niquelnausea
(usa Arch Linux)
Enviado em 08/03/2019 - 23:45h
JoaoDamasceno escreveu:
Boa tarde senhores.
Sei que o teor do tópico não é novo, porém, por questões de trabalho/escritório, gostaria de saber a opinião de vocês no sentido de:
- O quão delicado seria o Arch Linux?
- Seria mesmo "questão de tempo" para que ele venha a quebrar?
- O que o faria assim tão ruim?!
- Não seria muito do que se fala sobre a questão Rolling Release algo já há muito superado e que a proposta Rolling Release seria hoje tão boa (e estável) quando um Debian, Slackware ou CentOS?
- Que procedimentos a comunidade poderia aplicar no Arch no sentido de que ele se tornasse um sistema excepcional?
- O que perde um usuário que deixa de usar diretamente o Arch para usar um Manjaro, Antergos ou Chakra?!
apesar de muitas vezes serem construídas sobre o mesmo conjunto de pacotes, distros linux são bastante diferentes. rolling release em teoria são mais propensas a quebrar, mas isso não é regra (por motivos óbvios). com o arch, os momentos mais comuns que isso costuma acontecer:
- atualizações de pacotes com intervenção manual (remover ou renomear arquivos), substituição de um pacote especifico por outro, em grandes mudanças de bibliotecas (passagem entre gnome 2 para o 3 por exemplo), ou sistemas com grandes pulos entres as versões de pacotes ou/e que ficam grandes períodos sem atualizar;
- uso de pacotes não oficiais (aur) ou compilados localmente;
- incompatibilidade entre o conjunto de pacotes (não se sobrevive no arch sem pacotes não oficiais) já que o ritmo de atualizações mesmo tendo controle de qualidade e testes, ainda é frenético, e nem sempre existe compatibilidade total entre os pacotes e dependências oficiais e esternos (lembrando que uma das filosofias da distro é "o mais novo, sempre").
"quebrar a distro" é um termo exagerado, mas com certeza irão surgir incompatibilidades que te deixaram sem ambiente gráfico, ou sem drive de video, ou algo pior (e isso é questão de tempo), o tamanho do problema depende da complexidade do conjunto de pacotes em uso (costuma ser mais fácil arrumar um xfce do que um kde por exemplo), mas a solução costuma ser "simples" e bem documentada e explicada pela comunidade. levando em consideração as metas e características da distro, isso é intrínseco a ela, então não é algo ruim.
não da para comparar verdadeiramente com distros fixed release, ainda mais distros como debian e centos, onde apesar do maior numero de pacotes (e de possíveis combinações possíveis destes), o numero de testes foram maiores e o numero de ambientes diversificados para testes também são maiores. não quebrar o arch se deve mais a capacidade do usuário resolver problemas (familiaridade com a distro), porém o modelo rr mesmo com suas peculiaridades, ainda possui vantagens, basta entender que não são para todos e para tudo.
talvez falte maior voz ativa para a comunidade ou poder de escolha (systemd é um exemplo), porem devido as possibilidades existentes de configuração, a maioria não se importa o suficiente com isso, quanto aos que se importam a resposta desta duvida esta logo aqui em baixo.
as comparação entre o arch e suas derivações seguem a mesma linha de pensamento que todas as outras distros neste requisito seguem (ganhar ou perder recursos), automação e facilidades, inclusão de recursos ou padronizações que não existem na distro mãe.
JoaoDamasceno escreveu:
Até lembro de ter lido comentários afirmando que o Pacman seria uma desgraça. Um péssimo, se não, o pior gerenciador de pacotes do mundo Linux. (será mesmo?!).
de modo geral funciona muito bem para a esmagadora maioria de usuários, sendo até mais rápido e poderoso que o apt e yum, porém possui algumas características e nele faltam algumas funções muito especificas para alguns grupos de usuários, que neste caso fazem dele um gerenciador de pacote ineficiente. devido ao pequeno grupo impactado, são recursos desprezados ou sem interesse por parte dos devs em serem implementados.