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Lazarus possui um ambiente de trabalho semelhante ao Delphi, como teclas de atalho iguais e alguns recursos em sua IDE mais avançados do que os do próprio Delphi. Tem a capacidade de compilar o mesmo projeto para diferentes plataformas, dando uma vantagem competitiva para as aplicações.
O Lazarus consegue ainda compilar quase todo código escrito em Delphi. A maioria das classes, unidades e propriedades tem o mesmo nome e funcionalidades, ainda não é possível ter uma compatibilidade de 100%, mas é possível converter muito código entre eles. Com exceções de algumas classes que ainda não foram implementadas em sua estrutura.
Não é possível portar para o Lazarus componentes feitos para o Delphi devido a forma como os componentes são organizados, sendo assim alguns componentes como os que controlam impressoras fiscais, balanças e outros periféricos poderiam não existir no Lazarus, ficando o desenvolvedor dependente dos fabricantes realizar a portabilidade.
Desenvolver no Lazarus em sua versão atual exige um pouco de esforço no sentido de que o usuário precisa algumas vezes procurar ajuda para resolver problemas de bug da ferramenta, o que pode ser um agravante para novos programadores que podem confundir os bugs e achar que são defeitos em seu código fazendo com o Lazarus perca em credibilidade.
A conclusão final é que seu uso para o desenvolvimento de aplicações comerciais de maior porte, apesar de possível, não é aconselhável. O Lazarus não está completo, existem pontos que ainda precisam ser melhorados pela comunidade, como bugs na IDE, que às vezes causam seu fechamento repentino e principalmente melhorar o depurador de código, que às vezes obriga o programador a usar artifícios arcaicos para ver um simples conteúdo de uma variável.
Por outro lado, conclui-se que o futuro da ferramenta é promissor, a sua grande vantagem está em ser de código aberto e receber contribuições de toda comunidade. A portabilidade para outras plataformas é um diferencial tremendo para a maioria das empresas que ficam sem uma solução para a portabilidade de aplicativos escritos em object-pascal.
É preciso que novas pessoas se juntem ao projeto, programadores, documentadores e beta-testers para que a ferramenta possa ficar pronta e está apta a trabalhar com grandes aplicações.
Experimentos futuros
Seguem algumas opções no que diz respeito ao uso do Lazarus para simular o Delphi. Abaixo estão algumas dessas possibilidades:
Aplicação multitarefa:
Uma aplicação multitarefa é aquela em que executa códigos em paralelo. Muito útil para processamento em massa, onde se faz melhor uso dos processadores e permite que o usuário trabalhe livremente enquanto o sistema continua executando uma tarefa. A ideia principal é escrever uma aplicação utilizando o Lazarus e analisar o seu comportamento ao trabalhar com threads, podendo ir também ao sentindo da computação distribuída.
Portabilidade:
Este trabalho abre a possibilidade de se fazer a portabilidade do sistema SUF desenvolvido no Lazarus ser portado para outros sistemas operacionais, como o
Linux, e observar o comportamento da aplicação nesses sistemas. Levando em consideração a chamadas de sistemas, comunicação com o banco de dados, performance da aplicação.
Analise do projeto:
O Lazarus existe desde 1999 e ainda não está concluído, realizar um levantamento do projeto e apontar para a comunidade onde é preciso focar mais e propor campanhas para atrair mais pessoas e empresas para o projeto.