Linguagens de programação são como religiões, cada um adora e luta pela sua. Uma crônica publicada na revista PC Master (Ano 5, Edição 51, Por Leandro Calçada - leandro.calcada@europanet.com.br). Pode se comparar ela com o Linux vs o Windows e entre a briga dos usuários! Sempre que vejo xiitas falando isso e aquilo me vem a cabeça essa crônica.
Todos têm uma fé. Uns acreditam em Delphi, outros em Java. Há ainda os discípulos de C, de Visual Basic, HTML e outras tantas igrejas menores. São programadores, mas poderiam muito bem ser chamados de pastores.
Jamis ouse duvidar da linguagem preferida de um programador. Pode ser o caminho mais curto para a fogueira da Guerra Santa Virtual.
Como não podia deixar de ser, também cultivei a minha religião. Ainda brincava com BASIC, sem fazer nada de importante, quando conheci o Pascal. Um amigo baixara algumas apostilas de um BBS - ainda não se acessava à Internet - e assim que li fui abduzido.
Pela primeira vez na vida vi uma linguagem estruturada. Tudo muito lógico, restrito e, ao mesmo tempo, flexível. Talvez não tão eficiente quanto o todo poderoso C, que conhecia de fama, mas muito mais eficaz que o BASIC e perfeita para o correto aprendizado de programação.
Devorei as apostilas e em questão de dias já fazia programas em Pascal que nunca conseguira fazer em BASIC.
Convertido, jurei nunca mais usar "goto" e sempre adorar a estrutura perfeita das constantes, variáveis e sub-rotinas, organizadas e declaradas previamente, Já havia versões estruturadas de BASIC por aí, mas sempre era possível numerar as linhas. e desviar o programa usando "goto", uma verdadeira blasfêmia a ser evitada.
Veio então a interface gráfica, e o computador ficava cada vez mais acessível aos impuros e infiéis humanos normais. Peguei este trem um pouco atrasado, quando Windows 95 já se firmava como padrão de mercado e comecei a desenvolver em Delphi, que era baseado em Pascal. Percebi, porém, que apesar da minha firme convicção, as linguagens ditas inferiores não desapareciam. Pior.
Percebi que era possível sim, desenvolver programas bons até mesmo em Visual Basic. Minha fé perdera o sentido de ser.
Pode ser difícil de admitir, mas a sua linguagem de programação preferida, assim como o seu time de futebol, não ganha todas. A evolução, já dizia Darwin, depende da seleção natural e da diversidade. Não importa o quanto se brigue, sempre haverá alguém fazendo um programa melhor que o seu, na linguagem que você mais odeia. E não adianta nada jogá-lo na fogueira.
Tentaram esse método há uns mil anos atrás e não deu certo.
[3] Comentário enviado por marcops em 12/12/2007 - 11:21h
arg.. Basic, pascal delphi,
Me desculpe, mas tenho um verdadeiro horror as 3 linguagens citadas
Só desenvolvo em C/C++
mas cada um tem seu gosto! mas eu sou mais das loirinhas.. vc fica com as ruivas .. hahah :P
[4] Comentário enviado por tenchi em 12/12/2007 - 12:09h
Sinceramente não entendi. Este texto é uma crônica de outra pessoa, ou um texto feito por você inspirado na crônica original?
Seja como for, o autor se excedeu quando disse "Sempre que vejo xiitas falando isso e aquilo". Para ser melhor compreendido, use o termo "radical", pois xiismo é um vertente da religião islâmica.
Pois do modo como foi colocado, deu a impressão de estar ofendendo os usuários (GNU/)Linux que são adeptos à tal religião ;-)
E você - ou o autor original do texto - acabou fazendo a coisa mais detestada: Misturar um modelo de desenvolvimento de software com religião.
No mais, pascal é uma excelente linguagem para quem quer aprender programação. É muito didática ;-) Ela - freepascal , lazarus, etc - é uma das principais ferramentas que o software livre tem para atrair os antigos programadores em Delphi.
