criando .deb de drivers

jonatanc10
(usa Debian)

Enviado em 08/06/2014 - 17:22h

Ola, queria alguma dica de como criar um instalador .deb de drivers compilados a partir de um kernel atual baixado do kernel.org sem a necessidade de atualizar o kernel somente atualizar os drivers.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 08/06/2014 - 18:21h

Isso não existe.. o Kernel baixado de www.kernel.org é diferente do kernel da distribuição e utilizá-lo pode até impedir o sistema de funcionar corretamente.

O kernel das distribuições sofrem vários patches (remendos)que são colocados pelos desenvolvedores.

Esse é um erro comum cometido pela maioria das pessoas que começam a usar uma distribuição e querem um kernel mais "atual"...

Não há qualquer necessidade de usar o kernel de .org, a menos que seja um desenvolvedor de kernel.

marcosbaesse
(usa openSUSE)

Enviado em 08/06/2014 - 22:43h

Olha o kernel que eu instalo, é feito da seguinte maneira:

Primeiro eu procuro com o comando:

# apt-cache search linux-image linux-headers

Depois eu instalo o kernel e os headers do kernel que eu quero:

# apt-get install linux-image-(versão do kernel) linux-headers-(versão do kernel)

Então escolho o kernel desejado quando dou o boot no Grub.

nicolo
(usa Ubuntu)

Enviado em 09/06/2014 - 12:10h

Bem, vou arriscar a advinhar qual o seu problema.

Você escolhe o kernel que quer dar boot, ....
Os módulos de drivers foram compilados para o último kernel e instalado, e dai gera confusão sobre qual arquivo .ko que vai ser carregado.

Não há exatamente driver nesta confusão, a confusão é com os módulos do kernel que posem ser "drivers" ou módulos de programas instalados. Exemplo: Driver nvidia , módulos do vmware-player.

Quando você muda o kernel, mudam os módulos carregados, mas nem sempre.

2-Se você instalar um novo kernel do repositório, poderia deletar as versões antigas do kernel, sem prejuízo de funcionamento.

3-O preço que se paga pela estabilidade do Linux, é que as versões só são compatíveis com elas mesmas. Não há nem intenção nem garantia de compatibilidade com outras versões.

Buckminster
(usa Debian)

Enviado em 09/06/2014 - 18:58h

Há controvérsias.

Ainda hoje eu compilo o kernel de kernel.org.
No Debian posso dizer que sempre funcionou.
Às vezes é necessário para habilitar uma nova função ou módulo ou pelo simples prazer de compilar um kernel mais atual.

Como exemplo posso citar uma máquina que eu tenho aqui na qual aquela função do Gnome de jogar o ponteiro do mouse no canto superior esquerdo para mudar da área de trabalho para a tela Atividades|Janelas|Aplicativos não funcionava com a minha placa de vídeo. Aparecia aquela mensagem padrão de que alguns recursos da placa de vídeo não estavam disponíveis.
Compilei o kernel 3.14.2 e passou a funcionar.

É lógico que eu poderia ter testado outro driver de vídeo, mas nunca gostei de instalar driver de vídeo porque dá mais trabalho do que compilar um novo kernel.
E é lógico que esse problema talvez fosse um problema isolado, da máquina em si, tem tudo isso.

Outro exemplo que eu posso citar é um cluster que configurei aqui. Com o tempo as máquinas (que estavam com o kernel padrão da distribuição) começaram a dar problemas. Compilei o kernel delas e nunca mais deram problema.

Enfim, não quero criar polêmica, mas posso dizer que isso é também uma questão de gosto.
Mas tecnicamente a única maneira de um kernel de kernel.org impedir o sistema de funcionar corretamente é se ele for mal configurado e/ou mal compilado, mas daí é problema de quem o configurou/compilou erradamente e não problema do kernel em si.

Mas como eu disse antes, não quero criar polêmica, senão vamos entrar naquela velha discussão de "qual sistema é melhor", "qual antivírus é melhor", "qual navegador é melhor", qual kernel é melhor", etc.

