O Linux Educacional 3.0 (LE) é a distribuição GNU/Linux que o ProInfo do MEC criou para os Laboratórios Escolar de Informática (LEI) das escolas públicas. Esse sistema é apenas uma das grandes falhas dos governos brasileiros no mau uso do software livre. No entanto para entender como chegamos aqui é preciso conhecer o ponto de partida desses sucessivos erros na difusão da informática nas escolas.
O Linux Educacional 3.0 (LE), baseado no Kubuntu 8.04, núcleo do sistema Linux Ubuntu 2.6.24-22-generic e ambiente gráfico: KDE 3.5.10, é a distribuição GNU/Linux que o ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação - Secretaria de Educação a Distância) do MEC (Ministério da Educação) criou para os Laboratórios Escolar de Informática (LEI) das escolas públicas. Esse sistema é apenas uma das grandes falhas dos governos brasileiros (Federal, Estadual e Municipal) no mau uso do software livre. No entanto para entender como chegamos aqui é preciso conhecer o ponto de partida desses sucessivos erros na difusão da informática nas escolas.
Com o crescimento do Linux em livre ascensão os governos brasileiros resolveram entrar de vez na batalha da inclusão digital, essa por sua vez provocada pelo o que os livros de geografia chamam de Revolução Tecnológica. Indo com mais sede ao pode o Governo Federal (GF) lançou o "computador popular", que era mais barato por usar softwares livres (armadilha que eu caí). Nessa primeira grande tentativa de espalhar micros computadores nas casas brasileiras, em especial nas classes mais humildes, foi enfatizado que o software livre é totalmente grátis e de fácil uso.
Aos poucos os usuários do Linux, que em sua grande maioria eram recém usuários de informática, descobriram que o uso dessa plataforma não é a custo zero. Por ele funcionar de forma diferente de seu principal rival o Microsoft Windows® (MW), que é o alfabetizador da área de informática, muitos dos usuários tiveram que pesquisar sobre o Linux, isso numa época em que poucos usuários detinham um bom conhecimento do sistema e poucos canais sobre o sistema do gracioso Tux (pinguim símbolo do Linux).
Não conheço uma única alma viva que assim como eu decidiu pagar alguém para formatar o HD e instalar o MW. Quanto aqueles que resistiram (eu ainda resistir por 3 ou 4 meses) fizeram pesquisa na Internet (que pelo preço da assinatura da Internet geralmente iam a cyber, e lá vai dinheiro), outros recorriam a recursos impressos (comprar revistas, apostilas e livros, que não estão incluídos no custo zero da licença) e para aqueles mais amarrados o melhor caminho era os cursos de informática (que além de serem raros eram mais caros do que os para MW).
Isso tudo foi para pessoas físicas, e no caso das empresas o tal custo zero somou o prejuízo financeiro mais dor de cabeça de chefes e funcionários numa soma ou total de migração catastrófica. Depois de fazem a migração muitas empresas descobriram que seus funcionários não estavam preparados, que a mão-de-obra especializada ou pelo menos familiarizada com o Linux é mais cara, que as empresas de suporte em Linux são mais caras e que de graça na verdade é só a licença. Nessa situação das empresas a culpa não é apenas da propaganda enganosa do GF, mas também das empresas que ainda vêem tecnologia como custo e não como investimento, e por isso forçaram uma migração sem capacitarem seus funcionários, ou seja, racha a conta meio a meio.
Um bom exemplo foi, há alguns anos, a migração da Prefeitura Municipal de Fortaleza (como se nem toda prefeitura no Brasil não fosse municipal, em fim, essa é a nomenclatura e tenho que usar). Aconteceu da seguinte forma. Segundo funcionários da prefeitura, encerrou o expediente, todos foram para casa e no dia seguinte ao chegar a prefeitura e ligar os computadores lá estava o Linux estalado. Como os servidores da prefeitura foram apresentados ao Linux assim em alguns dias eles simplesmente se recusaram a trabalhar e a prefeitura deve que instalar o MW novamente, tudo isso numa mesma semana (só para lembrar repartições públicas brasileiras trabalham de segunda a sexta, por tanto essa palhaçada teve no máximo 5 dias).