[8] Comentário enviado por engos em 12/12/2007 - 16:02h
Interessante, mas prefiro acreditar que a melhor linguagem é apenas uma e essa é a que o desenvolvedor dominar.
Mas só para deixar minha opnião registrada, quero ver algum "discipulo de Darwin" se quer fazer aplicações em qualquer linguagem diferente de C/C++ para monitoramento de hardware que esteja DESLIGADO e na rede, nem precisa ser melhor que a minha... :)
"A partir de agora, artigos de autoria de terceiros só serão aceitos mediante autorização do autor original, não bastando somente a citação da fonte, pois nunca se sabe se mesmo sendo citado, o autor gostaria de ter seu artigo publicado sem sua complacência."
Se o autor original não autorizou, então acho que:
1) O artigo deveria ser retirado OU
2) Alguém deveria pedir autorização para o autor.
Mas, se ele autorizou, então tô chovendo no molhado ;)
No mais, achei o texto bacana por mostrar a guerra que há entre programadores, cada um defendendo sua linguagem como um time-de-futebol. Há pouco tempo, num fórum, vi uns programadores de Java falaram mal de Lisp porque, segundo eles, esta linguagem não dava emprego, ao contrário do Java...
Não tenho nada contra o Java e o Lisp, mas fico irritado quando vejo pessoas falarem mal de alguma coisa porque "não dá dinheiro", incluindo linguagens. O que me consola é que o Linux também foi desprezado por causa disso há muito tempo, e hoje deu a volta por cima :D
[15] Comentário enviado por tenchi em 13/12/2007 - 09:40h
Ah, foi uma piada? Desculpe-me por não ter entendido.
Mas acho que posso rir agora: HAUAHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUAH
UAHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUAHUAHUAH
UAHAUAHUAHAUHAUAHUAHAUAHUAHAU
;-)
[18] Comentário enviado por albertguedes em 13/12/2007 - 13:02h
O que eu detesto é ter que aprender uma linguagem de programacao diferente a cada 3 meses. Não dá nem tempo de sentir o tal fervor religioso, pois vivo trocando de doutrina.
[20] Comentário enviado por JavaMan em 13/12/2007 - 13:52h
Podem falar o que for uns ficam com C outros com C++ e tem até adeptos de VB na verdade enquanto não inventarem uma linguagem multiplataforma melhor que o JAVA sou JAVA até a morte.
[21] Comentário enviado por jefferson_drake em 13/12/2007 - 21:14h
Prefiro o C (sem ++ ou --). Pra quem não se lembra o C foi desenvolvido por Dennis Ritchie e Brian Kernighan, e o objetivo era nada mais nada menos que desenvolver o UNIX. Quer dizer, quem gosta da linha "UNIX" gosta de C.
[23] Comentário enviado por cwars em 14/12/2007 - 00:12h
Minha religião é C também, ao qual nunca deixara de exister, C é perfeita, é completa, é simples, é bibliotecada, é multiplataforma compilada, é criadora de todos os sistemas operacionais, é independente, é imortal, é proxima ao assembly, é a origem de todas as linguagens, é o inicio, o fim e o meio...
e é sem frescura, o resto é só usar mastercard ^_^ ou mesmo aguarda a troca a cada 3 meses, com excessão de PhP, Java e qualquer outra da ideologia C/Unix
[25] Comentário enviado por wagnerdequeiroz em 14/12/2007 - 12:12h
Confesso que não li o artigo na revista, mas de toda forma achei interessante o termo igrejas menores. Embora eu seja partidario do Delphi, estou me convertendo ao Lazarus aos poucos.
Confesso que nao sou muito amigo do C, mas confesso que gostaria mesmo conhecer um programador C++ que me converta a essa poderosa linguagem, mas como achar um programador C++ com paciencia de converter infieis do Delphi ou outras linguagens é mais dificil que acreditar no Papai Noel.
