Ao fazer uma customização do DVD do Slackware, talvez, mais importante que conhecer os pacotes que ele traz, seja a necessidade de conhecer alguns arquivos de configuração fundamentais para que você possa fazer uma customização com um melhor acabamento.
Não se esqueça que você não pode alterar o conteúdo da mídia de instalação diretamente em uma imagem ISO. Para isso, você deve montar a imagem ISO e copiar os arquivos para um diretório em sua pasta home, onde então, você poderá fazer toda a alteração que quiser. Ex.:
Tenho uma imagem ISO chamada slackware-teste.iso dentro da minha pasta home, portanto, para poder editá-la, preciso executar os seguintes comandos como root:
1) Para criar o diretório onde a imagem será montada:
# mkdir /mnt/slackware-teste
2) Agora vamos montar a imagem no diretório criado:
# mount -o loop slackware-teste.iso /mnt/slackware-teste
3) Mesmo com a imagem montada, ainda não podemos alterá-la, precisamos, primeiro copiar seu conteúdo para uma pasta em nossa pasta home:
# cp -R /mnt/slackware-teste /home/gedimar/
(Não se esqueça de trocar "gedimar" pelo nome da sua pasta home)
4) A partir de agora já é possível alterar o conteúdo da pasta slackware-teste, mas isso só é possível como root. Se preferir editá-lo como usuário comum, mude as permissões da pasta com o comando:
# chmod -R 777 slackware-teste
É nesta pasta /home/gedimar/slackware-teste, que contém todo conteúdo de um DVD padrão do Slackware, que faremos as nossas alterações. Quando tudo estiver pronto, criaremos uma nova imagem ISO a partir dela.
Agora, entre dentro dessa pasta e vamos dar um breve passeio na sua árvore de diretórios. Se listarmos o conteúdo desse diretório, veremos o seguinte:
As pastas mais importantes para nós são as pastas slackware e isolinux.
A pasta slackware
É dentro desta pasta que se encontram os pacotes instaladores dos programas do Slackware. Todos esses pacotes, estão devidamente divididos por categorias, sendo que cada categoria possui uma pasta específica e dedicada, são elas: a, ap, d, e, f, k, kde, kdei, l, n, t, tcl, x, xap e y.
Dentro de cada pasta dessas categoria de pacotes, existem três arquivos aos quais devemos dedicar uma atenção especial, são eles: tagfile, maketag e maketag.ez.
Esses arquivos contém uma lista de todos os pacotes que estão dentro da sua respectiva categoria e são lidos pelo instalador do Slackware, logo, cada pacote que retirarmos de uma categoria, deverá ser apagado desses arquivos, e cada pacote que for adicionado a alguma categoria, deverá ser adicionado, também à esses arquivos.
Importante: Você nunca deverá esquecer de editar esses arquivos ao remover determinado pacote do DVD do Slackware, pois se você remover um pacote e não apagá-lo das listas desses arquivos, quando for fazer a instalação do Slackware através da sua mídia personalizada o instalador do Slackware não prosseguirá com a instalação do sistema e pedirá o "próximo CD", sendo que nesse caso não temos nenhum "próximo CD". Resultado: a instalação precisará ser cancelada.
Além disso devemos atentar ao fato de que cada pacote de uma categoria, possui três arquivos que correspondem a ele. Todo pacote, possui um arquivo .txz (que é o instalador propriamente dito), um arquivo .txt (que contém uma descrição do pacote) e um arquivo txz.asc (que é uma assinatura do pacote, que confirma que o pacote é legítimo).
[1] Comentário enviado por removido em 04/05/2011 - 19:47h
O processo é complexo e requer muita atenção na inclusão/remoção de pacotes.
Quando via por aí esses métodos de customização, achava muito complicado pelo jargão utilizado, mas você simplificou tudo.
A forma simples mas didática de expor a técnica, ajuda quem tem pouca experiência e quer customizar seu 'preguiçoso'.
Uma coisa, a mesma dúvida que tinha continua, e justamente na fase de criação da ISO.
O último comando deve ser feito numa única linha seguido de <enter> ou é uma linha por vez?