No que diz respeito a facilidade... Isso ai é outra mentira, na verdade isso gerou um grande mal entendido que continua arranhando a imagem do Linux. Para melhor entender, o meu referencial nessa situação é o super usuário, o root. Outro dia fiz um teste, logada com essa conta usei o comando "rm -r aluno" e apaguei o diretório da conta de usuário "aluno" que não havia sido excluída. Sei que o ato foi sem sentido, apagar um diretório de uma conta de usuário ainda ativa, mas essa não é a questão, o que eu queria saber era o quanto o sistema seria flexível. Quanto ao Linux, porque "permitiu" isso? Muito simples, se você está usando o usuário root o Linux "entende" que você tem conhecimento o suficiente para saber o que de fato está fazendo e assume todos os riscos. O que tudo isso quer dizer? É muito simples, se você dedicar um pouco do seu tempo para estudar o Linux em retribuição ele lhe oferecerá todo o seu potencial.
Agora chego a parte que mais me deixa indignada, incomodada e até frustrada, o LE nas escolas públicas estaduais e municipais do Ceará (que fique bem claro que amo o meu estado).
O Governo do Estado do Ceará criou o Projeto Alvorada, que tem como objetivo a inclusão digital dos alunos das escolas estaduais, no entanto o laboratório mais parece uma biblioteca, pois segundo ordens do projeto e repassadas pelas CREDE(S) (Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação), esses laboratórios são para fins exclusivamente pedagógicos e que informática é expressamente proibido, em último caso pode ser que a prática de informática pegue carona nas atividades pedagógicas.
A coisa funciona da seguinte forma: a maioria dos alunos não têm computador em casa, por tanto o LEI é um dos poucos meios de acesso, fora isso outra grande parcela dos alunos não têm algum ou pouquíssimo conhecimento em informática. Dentro deste quadro os alunos não sabem usar a ferramenta (o computador) e ficam presos a lerem textos na Internet, slides ou arquivos de textos e até assistir vídeos com os professores. E quando fazem alguma coisa diferente de ler, é escrever, e sem qualquer conhecimento de formatação de texto. Por tanto acaba aí o conhecimento que os alunos têm em informática.
No edital para contratação dos professores do LEI é exigido que o candidato tenha nível superior em pedagogia ou letras e que tenha algum curso de informática com carga horária de no mínimo 100h/a. Caso o candidato não tenha nível superior em nenhum dos cursos exigidos, serve um diploma de "qualquer" outro curso. Ou seja, são contratados para esses laboratórios pessoas que não são capacitadas e nem são preparadas pelo contratante para coordenar as atividades nos laboratórios e ainda têm a audácia de contratar qualquer um para o cargo, com exceção dos profissionais de informática que são considerados inadequados para um LEI.
Como profissional de informática que agora trabalha na educação eu acredito que a inclusão digital só acontecerá com inovação. A inovação não vem de máquinas, vem de pessoas, por tanto não adianta construir belíssimos laboratórios e jogar computadores nos alunos porque eles não serão incluídos no mundo digital, o que vai fazer isso acontecer é a difusão do conhecimento, e conhecimento vem de pessoas.
Qualquer pessoa gozando de boas faculdades mentais sabe que o certo é: Selecionar profissionais da área de informática para coordenar os LEI(S) ou profissionais de outras áreas de tenham qualificação adequada para a função; Capacitar e qualificar os selecionados na área técnica de informática, informática educativa e pedagógica para que tenham capacidade de gerenciar os laboratórios e de orientar da melhor forma os alunos e professores; Elaborar um projeto de capacitação e qualificação para os alunos para que os mesmos não apenas utilizem melhor as ferramentas de informática para os estudos, mas também visando a disputa no mercado de trabalho, uma vez que nem todos têm condições financeiras para isso.
