Arquiteturas suportadas
O sistema FreeBSD funciona nas arquiteturas i386 e X86-64 (AMD Athlon/Opteron ou Intel EM64T) comuns em computadores domésticos. O processador pode ser monocore (UP - Uniprocessor) ou multicore (SMP - Symmetric Multi-processor).
Se você possui um processador com arquitetura 32 bits, poderá utilizar FreeBSD na versão i386. Caso seu processador tenha a funcionalidade PAE - Physical Address Extensions - e seu chipset suportar essa quantidade de RAM, poderá utilizar mais de 4 GiB de memória RAM.
Nestas condições, o kernel BSD é capaz de manipular esse volume de memória mesmo em sistemas 32 bits. Entretanto, recomendamos atualizar seu processador para um sistema 64 bits quando possível. Sistemas 64 bits podem ser Multilib. Isso significa que um sistema nativo 64 bits também pode suportar aplicações existentes somente em 32 bits. Isso é definido no momento da instalação de FreeBSD.
Particionamento
Neste documento, estou supondo que FreeBSD será o único sistema operacional instalado. Deste modo, recomendo fortemente que caso venha a compartilhar o disco rígido e seus sistemas operacionais atuais com FreeBSD, esteja ciente que FreeBSD pode comer todo seu queijo.
Isto pode ocorrer mesmo com usuários considerados experientes. Talvez FreeBSD seja diferente de tudo que você já instalou antes. Por favor, considere esse aviso e evite transtornos para você mesmo!
Você pode utilizar o esquema de particionamento MBR - Master Boot Record - que permite 3 primárias e várias lógicas, mas saiba que a raiz de FreeBSD precisa ficar em uma partição primária e ele não abre mão disso!
FreeBSD Release 10 funciona melhor com o particionamento GPT - GUID Partition Table - este é o método de particionamento atualmente recomendado. Saiba que sistemas Windows de 32 bits não arrancam em GPT.
Sistemas Windows de 64 bits requerem UEFI-BIOS para funcionar com GPT e o Windows 8 funciona somente em sistemas com UEFI-BIOS + GPT + boot seguro. Isso te limita bastante em termos de dual boot entre FreeBSD com
Linux ou Windows. O particionamento GPT funciona muito bem em sistemas legados do tipo BIOS.
Não é necessário um sistema nativo UEFI-BIOS para usar GPT, pois este tipo de particionamento é independente da especificação UEFI. Virtualização pode ser uma resposta satisfatória para testes de instalação, pois permite errar sem causar danos reais aos sistemas já existentes.
Os padrões de tipo de partição em GPT para FreeBSD são:
- 0501 :: partição de arranque do FreeBSD bootloader. Tamanho padrão de 64 KiB.
- 0502 :: partição de troca (swap) do tipo FreeBSD.
- 0503 :: partições de dados (sistemas de arquivo UFS ou ext2).
O particionamento automático feito pelo instalador
bsdinstall. cria uma raiz, uma SWAP e a partição de boot. Esta configuração pode ser observada na figura a seguir. Os códigos para partições em MBR são diferentes dos códigos GPT, consulte com:
fdisk -l
Requerimentos de hardware
FreeBSD possui um requerimento de hardware muito baixo, sendo executado em sistemas legados como 486, K6-2, Duron, Sempron, Pentium 1, 2 ou 3. Entretanto, a experiência de uso de sistemas legados pode não ser satisfatória para a maioria dos usuários atuais.
Deste modo, recomendo uma configuração mais moderna, com no mínimo 1 GiB de RAM, 80 GiB de disco rígido, um processador Pentium 4 com suporte a Hyper Threading (HTT) ou um processador AMD equivalente (i686).
Preferencialmente, use um sistema Dual-Core para obter melhor desempenho. Processadores Monocore em 64 bits com HTT ativado, maior barramento, alta frequência do processador (clock), vão oferecer uma experiência satisfatória na instalação padrão em modo caractere.
Entretanto, se está em um ambiente de produção, um hardware atualizado é recomendado para explorar totalmente as novas funcionalidades do sistema. Não há garantia que todo o seu hardware seja reconhecido e instalado automaticamente.
Para as arquiteturas X86 e X86-64, há uma lista de hardwares suportados no sítio em:
FreeBSD utiliza as funções ACPI (Advanced Configuration and Power Interface), presentes nas BIOS modernas. Infelizmente, algumas implementações do protocolo ACPI em BIOS mais antigas apresentam erros (bugs) nas tabelas DSDT (Differentiated System Description Table).
Se o seu hardware apresentar problemas para arrancar o CD de instalação, talvez seja necessário desativar a função ACPI no menu de instalação. Atualizar a BIOS da placa mãe pode solucionar o problema na maioria das vezes.
Caso seja necessário desativar ACPI de modo permanente, isso pode ser feito inserindo a instrução:
hint.acpi.0.disabled="1"
....no arquivo
/boot/devices.hints, evitando o carregamento do driver ACPI que funciona como um módulo do kernel.