meinhardt_jgbr
(usa Debian)
Enviado em 14/02/2011 - 16:16h
Talvez outra solução seja rotular os seu HD, usando uma "identidade" permanente UUID.
Veja a dica que está disponível no Manual do aptosid, porém pode ser usada para qualquer distro:
http://manual.aptosid.com/pt-br/part-uuid-pt-br.htm#uuid
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Uma visão geral: UUID, como rotular partições e a fstab
A nomeação persistente de dispositivos tornou-se possível com a introdução do 'udev' e possui algumas vantagens sobre o método anterior, baseado no 'bus'.
Enquanto as distribuições Linux e o udev evoluem e a detecção de hardware tem se tornado mais confiável, há um novo número de problemas e mudanças:
1) Se você tiver mais de um controlador de discos SATA/SCSI ou IDE, eles são adicionados em ordem aleatória. Isso pode resultar em nomes como hdX e hdY fazendo rodízio a cada boot. O mesmo vale para sdX e sdY. A nomeação persistente permite que você nunca mais se preocupe com isso.
2) Com a introdução do suporte à nova biblioteca libata pata, todos os seus dispositivos IDE 'hdX' tornar-se-ão 'sdX' num futuro próximo. Por causa da nomeação persisitente, você nem vai notar.
3) Máquinas com controladores tanto IDE quanto SATA são bastante comuns hoje em dia. Com as mudanças na libata mencionadas acima, o primeiro problema irá tornar-se ainda mais comum, porque tanto os HDs de um como do outro serão chamados de sdX.
O padrão do aptosid, ao ser instalado, é usar UUID na fstab
Há outros motivos, mas esses são os principais hoje e no futuro próximo. Porisso, o aptosid encoraja-o a usar a persistência em suas configurações.
Os quatro diferentes esquemas de nomeação persistente:
1. Pelo UUID
UUID significa Universally Unique Identifier (Identificador Único Universal) e é um mecanismo para dar a cada sistema de arquivos um identificador único. Ele foi planejado para que colisões sejam improváveis. Todos os sistemas de arquivos Linux, inclusive a swap, aceitam UUID. Já NTFS e FAT não aceitam; porém, ainda assim, elas são listadas na fstab no formato UUID, ou seja "by-uuid", com um identificador único, caracteristicamente com menos caracteres:
$ /bin/ls -lF /dev/disk/by-uuid/
total 0
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 2d781b26-0285-421a-b9d0-d4a0d3b55680 -> ../../sda1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 31f8eb0d-612b-4805-835e-0e6d8b8c5591 -> ../../sda7
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 3FC2-3DDB -> ../../sda6
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 5090093f-e023-4a93-b2b6-8a9568dd23dc -> ../../sda2
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 912c7844-5430-4eea-b55c-e23f8959a8ee -> ../../sda5
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 B0DC1977DC193954 -> ../../sdb1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 bae98338-ec29-4beb-aacf-107e44599b2e -> ../../sdb2
Como se pode ver, as partições FAT e NTFS possuem nomes menores (sda6 e sdb1), mas ainda assim são listadas pelo uuid.
2. Pelo rótulo (LABEL)
Praticamente todo tipo de sistema de arquivos pode ter um rótulo. Todas as suas partições que possuem um são listadas no diretório /dev/disk/by-label directory:
$ ls -lF /dev/disk/by-label
total 0
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 data -> ../../sdb2
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 data2 -> ../../sda2
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 fat -> ../../sda6
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 home -> ../../sda7
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 root -> ../../sda1
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 swap -> ../../sda5
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Oct 16 10:27 windows -> ../../sdb1
Ainda que os rótulos sejam formados por nomes reconhecíveis, você precisa ser bastante cauteloso para impedir colisões.
Os rótulos podem ser mudados usando-se estes comandos:
* swap: Crie uma nova partição swap com: mkswap -L <rótulo> /dev/XXX
* ext2/ext3: e2label /dev/XXX <rótulo>
* reiserfs: reiserfstune -l <rótulo> /dev/XXX
* jfs: jfs_tune -L <rótulo> /dev/XXX
* xfs: xfs_admin -L <rótulo> /dev/XXX
* fat/vfat: Ainda não há aplicativo que faça isso no Linux...
mas quando criar o sistema de arquivos, use mkdosfs -n <rótulo> <outras opções>.
Você também pode mudar o rótulo no Windows.
* ntfs: ntfslabel /dev/XXX <rótulo> ou mude pelo Windows.
Tenha cuidado: para que isso funcione corretamente, os rótulos têm de ser únicos! Isso vale ao mesmo tempo para dispositivos USB/firewire, como pendrives, e para discos rígidos. A sintaxe LABEL=/ UUID= é preferível sobre /dev/disk/by-*/ para partições UN*X.
3. Pelo id
'by-id' cria um nome único baseado no número serial do hardware.
4. Pelo path
'by-path' cria um nome único baseado na rota física mais curta (de acordo com o sysfs). Tanto "by-id" quanto "by-path" contêm strings que indicam a qual subsistema eles pertencem e assim não estão habilitados para resolver os problemas mencionados no início deste tópico. Não trataremos mais deles aqui.
Como ativar a nomeação persistente
Tendo escolhido o método de nomeação que você deseja usar, vamos agora ativar a persistência em seu sistema:
Na fstab
Habilitar persistência no arquivo /etc/fstab é fácil; simplesmente substitua o nome do dispositivo na primeira coluna pelo nome persistente. No exemplo abaixo, vamos substituir /dev/sda7 por um dos seguintes:
/dev/disk/by-label/home ou
/dev/disk/by-uuid/31f8eb0d-612b-4805-835e-0e6d8b8c5591
Faça deste mesmo jeito para todas as partições em sua fstab.
Ao invés de citar o dispositivo explicitamente, pode-se indicar o sistema de arquivos a ser montado por UUID ou pelo seu rótulo do volume, escrevendo LABEL=<rótulo> ou UUID=<uuid>. Por exemplo:
LABEL=Boot
ou
UUID=3e6be9de-8139-11d1-9106-a43f08d823a6