removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 05/04/2014 - 10:27h
A matéria é esta?
http://sejalivre.org/sera-que-o-ubuntu-abandonou-o-linux/
Não consigo acreditar que um cara (autor do texto) que diz que usa ubuntu, trabalha com ubuntu, recomenda ubuntu... seja tão inocente a ponto de escrever algo assim, como se fosse uma simples indagação.
Não, realmente não. Esse tipo de texto sempre é escrito, tendo-se consciência de que irá gerar muitos comentários e discussões e consequentemente, muita audiência pro blog. Tenho pena de quem se sujeita a isso pra ter audiência, são as versões impressas do TV Fama, ou a versão tupiniquim dos tabloides ingleses.
Mas vamos lá:
Na área “novas funcionalidades”, avistei esta linha: “Beta-1 inclui o kernel do Ubuntu 3.2.0-17.27, que é baseado na versão 3.2.6 do kernel upstream estável. “O Kernel do Ubuntu? Dá um tempo, pessoal.
Para que você não se pergunte se esta foi uma nomeação intencional, parece que a Canonical está deliberadamente evitando usar a palavra Linux. As notas de lançamento foram escritas por Kate Stewart (gerente de lançamento da Canonical). Se você ler o resto das notas da versão, traz apenas uma menção de “Linux.”
Não vejo problema algum em chamar o kernel empacotado pela canonical de Kernel Ubuntu. Ele não deve ser o mesmo kernel que você baixa no site do linux, deve vir com uma série de modificações, então errado seria chamá-lo de kernel linux, o que responsabilizaria o os developers do Linux sobre qualquer problema nesse kernel adaptado pela canonical. Acho que uma simples mudança no texto para:
baseado na versão 3.2.6 do kernel Linux.
Ao invés de:
baseado na versão 3.2.6 do kernel upstream estável
... já seria suficiente, pois mantém os créditos do kernel.
Não é de hoje que venho comentando sobre decisões no mínimo estranhas que a Canonical vem tomando com relação ao Ubuntu. Algumas coisas realmente passam desapercebidas por nós, como por exemplo o fato da Central de Programas do Ubuntu hospedar aplicações pagas. Eu sei, é muito “xiitismo” não concordar com aplicações pagas no Ubuntu, porém se analisarmos o TODO, daremos razão ao Joe Brockmeier. Quer ver um exemplo: quantos “produtos” da Canonical são totalmente grátis? Só o Ubuntu Desktop Edition (a que nós todos baixamos). O Ubuntu One não é totalmente de graça assim, e o Ubuntu Server é de graça, porém o suporte comercial e alguns serviços também são pagos.
Então o bonitão quer usar o melhor sistema operacional do mundo e mais todos os outros produtos da mesma empresa de forma totalmente de graça é? Porque ele não vira programador e não começa a fazer programas de graça também? Deve ser ótimo! Ninguém faz nada de graça e por mais que a frase "Software Livre não é cerveja grátis" seja antiga, acho que muita gente ainda não a ouviu.
Ai você pode pensar: mas a Red Hat também não é assim? O RHEL é pago! Sim, é pago e sempre foi, e a Red Hat é uma das empresas que mais contribui para o kernel Linux, além de dizer a todos que o RHEL é “Linux”, enquanto a Canonical…
Deixa eu ver, a Canonical praticamente dividiu a história do Linux entre A.C e D.C, fez o Linux sair do limbo, deu visibilidade, o que atrai mais usuários, mais desenvolvedores, mais investimento. Se o Barcelona ou o Real Madrid quiserem estampar a marca da minha lojinha na camisa deles eu formataria todos os computadores deles sem cobrar nada!
O que parece é que o Tio Mark está seguindo os passos de Bill Gates, difundindo o Ubuntu até todos gostarem e “dependerem” dele, pra depois “fechar” a distribuição (que na verdade, a Canonical não intitula mais o Ubuntu como uma distribuição, mas sim como um Sistema Operacional).
Fechar a distribuição!? Acho melhor para por aqui, apesar das aspas. Nem vale a pena responder.