Agora você deve estar querendo saber porque eu disse no começo deste artigo que o Linux Educacional é apenas uma das grandes falhas dos governos brasileiros no mau uso do software livre. Simples, o MEC mexeu tanto nesse sistema que ele é o único Linux que conheço, tive a oportunidade de usar, que trava. Se o Kurumin está aí e funciona tão bem, seria melhor ter investido nesse projeto do que tentar reinventar a roda.
[1] Comentário enviado por removido em 26/07/2010 - 21:44h
Eu concordo e assino em baixo de tudo o que você disse.
Eu vivi isso na pele. Ano passado eu trabalhei em uma escola (aqui em SC) onde os computadores estavam com esse Linux Educacional. Mas eu resolvi o problema de maneira simples: Instalei o Ubuntu. Mas existem muitos diretores de escola, que por medo, preferem manter o L.E. nos computadores, e essa bagaça não funciona. Capacitação que é bom: nada!!!
Nessa escola que eu trabalhei, éramos dois professores responsáveis pelo laboratório de informática: Eu, estudante de pedagogia, e outro professor, estudante de Sistemas de Informação. Assim, nós conseguimos unir os dois conhecimentos necessários para realizar um trabalho satisfatório: o Pedagógico e o Tecnológico. Não adianta ter só um Pedagogo que não sabe nem instalar um programa, e também não adianta ter um nerd que não sabe nem como tratar um aluno, que tem conhecimento mas não sabe passá-lo aos outros, sem poder contribuir com o desenvolvimento da criança.
Por isso, eu acho que o governo precisa investir na formação de um novo profissional. Um profissional que tenha o conhecimento das duas áreas, o pedagógico e o tecnológico, mesmo que seja necessário criar uma nova licenciatura universitária para isso.
Além disso, eu morro de vergonha (alheia), quando vejo essas autoridades incompetentes tentando aplicar o Software Livre, à força, nas instituições, sem fornecer um mínimo de preparação e capacitação do recurso humano que vai utilizar essa ferramenta.
Esse é o nosso Brasilzão. Os inteligentes, vivem contando os centavinhos pra pagar as contas no fim do mês, e os burros incompetentes, vivem tranquilos da vida, fazendo suas cagadas de acordo com suas vontades. Quem perde com isso tudo, é o povo e nossas crianças.
[3] Comentário enviado por barao em 26/07/2010 - 23:12h
Na prefeitura da cidade vizinha iram fazer 3 laboratórios de informática com 30 computadores cada, e nestas maquinas que a “positivo”ueba!!!... doou viram com o Linux educacional, vai ser batatada para todo lado, quando iniciarem as atividades. Pregunta porque usar esta maravilha do Linux “educacional” se podem usar varias outras distribuições, que realmente funcional?
[4] Comentário enviado por Devas81 em 27/07/2010 - 10:33h
É vergonhoso... Sou professor 10 há anos e graduando em Sistemas de Informação, fui escalado para trabalhar no Lab da minha escola, e me deparei com toda essa problemática... Até criei um projeto para que os professores fossem capacitados, mas nada anda... O laboratório é usado como uma lan-house de 5ª... e só não está pior pois configurei um filtro de coteúdo por url no roteador... Os alunos poderiam ter acesso a todo o conteúdo da rede para melhorar as aulas, poderiam aprender a utilizar o software livre, os professores poderiam utilizar todo o recurso de midia digital... Mas o que acontece? NADA! O laboratório é usado para descarregar os alunos em aulas vagas, no intervalo, futucando inutilidades como malhação, luan santana, ou tentando jogar alguma merda feita em flash... Me reuni com a direção, com os professores, com a coordenação... Nada mudou... Poderia estar fazendo a direfença no meu municipio, no entando, sou obrigado a ficar pastorando alunos semi-alfabetizados emquanto eles destroem o equipamento e estupram o sistema em busca sabe-se lá de quê...
[5] Comentário enviado por henrique.vital em 27/07/2010 - 10:34h
Olá,
Gostaria de saber se existe em algum lugar essa catástrofe para download, para virtualizar e ver com meus próprios olhos um linux que trava.
