Entendendo os scripts de inicialização do Gentoo

Todos já estão acostumados com a estrutura padrão dos scripts de inicialização das maiorias das distribuições (os famosos /etc/rc.d/*), porém quando nos deparamos com um Gentoo a história muda. Este artigo demonstra de forma prática como funcionam os scripts de inicialização do Gentoo Linux.

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Por: Carlos Eduardo Ribeiro de Melo em 24/11/2004


Introdução



O Gentoo, como sabem seus usuários, possui muitas diferenças com relação às outras distros. Uma delas são os scripts de inicialização. Em distros como o Slackware estes scripts ficam guardados no diretório /etc/rc.d/. Estes nada mais são do que simples shell-scripts que executam tarefas básicas de inicialização quando se utiliza o comando:

# rc.script start

Estes scripts podem ser chamados pelo script de inicialização (rc.local ou rc.S) e também pelo script de destruição de processos (rc.6 ou rc.K), além da linha de comando.

No Gentoo os scripts funcionam de forma diferente. Os scripts são guardados no diretório /etc/init.d e as variáveis utilizadas pelo script ficam em /etc/conf.d. Os scripts funcionam tanto na linha de comando como nos arquivos de inicialização, porém o Gentoo disponibiliza uma ferramenta que adiciona o script na inicialização e no fechamento do sistema, o rc-update.

Por exemplo:
Você acabou de instalar o BIND, servidor DNS. Caso este seja instalado via portage (sistema de instalação automática do Gentoo), o sistema cria automaticamente os scripts de inicialização "named" nos diretórios /etc/init.d e /etc/conf.d. No script encontrado no /etc/init.d pode-se notar que se trata de vários comandos que iniciam o servidor. Note o mais interessante: o interpretador do script. Não se trata nem do bash, muito menos do sh. Este interpretador, runscript, é mais uma ferramenta implementada no Gentoo (não sei se existe em alguma outra distro) especialmente para estes scripts.

Tente agora executar o script. Digite na linha de comando:

# /etc/init.d/named

Irá aparecer na tela um texto semelhante a um manual que mostra as flags que podem ser utilizadas com este script. As principais flags são:
  • start -> Inicia o serviço;
  • stop -> Para o serviço;
  • pause -> Semelhante ao stop. O serviço para de ser executado, porém os comandos dentro da função stop() do script não são executados;
  • ineed -> Mostra as dependências do script;
  • iuse -> Mostra os scripts que são utilizados junto com este;
  • needsme -> Mostra os scripts que necessitam deste para executarem;
  • usesme -> Mostra os scripts que utilizam este para serem executados.

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   1. Introdução
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Comentários
[1] Comentário enviado por jllucca em 25/11/2004 - 13:37h

Cara, achei bem interessante o artigo. Mas, precisa se esforçar, pois depois de ler fiquei com a sensação de que falta alguma coisa...

[2] Comentário enviado por Anunakin em 26/11/2004 - 10:58h

Parabens, muito bom o artigo!

Jllucca! O artigo é para quem já usa e conhece o Gentoo.

[3] Comentário enviado por lordello em 26/11/2004 - 20:17h

Aeee.... sou usuário Gentoo e adoro o portage, não existe nada melhor que o portage, a otimização dos pacotes fica em segundo plano, pois o portage é show... O artigo está muito bom sim, mas gostaria de fazer uma observação sobre as sintaxes do VIM, o ideal é fazer isso:

# emerge gentoo-syntax

Pronto! Agora o vim estará com sintaxe para tudo dentro do Gentoo, make.conf rc.conf init.d ebuild etc...

[4] Comentário enviado por dudu_away em 27/11/2004 - 09:21h

Ae lordello, muito boa sua observação!

Eu não sabia disso.... hehehe..... vlw msm!

[]'s
Eduardo

[5] Comentário enviado por telurion em 19/12/2004 - 20:41h

O runscript é um interpretador simples de arquivos de lote, criado para automação do minicom, um "programa de comunicações seriais" do tipo que a gente usava para conectar às BBS. Sei que existe no Slackware, deve existir no Debian (pacote: minicom), e existem menções ao minicom no site da Conectiva.

[6] Comentário enviado por albfneto em 01/07/2008 - 17:43h

Legal. eu coloquei nos favoritos. Uso vários Linux, todos Gentoo ou Gentoo Like.


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