removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 03/10/2013 - 08:34h
lcavalheiro escreveu:
bilufe escreveu:
Uma coisa é aproveitar o trabalho feito pela equipe do Debian e construir a distribuição em cima dele, mas fazendo uso de seus próprios recursos: servidores e serviços adicionais (empacotamento de software, compilação de software, correção de bugs, melhorias, desenvolvimento de novos recursos). O Ubuntu faz tudo isto, por isto pode ser considerado uma distribuição Linux baseada no Debian.
Outra coisa é o que acontece com o Linux Mint, ElementaryOS e tantos outros. Criam um papel de parede, um tema e remasterizam o Ubuntu ou Debian, trocam o nome e vira o novo "Sistema Operacional do Fundo de Quintal". Alteraram apenas o nome, pois os pacotes continuam vindo dos servidores da distribuição Linux que roda no pano de fundo, as atualizações, correções de bugs, melhorias e empacotamento continuam vindo do Debian ou Ubuntu.
Já perceberam que o discurso de todas as remasterizações é: mais fácil de usar, vem com todos os softwares necessários para usar, ideal para leigos, etc.... é tudo a mesma coisa! Nunca existe novidade no mundo das remasterizações.
Claro que é mais fácil de usar, pois toda a tecnologia de gerenciamento de hardware e outros aparatos foi testada/empacotada/compilada/melhorada pelo Debian/Ubuntu; claro que vem com muitos softwares, pois os servidores do Debian e Ubuntu tem muitos softwares!
Talvez, a única novidade seja o papel de parede!
Não tiro o mérito de quem desenvolve o Cinnamon, Mate e outros softwares. Mas, se cada desenvolvedor de software resolvesse lançar uma remasterização do Ubuntu com o seu software incluso, o mundo do Linux teria 10x mais distribuição do que já tem! É preciso pensar que não é necessário lançar uma nova distribuição por causa de um novo software.
Engraçado como os sources.list dos filhos do Ubuntu não apontam para os repositórios da Canonical, mas para repositórios próprios. Ou seja: ainda mais seu argumento agride também o Ubuntu.
Vamos fazer a arqueologia das Debians-like? Podemos dividir os pacotes em três grandes grupos:
1) Base do sistema
2) Caracterização da distro
3) Aplicativos de produção
A base do sistema é coisa como o kernel, o coreutils e os pacotes que configuram e caracterizam uma Debian-like, como o apt, o dpkg, essas coisas. Caracterização da distro são os pacotes que caracterizam a distro, aqueles pacotes que instalam sobre a base do sistema a caroncha dos desenvolvedores. Aqui eu incluo os ambientes de área de trabalho (porque eles são mexidos e remexidos antes de empacotar). O terceiro grupo são os pacotes que servem pra fazer nossas coisas, como navegadores, editores de texto...
Como estamos falando de Debian-likes, a base do sistema é a mesma, não precisa ser um slacker pra perceber isso (risos). E quem desenvolve a base do sistema, a equipe do sr. Astronauta de Mármore? Não, é a equipe do Debian. O que as Debian-like oferecem de novo são os pacotes dos grupos 2 e parte do grupo 3 - porque a maior parte é desenvolvida por equipes próprias, como a Apache, a galera do LibreOffice, a Mozilla Foundation...
Então, sr. Rodrigo Zimmerman, desafio pro senhor: isso posto, refute que o Ubuntu não passa de uma distro como o Mint, ou seja, que a distro do sr. Shuttleworth não faz nada além de adicionar alguns papéis de parede e alguns pacotes para dar à base Debian a roupagem Canonical.
Já li o sources.list do Mint Linux, ElementaryOS, Biglinux e uma penca de refisefuqui, lá só tem endereços de repositórios da Canonical, algum PPA e de vez em quando há uma repositório próprio, quando este também não é um PPA. Aliás, olhando o conteúdo dos repositórios próprios, na maioria das vezes só tem uns temas por lá, um papel de parede e alguns poucos scripts. Nada realmente útil. Salvo o Mint Linux, que tem alguns softwares próprios como o Cinnamon e o Mate, mas eles deveriam se esforçar para estes softwares serem inclusos nas grandes distribuições ao invés de refisefucarem o Ubuntu.
Agora, falando da questão Debian e Ubuntu, tenho consciência que o Ubuntu pega a base do Debian e importa para os seus servidores e constrói o Ubuntu com base nisto. Porém, isto é um trabalho bilateral entre Debian e Ubuntu, onde o Ubuntu usa a base e devolve código.
É bem diferente de pegar o Debian, trocar o nome, papel de parede e lançar o "Refisefuqui Linux 1.0" como muitos fazem.
Aliás, a Canonical tem desenvolvedores trabalhando para melhorar o Debian, uma vez que o Debian é a base do Ubuntu. Nenhuma refisefuqui dá retorno do código (quando existe, pois a maioria dos refisefuqueiros não sabem escrever uma linha de código)a qualquer distribuição do Linux.