Ainda quero aprender a fazer deviceDrivers por isso acho interessante encontrar o mito de achar um programador C++ com vontade de converter o proximo.
[26] Comentário enviado por javaMan em 14/12/2007 - 17:29h
Quem disse que C é multiplataforma ? Concordo que pode ser compilado em várias plataformas porêm não eh portavel como O PODEROSO JAVA !!!
Ou seja uma vez compilado o C funcionará na plataforma em que foi compilado já o JAVA uma vez compilado funcionará em qualquer plataforma que possua JVM !!!
[27] Comentário enviado por chaplinux em 15/12/2007 - 03:29h
Cuidado! Corinthians bateu muito no peito, "sou o tal!!!" Hoje onde ele ta?
Segundona..., Serie B.
Toda linguagem é Licita.... mais nem todas lhe convem... "Pos-Verbios 326 verciculo 112". hehehheheh
Mais voltando ao autor...
A foto do k33p denuncia... se num for o Teves é filho dele! huhuuhuhu.
[30] Comentário enviado por Teixeira em 16/12/2007 - 19:46h
Já programei em Assembly (vários "sabores"), Basic (idem), Cobol, e quando tive o meu primeiro contato com o Clipper Summer '87 (ainda da Nantucket) eu percebi o enorme ganho de tempo que teria ao desenvolver aplicativos para DOS.
Gostei em especial do Sinclair Basic, uma implantação cuja lógica era muito inteligente, mas que infelizmente não foi longe.
Acho que sempre fui um pouco eclético, mas havia um amigo meu que já havia então desenvolvido um pacote de aplicativos comerciais em Assembly, Cobol, Clipper e também em Mumps (atualmente "Tecnologia M").
Todos aqueles programas faziam exatamente as mesmas coisas, e embora uma daquelas linguagens pudesse não ser a mais "confortável" sob o ponto de vista do programador, para o usuário final era exatamente a mesma coisa, pois o programa efetivamente funcionava.
Programa compilado executa na liguagem do processador, portanto não interessa que linguagem foi utilizada - exceto quando tivermos de fazer alguma manutenção. E nesse ponto, o Visual Basic é péssimo.
Outro colega desenvolveu sozinho (em "C"), e com pouquíssimas consultas a manuais, um S.O. "Unix like" para um importante fabricante de hardware brasileiro.
Havia uma conhecida empresa de software carioca, cujos concorrentes apontavam como maior contra-argumento o fato de que seus aplicativos eram feitos em "Basic compilado" (segundo esses concorrentes, QUE HORROR!...)
Contudo, esses aplicativos eram muito eficientes.
Conclusão: Penso que a afinidade por uma linguagem de programação é conseguida principalmente através do conhecimento efetivo que se tenha (ou que se busque) dessa linguagem, embora a recíproca possa ser verdadeira.
Da mesma forma, podemos criar antipatia imediata por aquilo que desconhecemos.
O nome LISP era jocosamente interpretado como "Lots of Infernal, Stupid Parenthesis" (Um monte de parênteses infernais e estúpidos), em alusão à grande quantidade de parênteses utilizados naquela linguagem, e também em outras.
Por incrível que possa parecer, ainda há programadores Cobol em plena atividade! Aliás, com os recursos de edição de textos que temos atualmente, pode-se dizer que programar em Cobol é extremamente fácil (antes não era difícil, mas MUITO chato, por causa daquelas tais Divisions e daquele detalhe do "ponto" que não se podia esquecer ou trocar de lugar).
Porém o futuro está nas linguagens multi-plataforma, quaisquer que sejam, e independentemente de nossa vontade pessoal.
[33] Comentário enviado por removido em 19/12/2007 - 14:57h
.NET é do diabo!
Conhecida também como linguagem escrita pelo belzebu para proliferar terríveis bugs e travamentos pelo mundo.
É ceita... não sigam! se não irão para o inferno, além de ter que sacrificar tudo o que tiver na "Fogueira santa Enterprise Edition" para comprar a licensa do Visual Studio.