[2] Comentário enviado por levi linux em 04/05/2011 - 19:48h
O mais impressionante no slackware é sua EXTREMA capacidade e simplicidade de personalização, muito embora alguns processos sejam um pouquinho trabalhosos.
Mas gostaria mesmo de dar os parabéns pelo excelente artigo.
[3] Comentário enviado por removido em 04/05/2011 - 21:04h
Olá Izaías
Muito obrigado pelo elogio. Na verdade, eu acredito que não simplifiquei nada, pois o Slackware, por si só, já é simples, quem complica é o usuário e alguns que querem assustar os outros usuários menos experientes.
Sobre o comando, vc deve copiá-lo e colá-lo no terminal todo de uma vez, do jeitinho que ele aparece no artigo
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Levi, você disse tudo: o Slackware as vezes é trabalhoso, mas não é difícil.
[6] Comentário enviado por removido em 05/05/2011 - 07:50h
Olá alberto
Acho que pra eu ser um fera, falta muito heheheh
Mas muito obrigado pelo incentivo.
Eu acho que esse artigo pode sim, ser adaptado para várias outras distros. Talvez nas outras distros não seja tão simples quanto no Slackware, mas acho que muita coisa dá pra adaptar. Ifelizmente não posso ter certeza disso, pois nunca fui um cara multidistro rsrsrs, só venho usando Slackware e ubuntu mesmo.
[9] Comentário enviado por brunotec em 05/05/2011 - 13:36h
Ótimo Artigo!
pena que eu ultimamente não estou tendo muito tempo para mecher com Slackware pois esse artigo seria uma mão na roda para eu personalizar ele e deixar somente o lxde(leve) com apache,mysql, e etc..
Em um Lab que montei aqui em casa no VB onde todas estações não tinham ambiente gráfico e só em modo de texto tive um grande surpresa com o Slack pois foi a distro que teve o menor consumo de memória! muito leve!
[10] Comentário enviado por removido em 05/05/2011 - 15:12h
Olá Bruno,
Ano passado, dediquei algum tempo ao estudo do DVD do Slackware, e estou preparando um artigo com as descrições das categorias e pacotes mais importantes, além de algumas indicações de pacotes que podem ser retirados, para deixar o seu Slackware enxutinho da silva. Acho que esse artigo, já pode adiantar o lado de quem quer se aventurar na busca pelo seu "próprio Slackware".
Mas o tempo tem me sido escasso, não sei se conseguirei terminar esse artigo :(
Porém vou fazer uma forcinha para terminá-lo :D
[11] Comentário enviado por ricardoolonca em 06/05/2011 - 09:58h
Vocês acham esse procedimento de customização simples? Imaginem como seria trabalhoso atualizar todos os pacotes do Slackware dessa maneira. E se uma nova versão de um aplicativo depender de uma atualização em uma biblioteca, que afete outros sistemas? Pesquisar cada nova dependência, alterar cada grupo e cada pacote. Vai me desculpar, mas não é fácil, não! Bem mais fácil é customizar uma distro live. Se for baseado em Debian, como o Ubuntu, um simples apt-get resolveria.
[13] Comentário enviado por pinduvoz em 06/05/2011 - 22:30h
Nada no Slackware é feito sem trabalho.
Com ele, muitas vezes, somos obrigados a digitar comandos ou editar algum arquivo de texto em vez de simplesmente dar cliques no mouse.
Por isso que é preciso gostar do Slackware para usá-lo no dia-a-dia, mas não porque ele é difícil e é preciso se esforçar para aprendê-lo, mas porque sempre dá algum trabalho mantê-lo ou deixá-lo do jeito que queremos.
Quanto ao artigo, é realmente muito bom. Aliás, é um dos bons artigos sobre o Slackware escrito por um ex-ubuntero que vem nos brindando com excelentes contribuições.
[15] Comentário enviado por removido em 10/05/2011 - 07:50h
Olá grande Pinduvoz, receber um incentivo de um cara como vc é incentivador (não que o incentivo dos outros amigos não seja igualmente valioso)
Realmente, é preciso gostar do Slackware para usá-lo no dia-a-dia, pois não existe outro jeito, ou você o estuda para fazer um bom uso dessa ferramenta ou você simplesmente desiste. Por mais que hoje exista o Slapt, o Slackpkg e CIA, o Slackware não é um Debian ou Ubuntu, ele tem seu próprio jeito de funcionar. Não é difícil, só é um pouquinho trabalhoso, mas no final tudo vale a pena.
