Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 08/10/2010 - 11:37h
A gente sempre encontra alusões engraçadas às chamadas "coisas de pobre".
Estive vendo em um site alguns sintomas que nos ajudam a conhecer se a casa onde chegamos é "de pobre":
- Está sempre faltando o embosso da parte externa da casa (os tijolos estão aparentes);
- Presença de uma meia-dúza de tijolos ou telhas largados no quintal;
- Piscina de plástico de 1000 litros, com remendo(s);
- Cano d'água remendado com câmara de ar;
- Churrasqueira feita com tijolos empilhados;
- Estante da sala feita com tijolos empilhados e tábuas de andaime;
- Esponja de aço na antena da TV (variante: antena feita de lâmpada fluorescente queimada);
- Cachorro da premiada raça "street dog" de cor inimaginável e que come uma "ração genérica" (variante: uns três ou quatro gatos ramelentos).
Costumes de pobre:
- Lavar e guardar o carvão para o próximo churrasco;
- Lavar e guardar pratos, copos e talheres descartáveis;
- Servir "refrigereco" (refrigerante genérico) em suas festas;
- Servir cachorro quente em festa de casamento;
Ser "pobre" não é necessariamente sinônimo de ser "desafortunado" ou "infeliz".
Tem gente que não tem nada, mas pode se considerar rica, enquanto há aquelas outras pessoas que podem ter de tudo quanto quiserem, no momento que quiserem, mas que se acham sob tal sofrimento como se fossem pobres e oprimidas.
Agora, costumes não de "pobre", mas de "miserável mão-de-vaca":
- Uma empresa responder a correspondência comercial no verso da própria correspondência;
- Guardar a bandeja da copiadora no cofre;
Certamente os colegas terão visto coisas mais ou menos assim.
Como eu entro muito em comunidades para fazer evangelismo, tenho a oportunidade de ver de tudo um pouco.
Até mesmo barracos de madeira cheios de frestas, porém ostentando antenas parabólicas ou TVs sofisticadas, "computador do milhão", etc.
E "pobre" não é sinal de "desleixado".
Na década de 80 entrei numa casa na antiga favela de Parada de Lucas (hoje um bairro alternativo) onde metade era de chão de terra batida, mas de uma limpeza impecável.
A dona da casa (que havia sido escrava) tinha um zelo muito grande por todas as suas coisas e uma cordialidade sem par.
A cristaleira (móvel envidraçado onde eram guardados copos, xícaras, etc.) estava perfeitamente transparente, sem um sujinho sequer.
Estive ali com o Mike e a nós foi servido um café muito gostoso, e ainda com a sofisticação de uma casquinha de limão torcida sobre a xícara...
Portanto, ser "pobre" - ou não - é apenas questão de estado de espírito.