Agora, em relação a essas manobras de inclusão digital forçada e mal-feita (com hífem para dar ênfase no mal) pode acreditar que não são só os governos que fazem esse tipo de burrice. Conheço umas duas ONGs que também querem incluir digitalmente crianças que nem mesmo sabem ler, e quando o professor de informática cria algum questionamento, recebe como resposta que "tem que ter um jeito" e "alguma coisa com certeza ele vai aprender, então é válido", e por aí vai.
Então, meus amigos, quando estão dentro desses laboratórios não projetados, saibam que não estão sozinhos nessa luta para combater a ignorância digital dos governantes.
[6] Comentário enviado por artfil62 em 27/07/2010 - 12:04h
Muito bom seu artigo, ainda que alguns errinhos de digitação tenham atrapalhado a gramática.
Concordo com você quanto ao “mau uso” do SL. Por sinal, não saberia dizer se existe mesmo uma falha de planejamento ou um propósito de planejas as coisas para que não funcionem mesmo. Me parece que existe um grande problema cultural em nosso país que atinge o SL. Penso no seguinte: o computador passou a fazer parte das casas brasileiras como se fosse apenas mais um eletrodoméstico, tal como uma geladeira ou um liquidificador. Ora, as pessoas não estudam o funcionamento da geladeira para fazer a coisa funcionar. A exigência é que ligue, funcione e desligue quando se aperta o botão “desligar” ou “off”. Assim, o SL entrou nos lares brasileiros com algo que deveria ser fácil, bonito e divertido, pois o Windows “parecia” ser o padrão único de sistema operacional. Levou muito tempo e ainda permanece a dificuldade que as pessoas tem em compreender a diferença “aplicativo” de “sistema operacional”. Imagine estas coisas nos anos 90? Eu mesmo tive várias dificuldades com as distribuições Linux e ainda tenho com algumas. Por exemplo, você faz donwload de três cd's do site do Debian e quando vai instalar a coisa é toda pela rede e você fica com cara de bobo, pois gastou seu tempo gravando. Por certo que não deve ser assim, mas lá no site não se tem uma indicação “instalar tudo pelo cd que você gravou” ou “instalar tudo apenas pela internet”. Resultado, eu não uso esta distribuição, pois não há informação suficiente e isto que estamos lidando com “sistemas de informação”.
A cultura brasileira não é de muito estudo: as pessoas não gostam de ler, de estudar os comandos e como funciona o sistema operacional, o que você pode ou não fazer com ele. Isto não ocorre apenas nas famílias e escolas públicas, mas também nas universidades: tive de perder uma aula para explicar o que era o “Centos” ou o “Scientificlinux”. Quando falo com alguns colegas professores a pergunta que me fazem é “e dá para navegar na internet?” Quando se escuta este tipo de coisa dentro de uma Universidade percebe-se que “o fim está próximo”, pois os computadores estão presentes em quase todos os lugares, são os culpados de vários entraves (quem já não ouviu “é um erro randômico do sistema”) e em algumas universidades as notas dos alunos são colocadas exclusivamente pela internet (a famosa Cloud Computing). Outro exemplo é o uso do “padrão” MSWord: o Linux tem ferramentas muito mais potentes tanto para texto, quanto para quem tem de solucionar problemas lógicos e matemáticos. Contudo, isto não é divulgado e se for divulgado tem de se dizer “estude o manual” ou leia o “readme.txt”.
Por fim a escolha que o governo fez desta distribuição em específico já indica algo: não confio em sistema operacional com “senha do administrador inacessível”. Ainda que me digam que torna a coisa mais segura, mais confiável, etc, etc. A contrário, se é seguro então a senha deve ser disponibilizada. Se eu “detonar” meu sistema por alguma burrada a cupa é minha. Mas, os caras “marqueteiramente” desejam vender um produto instável que se parece com o Windows e ainda chamam isto de “liberdade de escolha”. O Governo brasileiro com suas tendências stalinistas nas decisões aproveita este tipo de “solução” e impõe uma distribuição. Ignorando que cada escola possui uma enorme variedade de hardware, de necessidades e de público. A escolha do SL deveria ser decisão da escola e o governo entraria com os (as) tecnicos(as) em TI.
