Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

1. Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

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(usa Nenhuma)

Enviado em 16/12/2016 - 13:54h

O Ubuntu criou um gerenciador de pacotes chamado Snappy, acredito que em 2014, que tem a intenção de ser universal e possuir todas as deps em cada pacote... engraçado me lembro de um método de compilação que faz algo idêntico de forma mais eficaz: compilação estática.

De qualquer modo... o que acham desse gerenciador de pacotes? acham que realmente se tornara algo "universal"?


  


2. Re: Snappy os pacotes

M.
XProtoman

(usa Fedora)

Enviado em 17/12/2016 - 12:36h

Vi esse tópico e me interessei, pena que não deu para responder no momento o que eu o vi.

Existe uma solução que estou estudando já a algum tempo que é o uso de dlopen, dlsym, para carregar bibliotecas dinâmicas, evitando a linkagem dinâmica e alguns de seus problemas. No meu estudo de leve percebi que o SDL2 do Fedora 25 aparentemente faz uso desse recurso, estou tentando aplicar aos meus projetos e torná-los dependentes apenas de poucas bibliotecas de sistema com libstdc++, librt, libm e libpthread.

Acho que esse recurso pode ser uma boa para quem pretende disponibilizar programas e bibliotecas para diferentes distribuições.

Parece que o objetivo dessas funções é exatamente esse: promover um ambiente próximo ao atingindo com linkagem estática.

____________________
“Mas nós sabemos que a razão de a maioria estar aqui, é a nossa afinidade com a desobediência!” (Morpheus)


3. Re: Snappy os pacotes

LinuxWalker
Delusion

(usa Debian)

Enviado em 17/12/2016 - 12:59h

Outra bomba para rechear o systemd.
Linux é interessante justamente porque compartilha libs.
Tem tantas outras coisas para melhorar...
tinha de ser ubuntu, rsrs


4. Re: Snappy os pacotes

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(usa Nenhuma)

Enviado em 17/12/2016 - 13:35h

XProtoman escreveu:

Vi esse tópico e me interessei, pena que não deu para responder no momento o que eu o vi.

Existe uma solução que estou estudando já a algum tempo que é o uso de dlopen, dlsym, para carregar bibliotecas dinâmicas, evitando a linkagem dinâmica e alguns de seus problemas. No meu estudo de leve percebi que o SDL2 do Fedora 25 aparentemente faz uso desse recurso, estou tentando aplicar aos meus projetos e torná-los dependentes apenas de poucas bibliotecas de sistema com libstdc++, librt, libm e libpthread.

Acho que esse recurso pode ser uma boa para quem pretende disponibilizar programas e bibliotecas para diferentes distribuições.

Parece que o objetivo dessas funções são exatamente isso: promover um ambiente próximo ao atingindo com linkagem estática.

Com linkagem estática o programa compilado possuirá nele somente as partes da biblioteca que ele realmente necessita. Bibliotecas dinâmicas estão sempre completas, isso em diversos pacotes vai pegar um espaço monstruoso do HD.

wudze escreveu:

Outra bomba para rechear o systemd.
Linux é interessante justamente porque compartilhar libs.
Tem tantas outras coisas para melhorar...
tinha de ser ubuntu, rsrs

Devo discordo de você, por que o compartilhamento de bibliotecas é o que o faz o linux mais complexo e retira quase que por completo a compatibilidade entre distros.




5. Re: Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

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(usa Nenhuma)

Enviado em 17/12/2016 - 13:43h

O Linux no geral seguiu "caminhos distintos" entre si desde sua criação por meio de suas "distros pais", cada uma com suas próprias formas de administração e gerenciamento. Não acho que vale a pena se preocupar agora com algo que deveria ter sido questionado há 20 anos, com o crescimento destas distros (Slackware, SuSE, Debian e Red Hat, principalmente)


6. Re: Snappy os pacotes

LinuxWalker
Delusion

(usa Debian)

Enviado em 17/12/2016 - 14:51h

Pois é exatamente essa compatibilidade que eu não desejo.
Acredito que a diversidade de formas de trabalho faz do linux um sistema mais confiável.
Imagine todas as distros importando os bugs do ubuntu...
de certo modo, o projeto fedora já unificou a inicialização das distros através da criação do systemd e veja no que deu.
claro que a questão da compatibilidade ressuscita o velho argumento chororô do suporte a drivers, mas acho que são casos bem específicos e não justifica.
O usuário final só vai ganhar inchaço no sistema e um pouco de preguiça a mais.
Agora, a verdade é que vai facilitar para quem desenvolve os pacotes, por isso, mesmo sendo ruim para o usuário, acredito que é uma moda que vai pegar.
Só espero que ainda existam opções, assim como a pequena força de resistência ao systemd.





7. Re: Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

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Enviado em 17/12/2016 - 15:29h

unnslacker escreveu:

O Linux no geral seguiu "caminhos distintos" entre si desde sua criação por meio de suas "distros pais", cada uma com suas próprias formas de administração e gerenciamento. Não acho que vale a pena se preocupar agora com algo que deveria ter sido questionado há 20 anos, com o crescimento destas distros (Slackware, SuSE, Debian e Red Hat, principalmente)

Já que o linux é aberto nunca sera tarde para questionar algo.

wudze escreveu:
Pois é exatamente essa compatibilidade que eu não desejo.
Acredito que a diversidade de formas de trabalho faz do linux um sistema mais confiável.
Imagine todas as distros importando os bugs do ubuntu...

