lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 07/09/2012 - 17:28h
Gedimar escreveu:
Eu só gostaria de salientar dois pontos que li nessa interessante conversa deste tópico:
1º Luís, o objetivo do ubuntu não é ser tão fácil quanto o Windows, mas sim ser mil vezes mais fácil.
Pois na verdade, o ubuntu já é muito mais fácil de se usar que o Windows rsrsrsr, concorda comigo?
Gedimar, eu lhe peço desculpas, mas o Unity não é intuitivo. Quando eu o vi pela primeira vez eu fiquei com uma cara de "o que eu faço agora?" que, acredito, acomete os recém-chegados no mundo GNU / Linux que escutam os comentários do tipo "novatos deveriam começar pelo Ubuntu". Vencida essa barreira, o novato fica sobrecarregado pelo mar de recursos que ele tem agora, e muitos se perdem aí e preferem fazer o uso basicão de um computador (e-mails, edição de textos, Facebook e MSN - este último não é trivial em uma instalação padrão, mas tudo bem).
O que eu quis dizer foi que o Ubuntu quer ser mais fácil que o Windows, e isso vai ser a sua ruína. Ele vai ter que jogar os pilares do mundo GNU / Linux (estabilidade, tradição, confiabilidade, segurança) pela janela para agradar a todos, desde o "bonde do clica-e-vai" até o programador veterano de 20 anos de Unix, e pra agradar a todos tem que nivelar por baixo.
Gedimar escreveu:
2º Mariana, sinto muito mas eu discordo da sua afirmação
"Eu acho que, a grande tendência das distros gnu/linux, mesmo que alguns não concordem, será se dividir em dois ramos. Distros 'para programadores' e distros para aquele tipo de usuário sem muito conhecimento. O Ubuntu, se encaixa no último, a tendencia é se tornar cada mais mais 'a moda windows', onde o usuário tem tudo na mão."
Eu conheço gente que tem toneladas de conhecimento a mais do que eu, e ainda assim preferem o Ubuntu, aqui mesmo no Vol, nós podemos encontrar dezenas desse tipo de usuário. Conheço também, gente que mal sabe compilar um programa e já quer usar Slackware, Arch, Gentoo, pra poder dizer que usa tais distros, novamente, aqui mesmo no Vol, podemos encontrar tais figuras.
Na minha humilde opinião (que pode estar equivocada), a distros se dividirão entre distros para usuários que querem ter um domínio maior sobre o sistema, e entre distros voltadas para usuários que se preocupam mais com os aplicativos em si do que o próprio sistema.
Eu mesmo, já pertenci ao primeiro grupo, quando eu trabalhava 20 horas por semana (por favor, não estou afirmando que os usuários do primeiro grupo são desocupados rsrsrsrs). Eu tinha tempo para fuçar no Slackware, tanto que escrevi alguns poucos artigos sobre ele aqui no Vol.
Mas, nos últimos dois anos minha vida mudou. Assumi a coordenação de um importante projeto educativo e basicamente não tinha mais tempo para toda essa diversão (eu realmente gostava de fuçar no coração do sistema, eu me divertia com isso). Agora, não consigo pensar em usar outro sistema operacional, que não o Ubuntu. Ele me dá tudo o que eu quero na mão, de fato. Mas com toda a humildade desse mundo, acredito que não me encaixo no "grupo de usuários sem conhecimento" citado pela Mariana rsrsrsrsrs.
Abraço
Gedimar, existirão sempre distros mais voltadas ao usuário comum, enquanto outras focam em outros aspectos melhor abordados não apenas pelos especialistas como por qualquer um que saiba ler (ou seja, qualquer um que não seja um usuário comum). Estabilidade, confiabilidade, segurança e tradição. Nada impede que um zero-bala na informática entre no Slackware e seja feliz, basta apenas que ele queira aprender como se faz isso. Por outro lado, um usuário comum pode desistir do Ubuntu porque "não consegue fazer o MSN funcionar, não entende porque não instala após baixar do site da MS", sacou?
Sei lá, cada vez mais compreendo o edps...