[7] Comentário enviado por raulgrangeiro em 27/07/2010 - 13:27h
Concordo com você, é isso mesmo que acontece. Aqui onde moro (não sei aí) não tem quase ninguém que usa Linux, e todos acham horrível, mas porque? Por que não conhecem. E eu acho que, numa escola, numa aula de informática, tem que ensinar informática, e não deixar o aluno ficar jogando ou olhando Orkut ou MSN na hora da aula.
[8] Comentário enviado por removido em 27/07/2010 - 15:17h
Fora tudo o que já foi exposto, considere ser o Kubuntu um 'subproduto' do Ubuntu (naquela época muito mais bugado que hoje em dia), soma-se a isso: falta de planejamento, de qualificação, de cultura, etc. O resultado é isso que você citou.
Existem tantos bons projetos que poderiam ser aproveitados:
[9] Comentário enviado por removido em 28/07/2010 - 12:32h
Discordo do autor, o Linux Educacional é uma ótima ferramenta. Aliás, os repositórios do Linux Educacional tem muito material educativo do MEC.
O autor não levou em consideração que ninguém nasce sabendo usar Windows ou qualquer outro sistema operacional. O texto tenta levar a crer que todo mundo nasce sabendo movimentar o mouse e a usar o Windows.
O problema está nos professores. O próprio autor disse que tentou capacitar os professores, fazer algo para mudar a realidade, mas os mesmos não tiveram interesse. Se os professores não tem interesse, os alunos também não terão interesse.
O problema são os professores que de professores não tem nada.
[10] Comentário enviado por claupers em 28/07/2010 - 14:28h
Isamaria, o problema do Linux é não rodar o Windows Live messenger e afins :-) a coqueluche do momento, como foi o MIRC no passado, vamos ver qual vai ser a ferramente de comunicação do futuro. Sobre o fato de você ter conseguido deletar a pasta de um usuário no Linux, faça o teste no Windows e você verá que é a mesma coisa se estiver logado com uma conta administrativa. O problema é que os adultos pedagogos estão habituados a usar Windows e esse é um paradigma difícil de quebrar pois envolve muito comprometimento e desapego no que é comum. Só para constar, tenho uma sobrinha, que agora está com 7 anos, e ela usa Windows e Linux desde os 4 anos. E provavel que ela nem percebe a diferença. Quanto a custos, quando se fala em manutenção de rede, como é o caso de uma escola onde existem vários micros, sempre vai se exigir um profissional capacitado, isso não se aplica apenas ao Linux. É difícil um pedagogo com informática básica configurar no Windows um domínio, grupos de segurança, restrições de acesso, proxy entre outro requisitos necessários para garantir que os alunos usem e acessem apenas o que é permitido e necessário. Só para fazer um paralelo, já faz oito anos que trabalho administrando uma pequena rede. Para obter um nível de segurança aceitável tive que fazer uma rede hibrida com Linux e Windows. Os dois são bons sistemas, a diferença está no fato de que nem todos os aplicativos que disponíveis para um funcionem no outro, o custo inicial de licenciamento naquele que é proprietário e questões visuais e estéticas. Mas, mesmo no Windows, se você precisar de uma assistência especializada de suporte, esteja pronto para desembolsar alguns dólares por hora, ou então passar dias fazendo buscas na net atras de uma solução, o fato de você pagar a licença para USO, não lhe dá assistência gratuita. Por fim, a falha que vejo nesse processo de implantação foi a falta de profissional qualificado e do meu ponto de vista isso seria igual com Windows ou qualquer outra plataforma. Então, o problema não seria deste ou daquele sistema operacional. Concordo com o titulo do seu artigo mas descordo das partes que você liga a falha do processo a plataforma adotada.
[11] Comentário enviado por Devas81 em 29/07/2010 - 09:00h
Não culpo a distribuição Linux Educacional.
Inicialmente utilizava a versão 2.0, que frequentemente apresentava um erro (fácil de resolver, mas que apenas eu (NO MUNICIPIO INTEIRO) tive a curiosidade de pesquisar na internet e aprender a resolver)), mas mesmo assim, sempre foi estável e fácil de configurar.