Com compatibilidade de pacotes todos se beneficiariam, por exemplo dizem que os pacotes do Debian são testados extensivamente então esses pacotes, caso fossem compilados de forma estática, funcionariam em qualquer distro sem dependências de bibliotecas.

wudze escreveu:
de certo modo, o projeto fedora já unificou a inicialização das distros através da criação do systemd e veja no que deu.
claro que a questão da compatibilidade ressuscita o velho argumento chororô do suporte a drivers, mas acho que são casos bem específicos e não justifica.

ShitD se espalhou que nem uma praga, mas não por questão de compatibilidade afinal: compatibilidade é diferente de padronização

wudze escreveu:
O usuário final só vai ganhar inchaço no sistema e um pouco de preguiça a mais.

Se fala do snappy acredito que seja somente mais inchaço mesmo, agora se fala de software linkado de forma estática ele pode ser muito menos inchado do que um compilado dinamicamente e com certeza sera mais simples.

wudze escreveu:
Agora, a verdade é que vai facilitar para quem desenvolve os pacotes, por isso, mesmo sendo ruim para o usuário, acredito que é uma moda que vai pegar.

Aparentemente quanto mais "facilita" pro desenvolvedor mais se padroniza tipo: ShitD
(Que não precisa do "trabalho" de escrever init scripts é pode deixar ele controlar o sistema por você)

wudze escreveu:
Só espero que ainda existam opções, assim como a pequena força de resistência ao systemd.

Sempre existira resistência a mudanças, tanto boas quanto ruins.


8. Re: Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

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Enviado em 17/12/2016 - 15:46h

katsuke00 escreveu:

unnslacker escreveu:

O Linux no geral seguiu "caminhos distintos" entre si desde sua criação por meio de suas "distros pais", cada uma com suas próprias formas de administração e gerenciamento. Não acho que vale a pena se preocupar agora com algo que deveria ter sido questionado há 20 anos, com o crescimento destas distros (Slackware, SuSE, Debian e Red Hat, principalmente)

Já que o linux é aberto nunca sera tarde para questionar algo.


Sim, mas acredito que há 20 anos, quando tudo ainda era "arcaico" e as distros ainda estavam sendo modeladas, seus desenvolvedores poderiam ter entrado em um consenso de padronizar os pacotes para manter uma certa "uniformidade" entre as distros. Não o fizeram, senão as coisas não estariam assim hoje; realmente pacotes padronizados seriam uma grande vantagem ao GNU/Linux como um todo, principalmente pelo fato de que eles estariam centralizados e sua manutenção seria bem mais fácil.

Estas distros cresceram, se desenvolverem e se ramificaram (dando origem a muitas outras distros-filhas), além de estarem, hoje, muito mais complexas (e com muito mais pacotes e bibliotecas) do que há 20 anos, já que o Kernel também continuou se desenvolvendo durante este intervalo.

Aí é que estaria a inviabilidade, na minha opinião, de se querer fazer um negócio desses (padronizar os pacotes) atualmente; as distros hoje em dia variam desde as bastante organizadas e simples estruturalmente (como o Slack) até as complexas e bagunçadas, cheias de gambiarras e perfumarias (como o Ubuntu) - como um mesmo "gerenciador de pacotes universal" trabalharia em ambientes tão distintos?


9. Re: Snappy os pacotes

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Enviado em 17/12/2016 - 15:54h

unnslacker escreveu:

Sim, mas acredito que há 20 anos, quando tudo ainda era "arcaico" e as distros ainda estavam sendo modeladas, seus desenvolvedores poderiam ter entrado em um consenso de padronizar os pacotes para manter uma certa "uniformidade" entre as distros. Não o fizeram, senão as coisas não estariam assim hoje; realmente pacotes padronizados seriam uma grande vantagem ao GNU/Linux como um todo, principalmente pelo fato de que eles estariam centralizados e sua manutenção seria bem mais fácil.

Estas distros cresceram, se desenvolverem e se ramificaram (dando origem a muitas outras distros-filhas), além de estarem, hoje, muito mais complexas (e com muito mais pacotes e bibliotecas) do que há 20 anos, já que o Kernel também continuou se desenvolvendo durante este intervalo.

Aí é que estaria a inviabilidade, na minha opinião, de se querer fazer um negócio desses (padronizar os pacotes) atualmente; as distros hoje em dia variam desde as bastante organizadas e simples estruturalmente (como o Slack) até as complexas e bagunçadas, cheias de gambiarras e perfumarias (como o Ubuntu) - como um mesmo "gerenciador de pacotes universal" trabalharia em ambientes tão distintos?

