lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 22/02/2018 - 19:33h
Não corre o risco do systemd ser forçado no Slackware nem tão cedo. Lembrem-se de que o GNOME foi chutado pra fora do Slack em 2006 (ou seria 2008, não lembro direito agora) porque esse DE do paraíso (porque o Papai do Chão não tem nada a ver com essa titica) tem até hoje a mania de enfiar as dependências mais estapafúrdias na parada.
Vejamos o caso do Pulse. Ele entrou no Slack no 14.1 quando um componente do KDE (o bluez, para ser mais específico) passou a não trabalhar mais com o ALSA puro, e o ALSA já não estava mais dando conta de coisas triviais, como hotplugging de dispositivos de áudio (ou um simples cabo HDMI). O ALSA já estava pedindo arrego, e a outra grande alternativa (o jack) requer tanta pajelança pra usar que o caminho mais simples era usar mesmo o Pulse.
Entretanto, não vejo a equipe do KDE fazendo algo tão atroz quanto os estrumes do esgoto chamado time de desenvolvimento do GNOME. O GNOME abraçou o systemd como dependência e ai de você se tentar compilar essa praga sem o registro de sistema do Windows, digo, systemd. O pessoal do KDE, como todo bom alemão, prefere fazer uma coisa só que funciona como tem que funcionar, e isso significa deixar o sistema de inicialização nas mãos do sistema operacional, não do ambiente de área de trabalho.
Voltando ao Slackware, só existe um cenário possível no qual o systemd seria introduzido no sistema: um no qual todos os DE e WM passassem a ter o systemd como dependência. E isso não vai acontecer, pois sempre aparecerão novos DE e WM e muitos deles sem essa dependência absurdamente sem noção. Se o KDE adotar o systemd como dependência, o que vai acontecer é que ele vai ser chutado da distro, como o GNOME foi.
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Dino®
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