Migrei para a versão 3.1 e o sistema continuou cumprindo sua função e com melhorias...
LE travando? Em 2 anos nunca tive esse problema, mas, é claro que o aluno vai meter o dedão no estabilizador e desligar a máquina "na tora".. É claro que ele vai descaracterizar todo o ambiente, é claro que ele vai abrir 324 abas no firefox travando o sistema, acabando com a RAM, é claro que ele vai mudar a resolução do desktop para 640x420... NENHUM SISTEMA É À PROVA DE IDIOTAS!!! Mas o LE se mostrou estável e fácil de por nos eixos.
O que me frustra é ver um recurso maravilhoso com o qual eu sonhei poder desfrutar na minha infância, ser agredido e estuprado dessa forma... É demais para um professor reservar 15 minutos do seu tempo para pesquisar um conteúdo adequado para o aluno junto com o monitor? Agendar com antecedência? Não!!! E ainda fui taxado de "desinteressado" por não sentar com cada aluno, de maquina em maquina, procurando o conteúdo da pesquisa do aluno para que os mesmos o copiassem descaradamente para o caderno e entregassem 35 cópias mal escritas para o professor...
E ano que vem, a diretoria planeja incluir aulas de informática no currículo... Tenho medo...
[12] Comentário enviado por isamaria em 29/07/2010 - 11:30h
Agradeço todos os comentários...
Não sei se expressei-me mal ou houve erros de interpretação de texto. A minha principal queixa é como os laboratórios estam sendo usados, os professores responsáveis pelos mesmos não recebem a capacitação necessária, os governos continuam investindo cada vez mais em recursos físicos e menos no recurso humano.
Quando alguns comentários, tirando duvidas:
Ao relatar o teste que fiz no linux não estou fazendo comparação ao Windows, se mostrar o quanto é díficil você explicar os recursos de um sistema a uma pessoa que não tem um mínimo de noção de informática e só fiz isso porque é assim que o governo faz propaganda do linux e as pessoas não entendem o que estam ouvindo;
Foi comentado que tentei capaciatar os professores e eles não quizseram, eu não falei e nenhum momento comentei algo parecido isso foi puramento erro de interpretação de texto, quando falo em capacitação refiro-me ao professor de laboratório escolar;
O LE trava sim... vi isso 4 vez, uma de fato com excesso de aplicativo abertos, porém as outras vezes quando os alunos estavam fazendo desenho e o aplicativo de desenho estava aberto, o lab acabara de passar por manutenção e o sistema havia sido instalado no dia anterior quanto travou com o desenho.
Em um comentário ficou subtendido que eu não gosto do LE porque ele não roda os aplicativos do Windows, eu não falei isso, sem falar que hoje é díficil encontrar um aplicativo para Windows que não tenha um equivalente para Linux, o que não entendo é porque foi usado tempo, dinheiro e recursos humano para desenvolver um novo sistema se já existe bons projeto funcionando com uma boa bagagem de experiência, era melhor ter unido forças e investir em um bom projeto até para não deixá-lo falir.
Em um dos comentários foi escrito isso: "O autor não levou em consideração que ninguém nasce sabendo usar Windows ou qualquer outro sistema operacional. O texto tenta levar a crer que todo mundo nasce sabendo movimentar o mouse e a usar o Windows". 1º não é autor é autora... OK? 2º o Windows está espalhado de tal forma que os cybers são quase anexos da Microsoft, é por isso que considero o Windows uma alfabetizador, ou seja, aquele que ensina o ABC e ler e escrever as primeiras letrinhas. Essa é a realidade a maioria da pessoas que vão aprender informática dizem que o Linux é dificil e muda para Windows. Eu não disse que as pessoas nascem sabendo de tudo, até porque as únicas coisas que sabemos ao nacer é reconhcer o cheiro da mãe e nadar, tanto que falei da minha experiência ao aprender a usar o computador.
