o idioma do instalador (incluindo o português do Brasil), sendo assim, todos os passos da instalação estarão traduzidos. Uma beleza!
Mas o Slint não se limita a isso. Todo o sistema, ao final da instalação, estará configurado com o idioma e o teclado escolhido. Isso representa um grande avanço no mundo dos slackers, já que o normal é configurar tudo manualmente, editando arquivos de textos, após a instalação. Mas agora, com o Slint, isso acabou.
Como muitos usuários não usam o KDE, em determinado momento o instalador pergunta se você quer instalar o KDE. Eu optei por não instalar. Depois tive uma nova surpresa, bem legal. O Mate estava entre as opções de ambientes gráficos. Outra coisa que o Slakware puro não tem. Por isso mesmo resolvi testá-lo.
O gerenciador de boot me pareceu diferente do padrão do Slackware, estava mais... puro, sem modificações. Mas fora isso, tudo idêntico. Notei um pequeno bug no gerenciador de redes, no entanto. Ele dizia que não estava funcionando.
Mas apesar dessa mensagem, eu estava com rede e navegando normalmente. Bastou atualizar o sistema com:
# slackpkg update
# slackpkg upgrade-all
E reiniciar. O aparente bug sumiu.
Com o Slint não é mais necessário se preocupar com boa parte de configuração do sistema. Assim, basta partir logo para a fase de instalar os pacotes que se quer.
Eu apenas instalei o sbopkg, disponível em:
# installpkg sbopkg-blablabla.tgz
E pelo próprio sbopkg eu instalei o slpkg, que na minha opinião é, de longe, o MELHOR gerenciador de pacotes para Slackware.
# sbopkg -r
# sbopkg -u
# sbopkg -i slpkg
Para informações sobre como usar o slpkg, veja o seguinte artigo:
E por fim, eu instalei o Slackpkg Plus e habilitei o multilib.
Para isso veja esta dica:
É isso. Slackware bonito, Slackware bem feito, Slackware formoso...
Legal a dica!
Tb resolvi testar o Slint recentemente. Em resumo, um Slackware muito fácil e mais completo.
Uma dica: o Slint vem com o slapt-get e o slapt-src instalados, sendo que o slapt-get já vem configurado para utilizar os repositórios do Slackware e do Slint. Então, ao invés de utilizar o slackpkg, que precisa ser configurado antes (apenas escolha de mirror, a princípio), é mais fácil usar o slapt-get, e serão instalados pacotes tanto de atualizações de segurança (patches) quanto os comuns. A propósito, o Slint conta também com o GSlapt, que fica monitorando novas atualizações e pode ser usado para gerenciá-las e também instalar novos pacotes.
Só não concordo com uma afirmação sua na dica:
"Isso representa um grande avanço no mundo dos slackers, já que o normal é configurar tudo manualmente, editando arquivos de textos, após a instalação."
Isso já não é assim desde a versão 13.0, se não me engano. Uma das poucas coisas que me lembro de ter configurado na mão nos últimos tempos é a configuração do 'runlevel' em que o sistema inicializa - através de edição do arquivo /etc/inittab - alterando de 3 para 4 a linha
# Default runlevel. (Do not set to 0 or 6)
id:4:initdefault:
E claro, o primeiro usuário não-root tb deve ser adicionado após a instalação. M as isso pode ser feito tanto por comando quanto via interface gráfica, se um gerenciador gráfico de usuários estiver instalado (claro que essa última opção não costuma ser recomendada, pois iria requerer rodar um DE ou gerenciador de janelas como root, o que, por sua vez, é algo "demonizado" mundo Linux afora).
Como último comentário, acho que seria mais interessante se o Slint adotasse o Slackpkg Plus no lugar do slapt-get e também o sbotools ou sbopkg no lugar do slapt-src. Mas aí já é mais uma questão de preferência :-)