Interface gráfica para gerenciamento/monitoramento
Criar, gerenciar, realizar alterações e manutenções no arquivo de configuração do DHCP via terminal, não é problema algum para um administrador de redes/servidores
GNU/Linux. Porém, quanto maior as particularidades que possuir em sua rede, quanto mais rápido devem ser realizadas as mudanças, relatórios, documentação, ou outras variedades de razões, podem ser ótimos motivos para a utilização de interfaces gráficas de gerenciamento.
As interfaces gráficas para gerenciamento de servidores no GNU/Linux são extremamente intuitivas e muito avançadas, além do excelente grau de maturidade destas ferramentas. Muitos administradores possuem resistência à adoção destas ferramentas em sistemas GNU/Linux, mas esta visão é ultrapassada, e não há argumentos que impeçam seu uso, não há bons motivos para não usar. ;-)
Estas interfaces possibilitam gerenciar todos os serviços implantados num servidor (banco de dados, servidor Web, DHCP, DNS, firewall, LDAP, controlador de domínio, compartilhamento de arquivos, etc.. ), além de realizar configurações do S.O., monitoramento, relatórios e outras possibilidades.
Podemos dividir as interfaces gráficas para gerenciamento de servidores em 2 grupos básicos: Aplicação e Interface Web
Aplicação
Aplicativo instalado no servidor (quando o mesmo possui ambiente gráfico, como
GNOME, KDE, Xfce, LXDE, ...). Os aplicativos que permitem o gerenciamento/configuração dos serviços implantados no servidor são acessíveis através do menu do desktop.
Vantagem:
- Os paranoicos não precisam esquentar a cabeça sobre a transmissão de dados via rede ou algum sniffer.
Desvantagem:
- Precisa acessar o ambiente gráfico do servidor, ou seja, ter um teclado+mouse+monitor em seu servidor ou configurar algum acesso remoto como VNC por exemplo. Outro problema, é que grande parte dos servidores GNU/Linux não possuem ambiente gráfico, o que impossibilita usar este tipo de programa.
Um exemplo é o
GAdmin, que possui um modulo para DHCP.
Web
Serviço instalado no servidor, porém, acessível via rede (ou disponível também com acesso pela Internet, caso o firewall esteja devidamente configurado), ao instalar, é liberada uma determinada porta no servidor, e o administrador irá acessar via navegador através de qualquer host dentro da rede. É o modo mais utilizado e mais comum de se encontrar em servidores instalados.
Vantagem:
- Mais rápido, acessível através de qualquer máquina, pode-se determinar qual porta será usada e habilitar o HTTPS (para os paranoicos), o servidor continua em modo texto, sem ambiente gráfico, não precisa realizar nenhuma configuração a mais no servidor.
Desvantagem:
- Nenhuma. Apenas precaução, pois você irá acessar através de qualquer máquina, cuidado ao fazer login, keyloggers, etc... Outro ponto é, caso a rede parar, você não terá acesso (mas caso sua rede pare, o DHCP será o último dos seus problemas....)
Existem diversas ferramentas para administração/gerenciamento e configuração de servidores GNU/Linux via Web. Algumas distribuições com foco para uso em servidores possuem suas próprias interfaces já instaladas, outras interfaces possuem pacotes para instalação nos mais diversos GNU/Linux e outros (como BSD por exemplo).
Exemplos: A mais famosa das interfaces, com certeza é o
Webmin, com diversos temas, muitos módulos (cada um para tipos de serviços e aplicações).
Algumas distribuições focadas para servidor, possuem suas próprias interfaces Web, é o caso do
ClearOS (Red Hat),
openSUSE,
Zentyal (Ubuntu),
pfSense (BSD),
Zeroshell, Endian...