Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 16/12/2011 - 18:43h
Mesmo no Japão começa a despontar uma "geração rebelde" (no pior sentido), que alia a rebeldia natural das novas gerações com um mau sentimento interior, má índole, preguiça, falta de perspectiva e outros males individuais que repercutem seriamente na sociedade.
Como ali a população é muito concentrada, o mal geralmente se alastra com grande facilidade.
Ora, o que ali não falta é orientação, quer seja dos pais, dos professores ou mesmo do estado, devido à cultura milenar daquele país, sempre baseada em valores morais elevadíssimos e tradicionais.
Mencionou-se a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em São Paulo, mas aqui no Rio de Janeiro tinha a famosa e respeitadíssima "Invernada de Olaria", que mantinha as coisas nos eixos sem discriminar a esse ou aquele. E eles tinham um tremendo senso para determinar "quem era quem". Eram super-temidos pela bandidagem, pelos "candidatos a bandido" e muito respeitados por todos os cidadãos, que sempre concordaram com seu "modus operandi" quase que cirúrgico, de tão preciso que era.
Sabíamos que nossos filhos jamais se estariam associando com "quem não presta", pelo simples temor que o simples nome da "Invernada" causava.
E eles não adotavam o "sistema branco = gente fina, escurinho = bandido": "Bandido" era "bandido", fosse preto, branco, azul, roxo, verde, etc. - e as "pessoas de bem" eram "pessoas de bem": podiam ser as mais mal-encaradas e coloridas de qualquer forma, que eles sabiam separar muito bem as coisas.
Porém "alguém" achou que eles eram "truculentos", "torturadores", etc., e acabaram forçando o encerramento de suas atividades, deixando a população carioca sem uma excelente corporação, sem um excelente serviço.
Hoje, se procurarmos informações sobre a "Invernada", encontraremos citações no sentido de que eles eram "um grupo de torturadores" ou "um grupo de extermínio" vinculado ao "Esquadrão da Morte", bla, bla, bla...
Atualmente não estamos vigiando e orientando devidamente os nossos filhos, e pretendendo que eles somente aprendam a "ser gente" quando estiverem na ecola.
Não sabemos o que eles andam aprontando nem de dia e nem de noite.
Uma de minhas alunas, aos
doze anos de idade, já tinha um "piercing" na língua. Como é que pode?
Será que ela aos onze anos foi ao "carinha do piercing" com seus próprios pés e por sua própria iniciativa, falou com ele "botaí um pirce na minha língua", o cara obedeceu, a família disse "amém", e ficou tudo por isso mesmo?
Que me desculpem, mas acho que sobraram as influências externas e o auto-regulamento, e faltou o mais importante, que é justamente a família.
Na própria igreja que frequento, de vez em quando se vêem meninos de 6 a 8 anos com roupas de "rappers" com inscrições tipo "Bad Boy", "Pitbull", "Fuck You" e daí para muito pior. E não são realmente eles que escolhem tais roupas. Evidentemente algum adulto o fez por eles.
Fora os cabelos desenhados à moda dos traficantes que eles vêem todos os dias. Estão portanto "fazendo sucesso" dessa forma.
Ora, a igreja não tem culpa sobre isso. Então a responsabilidade recai sobre... a família!
Sempre instruí meus alunos a não buscarem média apenas "para passar".
Claro, que com média 6 eles seriam aprovados, mas acontece que eu sempre fiz a cabeça deles para tirar pelo menos a média 8.
Como professor, eu não sei de quase nada, e os alunos tem de saber pelo menos 80% do que eu sei, para poderem saber alguma coisa na vida.
Não é não?
A maioria comprou a idéia e se deu bem.
Enfim, "ser jovem" não é sinônimo de "ser alguém sem perspectivas".
Então que aproveitem a força e o ânimo que a juventude naturalmente lhes propicia para serem estudiosos, produtivos, eficientes, dedicados, conscientes, e que possam usar todas as suas prerrogativas para conseguir um futuro melhor para todos à sua volta.
Um jovem assim pode tentar, tentar, tentar e
jamais desistir ou ser atingido pela "síndrome do coitadinho" ou da "vítima da sociedade".
Porém um jovem sem se dar conta de seus próprios valores, fatalmente sucumbirá aos vícios e a tudo que não lhes aproveitará em nada na vida.