Por hora não tenho masi nada a dizer e espero que agora tenha ficado claro o que eu quero. Que os alunos tenham o direito de serem capacitados em suas escolas por pessoas qualificadas, que devem unir a informática com a pedagogia.
Só mais uma coisa: quanto aos erros de Língua Potuguesa, obrigada pela observação e prometo tomar mais cuidado.
[14] Comentário enviado por alribeiro em 30/07/2010 - 16:46h
A pedido de minha esposa fiz um breve estudo para equipar com "software" o laboratório que ela conseguiu junto a Governo Federal, ela era diretora de uma EMEF. Apresentei a ela vários e no final ela ficou impressionada com o CLASSE(1), e foi instalado e ai começaram os problemas, e nenhum relacionados a interação dos monitores e alunos com o Sistema Operacional(LINUX) e os programas, mais sim com a infraestrutura entregue:
A. Manutenção
- não existe uma central ou um autônomo responsável definido, chama o "zé da esquina" ou no caso dela "eu";
- quem vai fazer a manutenção(zé da esquina) logo de cara diz "há é Linux, deixa que eu instalo o Windows minha senhora";
- monitores, impressora, Router ADSL, Swith etc;
B. Dinheiro
- quem paga a conta da manutenção, APM?
- não há uma definição clara na utilização de recursos para essa finalidade;
- TCU pode e vai dizer que o recurso não era para pagar terceiros, pois não foi definido em LEI!!!;
C. Planejamento
- tudo é feito por um profissional de TI;
- não houve uma consulta a diretores sobre os problemas operacionais advindo na implantação desses laboratórios;
- decisão de cima para baixo;
- estudo da real situação das escolas brasileiras;
D. Minha Conclusão
- diretores, professores e monitores "dão a palavra final", o motivo é simples eles vivem o dia a dia da escola;
- planejamento em conjunto, TI, diretores, APM etc;
- definição da origem dos recursos relativos a manter toda a infraestrutura operacional;
- planejamento e classificação das escolas em função da real situação das mesmas;
- classificar as escolas, exemplo VERMELHO, AMARELO e VERDE, onde a primeira tem menores recursos;
obs.: as cores são exemplos, poderia ser A, B, C ou Classe 1, 2 ou 3...
- diretrizes nacionais(PCNs), somadas a outros critérios de classificação de software;
- projeto tomando como base o planejamento pedagógico das varias instituições levando em conta a de menos recurso(VERMELHO);
- definir um representante local ou regional responsável pela manutenção global da infraestrutura;
- CENTRAL de Treinamento unificada nacionalmente(MSN, Skype, EAD etc);
- VONTADE POLÍTICA DE FAZER O CERTO e não o que agrada a minoria ou interesses locais;
- Política de ESTADO para Educação.
[15] Comentário enviado por bertoldofm em 06/08/2010 - 12:33h
Linux Educacional
Quando uma nova tecnologia é introduzida em um determinado contexto, ela é inicialmente utilizada para fazer a mesma coisa que se fazia sem ela - só que agora de uma forma um pouco mais eficiente ou aperfeiçoada. As tecnologias só é usada de forma inovadora na Educação quando ela nos permite fazer coisas que sem ela dificilmente conseguiríamos fazer.
Usar o computador para continuar realizando as tradicionais tarefas de decorar não vai mudar em nada a educação e, além disso, será um grande desperdício do potencial que esse novo instrumental parece ter.
Parece haver uma grande confusão, por parte dos criadores de softwares educativos no que diz respeito ao aprender com prazer. A maioria deles parece confundir essa ideia com a de brincar ou aprender por mágica.
Muitos softwares ditos como educacionais são criticados por SCHANK (1994), que classifica a maioria deles como ‘lixo’. Ele acredita que os criadores e as pessoas que desenvolvem esses programas não entendem muito sobre aprendizagem e, por causa disso, acabam indo em direção à diversão, deixando de lado a proposta inicial de fazer um programa educacional.
Quando há um tentativa de se criar um softwares Educacional, aparecem pessoas que se intitula “Professor” que não possui uma visão holística na relação ensino aprendizagem utilizando o computador como mais uma ferramenta pedagógica.
