GabrielMS86
(usa Arch Linux)
Enviado em 22/01/2018 - 23:40h
Simplesmente não.
A força que as duas gigantes tem dentro do sistema é grande o suficiente para forçar uma boa parcela a se dobrar diante dela. Não teríamos escolhas sem o software livre. Poder escolher software proprietário ou outros que te restrinjam não é liberdade: é alimentar justamente a falta dela
Discordo. Você apenas escolhe o produto que atenda sua necessidade. Simples. Como em qualquer outro setor econômico.
E é justamente assim quando as duas forçam práticas nocivas ao seus usuários. Manipula ordenando atualizações e modificações que sabe-se lá de onde vieram em troca da não retirada de serviços (a Sony já fez isso várias vezes com o PlayStation). Se você não é livre para recusar uma singela atualização no serviço que você aluga (nem do produto você é dono/tem direitos, veja lá), não tem outra palavra para definir isso senão escravidão.
A partir do momento em que você tem a liberdade para até mesmo não continuar usando um software apenas por causa de uma atualização, você já não é - de forma alguma - um escravo.
Ninguém é obrigado a fazer nada senão em virtude de lei, mas no que isso implica, sinceramente? Se você cria uma criança com um nível de dependência de software proprietário (e outras pragas), você está criando um mini escravo, que aprenderá que existe uma empresa para pensar/agir/fazer por ele. Não existe escolha quando o eco sistema é fechado, a pressão exercida pelo capital chega a níveis absurdos: ou você usa esse programa que destroi a sua liberdade e te trata como um animal, ou não tem trabalho em uma empresa, por exemplo.
Como isso não pode ser entendido como uma forma de controle e escravismo?
Se você quer um emprego que exija o domínio de outro idioma você aprende esse idioma. Se você quer um emprego cujo um dos requisitos seja usar Windows então você aprende a usá-lo e pronto. Os motivos que levaram à empresa optar por esse software são irrelevantes. Isso não é escravidão.