Na verdade é bem simples, ao menos do meu ponto de vista, se você cria um repositório de pacotes compilados de forma estática (que hoje está bem viável, por exemplo existe o musl que deixa tudo pequeno) você tera pacotes que são compatíveis com qualquer distro linux independente de como ela funciona, para resolver a questão do gerenciador de pacotes dessa distro reconhecer este pacote um simples arquivo de shell script bastaria.

info extra: não precisa ser um gerenciador de pacotes "universal", o que precisamos é de pacotes universais (afinal converter por exemplo um .rpm para um .deb não é nada difícil mas dificilmente funcionara graças as bibliotecas de versões diferentes)



10. Re: Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

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Enviado em 17/12/2016 - 16:10h

katsuke00 escreveu:
Na verdade é bem simples, ao menos do meu ponto de vista, se você cria um repositório de pacotes compilados de forma estática (que hoje está bem viável, por exemplo existe o musl que deixa tudo pequeno) você tera pacotes que são compatíveis com qualquer distro linux independente de como ela funciona, para resolver a questão do gerenciador de pacotes dessa distro reconhecer este pacote um simples arquivo de shell script bastaria.


Isso não seria algo parecido com o que existe no Windows, onde o usuário, tendo o programa (pacote) em mãos, já é capaz de instalá-lo sem se preocupar com qualquer tipo de dependência?
Se for, creio que isso deixaria os pacotes mais pesados e deixaria a distro com muitas bibliotecas e componentes repetidos, e a possibilidade (real) de uma biblioteca nova ser lançada bagunçaria muito a forma de como ela teria de ser atualizada, programa por programa, fora também a chance de conflitar com algum outro componente do pacote por questões diversas.


11. Re: Snappy os pacotes

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Enviado em 17/12/2016 - 16:28h

unnslacker escreveu:
Isso não seria algo parecido com o que existe no Windows, onde o usuário, tendo o programa (pacote) em mãos, já é capaz de instalá-lo sem se preocupar com qualquer tipo de dependência?

Seria mais ou menos assim mesmo, você só coloca no seu sistema, ou reempacota para o gerenciador de pacotes do seu sistema e instala.

unnslacker escreveu:
Se for, creio que isso deixaria os pacotes mais pesados e deixaria a distro com muitas bibliotecas e componentes repetidos

Os únicos que realmente ficariam mais pesados seriam gerenciadores de janelas complexos como: gnome, kde (por que faria a copia do xlib muitas vezes). Ao todo seria uma redução de tamanho, afinal com elas dinâmicas o binário é pequeno mais a biblioteca completa ainda existe no sistema, mesmo que somente um binário use ela, e somente um pedaço(pequeno) dela.

unnslacker escreveu:
e a possibilidade (real) de uma biblioteca nova ser lançada bagunçaria muito a forma de como ela teria de ser atualizada, programa por programa, fora também a chance de conflitar com algum outro componente do pacote por questões diversas.

Esse é um problema meio chato mas contornável, você compila o pacote em um ambiente fechado (chroot) assim você sabe tudo que entrara no seu binário. Sobre ficar atualizando binário por binário também não e necessário isso seria julgado pelo mantedor do pacote, afinal nem todo binário se beneficia de uma atualização, por o menos não necessariamente. Resumindo essa parte, uma politica rigorosa de empacotamento junto com organização superariam esse obstaculo.
(conflitar binários estáticos não é uma opção, eles não precisam interagir com nada fora deles, normalmente)

info extra: binários estáticos não copiam a biblioteca inteira para dentro deles, somente os pedaços necessários para funcionar.


12. Re: Snappy os pacotes "universais" o que acham disso?

M.
XProtoman

(usa Fedora)

Enviado em 17/12/2016 - 19:37h

katsuke00 escreveu:

XProtoman escreveu:

Vi esse tópico e me interessei, pena que não deu para responder no momento o que eu o vi.

Existe uma solução que estou estudando já a algum tempo que é o uso de dlopen, dlsym, para carregar bibliotecas dinâmicas, evitando a linkagem dinâmica e alguns de seus problemas. No meu estudo de leve percebi que o SDL2 do Fedora 25 aparentemente faz uso desse recurso, estou tentando aplicar aos meus projetos e torná-los dependentes apenas de poucas bibliotecas de sistema com libstdc++, librt, libm e libpthread.

Acho que esse recurso pode ser uma boa para quem pretende disponibilizar programas e bibliotecas para diferentes distribuições.

Parece que o objetivo dessas funções são exatamente isso: promover um ambiente próximo ao atingindo com linkagem estática.

Com linkagem estática o programa compilado possuirá nele somente as partes da biblioteca que ele realmente necessita. Bibliotecas dinâmicas estão sempre completas, isso em diversos pacotes vai pegar um espaço monstruoso do HD.

Noto que algumas aplicações como jogos, acho que os últimos jogos da idsoftware, devem usar essa característica de carga de bibliotecas dinâmicas, cheguei a analisar um vez quando desconhecia o recurso e na época não achei muitas bibliotecas ligadas, logo deveriam ser carregadas.

Estaticamente é muito bom, provavelmente com desempenho melhor do que ligação ou carga de bibliotecas dinâmicas e ė barato se comparado a carga, porém parece que Estaticamente tem problemas com algumas licenças, até onde tinha lido faz muitos anos.

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