O verdadeiro professor utiliza a ferramenta e cria condições para que a aprendizagem ocorra como um processo dinâmico, envolvendo, a reflexão explicada por Dewey, a construção do conhecimento explicada por Piaget; um ambiente em que o aluno é sujeito da aprendizagem, conforme Freire e em que o professor atua como mediador, segundo o conceito da ZPD defendida por Vigotsky.
@br@ço!
Bertoldo.
[16] Comentário enviado por Fabricio Maverik em 07/08/2010 - 17:17h
Concordo com nosso amigo saulodevil e é por isso que existe cidadãos que como nós, se dedicam de corpo e alma sem cobrar, a uma causa justa e humanitária que é colaborar para a melhoria do SL ao invés de simplesmente ficar julgando ou "cagando" boca a fora com diz o gaúcho.É muito fácil condenar uma distro mas assumir a culpa de que como muitos é metido a professor de informática mas não sabe instalar nem uma impressora que seja no linux ( é só plugar e deu...) não sabe configurar coisa nenhuma a ai volta correndo com o rabo entre as pernas para o Ruindows e passa a vida se preocupando com virus e formatando o PC 10 vezes por ano, agora pq não sabe conf uma distro ela não presta? Ah! Meu o mundo ta cheio desses, nos poupe de comentários desastrados e volta pro seu mundinho, nos deixe trabalhar em paz...
[17] Comentário enviado por ALVERNEPAIVA em 16/08/2010 - 00:31h
Bem, já uso o GNU/Linux desde 1996. Como muitas pessoas a primeira vez que instalei foi através do conhecido CD Conectiva que vinha na revista Geek. Passei uns dois dias tentando entender como aquilo funcionava tentando instalar num 486Dx4. De lá pra cá ja testei e usei diversas distribuições desde a Slackware até a Ubuntu e não tenho dúvidas que essas distribuições que acompanham os computadores da Positivo são as piores coisas que eu já vi em termos de sistemas operacionais. Tanto os que ficam nas escolas quanto os que ficam instalados nos computadores do Telecentro. São um lixo realmente.
[19] Comentário enviado por leandromaior em 25/08/2011 - 11:56h
Bom, concordo em partes com o que foi tratado, pois o LE poderia sim, ser melhor. Ao implanta-lo nas escolas professores apresentam dificuldades em migrar da plataforma Windows para o Linux, porém uma coisa reparei, os alunos da escola que leciono são carentes e não possuiam um contato anterior com o Windows e/ou outras plataformas Linux... estão começando agora e ao meu ver estão desenvolvendo-se bem. Acredito que a grande falha do projeto está em nós mesmos, pois precisamos nos capacitar melhor e até mesmo modificar o LE ao nosso uso diário, pensei em atualizar do LE 2.0 (quando assumi) para o Ubuntu LTS mais recente, porém optei pelo LE 4.0
Ainda estou implantando serviços como o Squid na escola... porém os alunos tem se adaptado legal, acho que a coisa vai pra frente.
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Em relação a implantação em Orgãos Públicos, realmente é complicado pois o usuário necessita de um treinamento no sistema, e muitas vezes ele é habituado aquela rotina de cliques... quando você muda isso, simplesmente tudo trava... Capacitação e dedicação dos funcionários, pode reduzir o impacto do sistema. Existe ai a necessidade de pessoas qualificadas para poder repassar o conteúdo que se adapte com a realidade de cada atividade desempenhada dentro do ambiente de trabalho.
[21] Comentário enviado por marciocarolino em 31/03/2015 - 09:36h
Bom dia Amigos!!!
Em relação ao Linux desenvolvimento pelo Ministério da Educação, posso afirmar para todos que o mesmo não é desenvolvido no setor de TI. Falo por experiência própria, pois já trabalhei lá. O OS Educacional, não é desenvolvido para melhorar a educação dos alunos, nem nada é apenas para mostrar na impressa que estão fazendo algo, o que na verdade, sabemos muito bem que só estão e piorando.