Na verdade ainda sou Ubunteiro de carteirinha, pois o Ubuntu é a distro que uso no meu trabalho (eu e os 450 alunos da minha escola com seus laptops). O Slackware vem sendo muito mais um hobby que me permite estudar o Linux um pouco mais a fundo. Hoje em dia, me sobra muito pouco tempo, para que eu eu realmente possa usá-lo como desktop.
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Celso, tb sofro do mesmo mal rsrsrs
Queria baixar o novo Slackware, mas tive que parar o download, acho que vou baixá-lo em cds, pois aí eu baixo só os três primeiros cds rsrsrsrs
[16] Comentário enviado por removido em 12/05/2011 - 02:03h
Ufa, enfim chegou! :)
Gedimar, o que pretendo fazer é retirar programas diretamente ligados a controle ou acesso remoto, vnc, krfb, krdc, etc. Uma coisa bem paranoica mesmo, compreende? kk
Acho que dá, né? Você sabe quais deste gênero, além destes que citei, o Slackware tem?
E será que é possível agregar o Gnome? Caso não seja, instalarei depois. Sem problema.
[17] Comentário enviado por removido em 12/05/2011 - 08:37h
Olá Celso
Sobre o Gnome, é perfeitamente possível agregá-lo. É só baixar os seu pacotes no Slackbuild e adicioná-los ao seu DVD, da mesma maneira que eu expliquei como acontece a agregação do LXDE na página 4 do artigo. Mas lembre-se que o GNOME possui dezenas de pacotes, portanto, se vc quer que cada um deles apareça no Setup do Slackware, vai ter um pouquinho de trabalho rsrsrs. Mas não deve ser nada demais para quem gosta do Slackware :D
Sobre os programas que vc citou, não lembro agora de cabeça, quais são os pacotes referentes à eles. Vou dar uma olhada e se descobrir alguma coisa, lhe passo.
É um pouquinho chato, iniciar uma customização do Slackware, pois você nunca sabe exatamente o que tirar, de início. Mas quanto mais enxuto ele vai ficando, mais fácil fica para gerenciá-lo. É por isso que quero terminar o meu artigo sobre a descrição das categorias e dos principais pacotes, para dar as primeiras orientações para aqueles que querem enxugar o seu Slackware, para que eles saibam o que pode e o que não pode tirar. Que Deus me ajude nessa empreitada hehe.
[19] Comentário enviado por williamcosta em 31/07/2011 - 20:49h
Tentei aqui no slackware 13.37, abri os tal de arquivos tagfile, maketag e maketag.ez com o editor, e me apareceu apenas codigos , não apareceu em arquivo como esse que postou aqui.
o editor não é, pq usei todos que tenho instalado aqui, o resultado foi o mesmo, e também tentei abrir como root e usuario comum, mais também da o mesmo resultado (arquivo em codigos)
[22] Comentário enviado por removido em 26/02/2012 - 12:19h
Olá Josimario,
Na época em que eu escrevi esse artigo, eu era professor de Xadrez, e um dos meus hobbys era o slackware.
Mas logo em seguida eu voltei a ser professor de informática, comecei a trabalhar no ProUCA de Brusque.
Isso mudou o meus rumos, fui obrigado e deixar o Slackware de lado para desenvolver uma remasterização do Ubuntu, o UbuntUCA. http://www.ubuntuca.com.br/
Hoje, por motivos profissionais, infelizmente não tenho condições, nem tempo de voltar a usar o slackware.
[23] Comentário enviado por leoCCB em 01/04/2013 - 15:59h
Muito bom esse artigo.
É através de materiais como este que a distro vai se popularizando cada vez mais, pois um leigo como eu que nunca fez nenhum curso de linux na vida não teria chance nenhuma de se envolver e aprender simplesmente por tentativa e erro, (embora eu faça muito isso)