E como eu aprendi desde pequeno, o melhor é aquele que você sabe usar.

E quanto à dúvida do autor do tópico, um kernel compilado baixado de kernel.org você pode habilitar um novo módulo (driver) sem precisar compilar o kernel todo.

Estando dentro do diretório no qual você compilou o kernel, por exemplo no Debian, em /usr/src:

# make menuconfig
Escolha as opções que deseja adicionar.
# make modules
# make modules_install

No kernel da distribuição você também pode fazer isso através de modprobe -v nome_do_modulo, mas daí tem que colocar o comando na inicialização e às vezes nem assim funciona.
Tecnicamente essas duas formas não seriam atualizações de drivers, mas habilitações de novos drives que estão disponíveis mas não foram habilitados.

Quanto à atualização dos drivers, os comandos update e suas variantes servem para isso. É claro que para atualizar certos drivers somente desisntalando a versão mais antiga e instalando a versão mais nova.
Mas isso acontece em qualquer sistema operacional.

O problema é aquele velho problema de que a maioria dos drivers são feitos para Windows e daí as atualizações ocorrem de forma automática.
Com o Linux ainda se tem que pesquisar e baixar e instalar os drivers mais atuais.

O problema de se fazer um instalador .deb de drivers é que se teria que colocar dentro desse instalador uma infinidade de repositórios tornando praticamente impossível tal coisa.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 09/06/2014 - 19:26h

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Sem problemas. Para o usuário médio não faz sentido, pois quebra a arvore da distribuição. No seu caso, talvez nunca tenha precisado compilar algo e expor os HEADERS do kernel. Então, funciona bem.
Mas o usuário de distribuição deve ficar nos pacotes da distribuição, se quiser ter sossego.

É que a gente acha que vai compilar e TURBINAR o kernel. Mas, isso não vai acontecer... na maioria das vezes. O debian não tem tantas coisas fora do normal como o CentOS. Se tentar fazer isso é mais complicado ainda. De todo modo concordo com você se o cara sabe o que tá fazendo dá certo, se tem dúvida é certo que dará errado.

nicolo
(usa Ubuntu)

Enviado em 11/06/2014 - 09:15h

Se você compilar o kernel alterando os tempos de espera para 1 mili-segundo e ajustando o processador para a família do seu processador a velocidade aumenta desde que o seu processador seja bem superior ao default. Aliviar lixo inútil torna o kernel mais leve e ajuda. O aumento de velocidade devido a redução dos tempos de espera é obtido para aplicações multimedia.O default é de 4 ms.

O raio é que há drivers e programas compilados para o kernel default da distribuição, aí termina o sossego do usuário.

Se você baixou uma versão i386 ou i486 ou i586 e o seu processador é um Intel i5 ou um AMF FX6300, então recompilar o kernel melhora.

Se o seu sistema é uma AMD64, o ganho é menor.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 11/06/2014 - 09:56h

Não há meio de empacotar esses "drivers", Em Linux, a maior parte dos pacotes controladores de hardware, são módulos de kernel, e não drivers, estão no kernel, dentro dele.
e nas distros, quando vc instala um driver de vídeo pelo gerenciador de pacotes, ele é já empacotado, um DEB...
não tem muito jeito, cada vez que trocar o kernel, terá de trocar o driver de video.
na fac, eu tenho uma ATI, e uso ATI GPU para cálculos químicos, e instalar esses drivers é trabalhoso, o que fiz?
preferí não mexer mais nesses drivers e nem no kernel, não atualizo nenhum dos dois, para não correr o risco de ficar sem GPU.
Mesmo pq se é o mesmo micro, o mesmo hardware, não tem necessidade de trocar o kernel toda hora.

lcavalheiro
(usa Slackware)

Enviado em 11/06/2014 - 10:13h

Se os drivers já estiverem compilados e você quiser facilitar a instalação, é muito mais fácil você criar um tar.gz com a estrutura de diretórios correta e descompactá-lo posteriormente na / do sistema.

Agora, se você quiser um .deb que compila on the fly, meu filho... quem faz isso é .rpm!