O principal objetivo para escrever sobre este tema, é discutir e apresentar uma exposição de ideias sobre as diferentes distribuições
GNU/Linux
presentes no mercado e a preferência de cada usuário. A diversidade de distribuições atrai usuários que, ou tornam-se cativos, verdadeiros apaixonados
por determinada distro, ou então, por outro grupo que pertencem a uma outra classe, na qual estou incluído, que vivem experimentando as diferentes
distribuições.
Como estudante da área tecnológica, e mero aprendiz em programação, estou sempre testando coisas, fazendo experimentos, e admito que desinstalo e
reinstalo muitas vezes, um velho PC que tenho e que é destinado a experiências.
Não podemos também desprezar o fato da existência de hardware antigo. Para estes casos, penso que o melhor é utilizar uma distro bem leve.
Posso citar o exemplo de um velho notebook de parentes, que já está meio ultrapassado para rodar Windows, ou algumas distros mais parrudas, e a
solução foi optar entre um Windows XP defasado e sem suporte, ou um
Slackware 13.37, e a escolha foi a segunda opção.
Considerando que a máquina, por suas limitações naturais, não funcionaria para jogos, mesmo na plataforma Windows XP, então o Slackware foi a
escolha mais acertada. Leve, de inicialização rápida e já com um bom pacote de aplicativos, que atendeu plenamente a seu proprietário.
E é justamente este o ponto de vista que pretendo debater, e tenho certeza que haverá uma legião de defensores das ideias expostas, como também,
uma enormidade de outros usuários de GNU/Linux que vão discordar e fundamentar suas ideias.
Tenho a visão de que uma máquina é uma ferramenta à disposição, e que sua utilização pode ser definida a partir do perfil do usuário que vai operar no
dia a dia.
Partindo desta premissa, discordo daqueles que se vangloriam de usar simplesmente uma distribuição, por considerar que é "mais difícil" ou "mais
complexa"...
Cada utilizador tem um perfil diferente. Existe quem queira uma máquina para enviar e receber e-mails, acessar redes sociais, e leitura diversa na
Internet; para esta classe de usuários, pouco importa qual a distro ou qual a versão do Windows presente.
Admito que a grande maioria daqueles que se enquadram neste perfil, utilizam ou utilizaram o MS Windows, porque era o sistema operacional que
conheceram e o único que tiveram acesso. Chega a ser engraçado, mas 9 de cada 10 usuários, para os quais eu preste qualquer serviço, fica satisfeito
com o GNU/Linux.
Aí nessa hora, aparece o preconceito por parte de alguns usuários com maior vivência e utilização em GNU/Linux. Quando um usuário novato precisa
instalar ou descobrir algo, naturalmente como todas as pessoas, recorrem primeiro ao sistema de buscas na Internet e acabam chegando a um dos
muitos fóruns e sites que tratam do universo GNU/Linux.
Definindo o usuário
A recepção é boa, os usuários são bastante prestativos e raramente recebo um telefonema pedindo orientação, o pessoal depois de apresentado ao
mundo GNU/Linux, fica feliz... Este é um ponto positivo.
Quando o grupo de usuários muda de perfil, ou tem incluído nos utilizadores da máquina alguém jovem e que gosta de Games, o GNU/Linux,
infelizmente, perde terreno porque os grandes desenvolvedores de games ainda constroem a maioria de suas plataformas para o sistema da Microsoft.
Quando me deparo com tal situação, não insisto, porque ainda o GNU/Linux está evoluindo e ganhando alguns títulos, porém poucos, frente aos
disponibilizados para o MS Windows.
Estes são exemplos do universo de pessoas que podem utilizar o GNU/Linux.
A ponto, como principais fatores de desmotivação destes usuários:
- Desconhecimento → Existe um mito de que GNU/Linux é voltado para programadores, usuários avançados e desenvolvedores.
- Medo da shell → Engraçado, verifiquei que usuários idosos que sabem programar em Basic, COBOL e do tempo do DOS, saem-se muito
bem, e depois de ler o guia Linux, se familiarizam facilmente.
- Medo → Não saber instalar novos pacotes, ou não poder contar com alguma facilidade presente no S.O. da Microsoft. Dentre outras.
Neste momento, quando analisamos por este ponto de vista, é preciso admitir que, principalmente o
Ubuntu, tem servido para disseminar
a cultura do GNU/Linux e abarcar novos utilizadores.
As facilidades e comodidades do sistema da Canonical, que raramente requer uso de
Shell, salvo para usuários mais maduros que
preferem a agilidade que se consegue com comandos, tanto para organizar arquivos, compilar, baixar atualizações, etc. Mas, o ambiente gráfico, para
realizar tais tarefas, facilita a vida de quem ficou tanto tempo utilizando MS Windows.
Outro ponto favorável do GNU/Linux, é a ausência de vírus que tanto assombra usuários comuns.
Agora, algo que chega a irritar, é a visão, um pouco xiita, de usuários que alegam que sua distribuição é para poucos, caso de uma meia dúzia que
utiliza
Gentoo ou Slackware.
Conclusão
Particularmente, nunca achei nenhuma destas distros, ou qualquer outra similar, tão complicadas assim, inclusive o Slackware, é na minha opinião, uma
distribuição muito boa, e hoje praticamente já traz praticamente todos os drivers na instalação.
Depois do Slackware 11, verifiquei que acabou essa coisa que o povo tanto fala de "instalar na unha", aliás, nunca entendi muito bem o que significa
isso, simplesmente porque é uma distro leve e que serve muito bem para ser utilizada em servidores, desprezando, para esta finalidade, a parte gráfica.
Pelo menos, não lembro de ter visto algum servidor com a parte gráfica instalada. E isso não é fazer coisas na unha, é simples resultado de conhecer
GNU/Linux e a boa vontade de pesquisar na Internet.
Arrisco dizer, que um usuário leigo em GNU/Linux, porém, que seja atento, voltado para leitura, paciente e que saiba pesquisar na Internet, consegue
sozinho configurar e ajustar um sistema GNU/Linux, mesmo sem ambiente gráfico... Basta ler, entender e executar.
Minha opinião pessoal: "não existe GNU/Linux difícil".
Existem diferentes metodologias, ou maneiras de se lidar com as coisas e para cada forma, existem diferentes apreciadores, ou pessoas, que conseguem
racionalizar de uma forma e pronto, ficam felizes e não buscam aprender outros caminhos.
Também existem aqueles que conhecem todas as formas e utilizam uma de sua maior preferência...
Numa comparação de bebedor, diria que GNU/Linux é comparável a cerveja, e como diz o velho bordão popular: "gelada bebemos todas", daí as
particularidades ficam por conta da preferência, do item de hardware em questão e até da aplicação destino do equipamento, tudo isso serve para
definir qual distribuição será responsável por qual tarefa.
E não podemos também desprezar o S.O. Windows, este tem seu papel na história, tem suas facilidades e sua importância.
E para finalizar o assunto, todo e qualquer sistema operacional está sujeito a falhas, a apresentar defeitos de rotina ou inesperados, qualquer sistema
pode simplesmente deixar de funcionar, seja por falha humana ou por qualquer coisa corrompida, mesmo sem contribuição do utilizador
O importante é valorizar o Software Livre, contribuir para sua disseminação, participar de fóruns, ajudar sem menosprezar os novos usuários e manter
este ambiente amigável e sempre com respeito.
Um abraço a todos. :)