Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 22/05/2008 - 19:52h
Cada linguagem de programação é boa em um sentido mas pode ser fraca em outro sentido.
Assembly é a linguagem de baixo nível mais poderosa que se conhece - a mais poderosa é com toda a certeza a própria LM, ou linguagem de máquina, que varia de processador para processador.
Os programas são infinitamente pequenos em tamanho(meu controle de estoque para uma indústria fonográfica tinha apenas 512 bytes).
Mas a verbosidade tinha de ser imensa, pois tudo tinha de ser devidamente comentado.
Contudo, a produtividade é terrivelmente baixa.
Se você errar uma sintaxe, =crash!!!=
Então, sem medo de errar, e genericamente falando, podemos afirmar que quanto mais rápido for o processo de desenvolvimento, menor será o poder de uma determinada linguagem no tocante a minúcias.
Uma linguagem de altíssimo nivel trabalha diretamente com rotinas que já foram mastigadas e semi-digeridas, e não com o processador em si.
Assembly pode dar retorno financeiro, sim, SE você pretende trabalhar em projetos muito específicos, de uma forma continuada, a longo prazo e com a certeza de uma remuneração condigna.
Vejam por exemplo no caso dos usuários da Microsoft (não estou criticando, apenas dando um exemplo de como podemos nos enganar em uma escolha):
Há algum tempo atrás, ganhava-se algum dinheiro programando em Visual Fox Pro e Visual Basic.
Para melhor implementar o Visual Basic era necessário que houvesse profisionais qualificados para desenvolver os VBX (Visual Basic Extensions), uma espécie de DLL especial, coisa que apenas 1% dos programadores era capaz de fazer.
Esses VBX foram sendo substituídos pelos OCX.
O próprio Visual Basic foi descontinuado.
Então, o tempo, dinheiro e esforço necessários para aprendê-lo (e às suas extensões) parece que foi em vão.
Note-se porém que o Visual Basic foi desenvolvido em C, da mesma forma que o Linux.
E que para construir VCX e OCX, é necessário o uso de uma linguagem como Delphi ou... C !!!
Portanto, é inegável que a linguagem de baixo nivel e que ainda é promissora é exatamente o C, pois tem praticamente tudo o que o assembly tem, e mais a estruturação e a velocidade de uma linguagem moderna.
Minha opinião portanto, nesses casos específicos, é a de que se deve dar ênfase ao C e, se for realmente o caso, e à linguagem de máquina, podendo-se assim "pular" o assembly.
Os demais programadores, mortais comuns, estarão trabalhando com as linguagens de alto nivel que aparecerem por aí, e que muito se parecem com o próprio pseudo-código.
Agora deixem-me explicar uma coisa:
Uma linguagem não é de "baixo nível" porque é "ruim".
O conceito não tem nada a ver com isso:
Uma linguagem de "baixo nível" possui características que a aproximam mais da linguagem entendida pelo processador da máquina, enquanto que uma de "alto nível" a aproxima do programador, da liguagem que nós humanos entendemos.
É isso aí.