Chupa-cabras e ETs de Vargínia do Viva o Linux, aqui começa mais uma Dica do Dino® trazendo para vocês muito amor, muita paz e uma porrada de ufologista para perturbar seus juízos. No cardápio de hoje temos a contrapartida GNOME-ísta de uma Dica anterior,
Desabilitando o indexador de arquivos Baloo no KDE Plasma.
A história é simples: decidi durante uma viagem promovida por uma cartela inteira de papelzinho que iria usar o GNOME por um tempo, só que eu notei que a distro em questão (o Debian Stretch) ficava uma carroça. Sabendo que o KDE sofria de um problema semelhante, fucei um pouco e descobri que teria que desabilitar a inicialização automática dos daemons do Evolution (que eu não uso mesmo) e do Tracker. Agora o Grande Dino® traz a info pra vocês. Preparados?
Primeiro passo: um rc.local apropriado
O truque passa todo por adicionar umas linhas ao rc.local – para quem não sabe, esse é tradicionalmente o script executado na inicialização do sistema antes de permitir o login do usuário. Entretanto, em raríssimas distros o arquivo ainda existe nativamente. Por exemplo, no Slackware ele fica em
/etc/rc.d/rc.local. Distros que adotam o systemd o removeram por padrão, mas se ele for criado como
/etc/rc.local tem como voltar a usar o arquivo. Enfim, não importa onde ele fique no sistema, adicione o seguinte conteúdo a ele:
#!/bin/sh -e
rm -rf /etc/xdg/autostart/tracker-extract.desktop
touch /etc/xdg/autostart/tracker-extract.desktop
rm -rf /etc/xdg/autostart/tracker-miner-apps.desktop
touch /etc/xdg/autostart/tracker-miner-apps.desktop
rm -rf /etc/xdg/autostart/tracker-miner-fs.desktop
touch /etc/xdg/autostart/tracker-miner-fs.desktop
rm -rf /etc/xdg/autostart/tracker-miner-user-guides.desktop
touch /etc/xdg/autostart/tracker-miner-user-guides.desktop
rm -rf /etc/xdg/autostart/tracker-store.desktop
touch /etc/xdg/autostart/tracker-store.desktop
rm -rf /etc/xdg/autostart/evolution-alarm-notify.desktop
touch /etc/xdg/autostart/evolution-alarm-notify.desktop
Observação importante: se já existir um rc.local no sistema
NÃO COLOQUE A CACETA DA SHEBANG!!! Para quem não sabe, a shebang é aquela linha que começa com
#!, e ela indica ao sistema operacional que o arquivo em questão é um shell script e com qual shell ele deve ser executado.
Segundo passo: habilitar o rc.local na inicialização do sistema
Esse é o passo que dependendo da sua distro pode ser moleza ou exigir uma pajelança qualquer. O caso moleza é o do Slackware, pois um simples uso de...
# chmod +x /etc/rc.d/rc.local
...resolve tudo. Agora porque diabos você usaria o GNOME no Slackware, bem, seus problemas mentais estão fora da minha alçada de especulação, só digo isso.
Mas se sua distro usa systemd (a maioria das atuais), então você precisará de uma pajelançazinha. Crie o arquivo
/etc/systemd/system/rc-local.service e cole o seguinte conteúdo nele:
[Unit]
Description=/etc/rc.local
ConditionPathExists=/etc/rc.local
[Service]
Type=forking
ExecStart=/etc/rc.local start
TimeoutSec=0
StandardOutput=tty
RemainAfterExit=yes
SysVStartPriority=99
[Install]
WantedBy=multi-user.target
Isso criará um serviço no systemd para o rc.local. A seguir, habilite o serviço na inicialização:
# systemctl enable rc-local.service
# systemctl start rc-local.service
Interrompa os daemons do Evolution e do Tracker com o comando:
# killall evolution* tracker*
Por fim, reinicie o computador. Problema resolvido!
Conclusão
Obviamente esse método não é o mais bonitinho, mas ele faz o serviço e mata dois daemons que só servem para consumir memória no seu computador. E é com essa frase que eu, o Grande Dino®, me despeço de todos vocês com o já mais que conhecido bordão:
GET SLACK OR DIE!!!
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