Meu primeiro contato com Basic Linux

Em primeiro lugar devo dizer que sou leigo em Linux, e que o presente artigo descreve a minha primeira experiência concreta com esse S.O.

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Por: Sergio Teixeira - Linux User # 499126 em 30/10/2007


Requerimentos mínimos e como colocar o S.O. em disquetes



Requerimentos mínimos para a versão em disquetes:
  • Intel 386 ou compatível
  • 12mb RAM
  • dois disquetes limpos (formatados no DOS)

Quanto maiores forem esses recursos, inclusive a memória de vídeo, melhor será o resultado. Tudo, é claro, tem um limite razoável. Não se deve matar formigas com bomba-atômica.

Devemos ter em mente que a intenção principal é a de aproveitar hardware que já esteja em nossa sucata. Talvez não valha a pena gastar dinheiro com tais máquinas. A decisão é, portanto, individual.

Como colocar BasicLinux nos disquetes

No arquivo zip você encontrará disk1.img e disk2.tgz.

Fazer o "Floppy 2" é fácil: Simplesmente copie disk2.tgz para um disquete vazio e nomeie-o como FLOPPY2.

"Floppy1" é mais complicado, pois uma simples cópia não é o bastante. Você tem que escrever a imagem raw (disk1.img) no disquete.

Dentro do Linux isto é feito com o comando dd:

# dd if=disk1.img of=/dev/fd0

Para quem não conhece Linux, "if" não significa "se (condição)", mas "input file", que quer dizer "arquivo de entrada". Consequentemente, "of" é "arquivo de saída" (output file).

Certos comandos do Linux podem não parecer muito intuitivos, mas são bastante poderosos. "/dev" significa "device", isto é, "dispositivo". "/fd0" é "floppy disk 0". Ah, e o "dd" é para "duplicar disco".

O que o comando acima faz é simplesmente copiar a imagem do disk1 para /dev/fd0, isto é, o que no Windows corresponderia ao floppy "A".

Traduzindo para nossa linguagem de humanos:

"Duplicar disco; Arquivo de entrada: disk1.img; arquivo de saída: Dispositivo: Floppy 0"

Esse tipo de sintaxe "copiar para cá, de lá" era muito comum nos tempos do CP/M e do lançamento do Unix. O MS-DOS inovou para "copiar de cá, para lá", que é mais intuitivo, sendo seguido por outros S.Os posteriores. O Linux porém permaneceu fiel às suas origens.

No DOS, use rawrite.exe ou fdimage.exe para escrever imagens raw. O arquivo zip do BL3 inclui o fdimage.exe, que foi o que eu usei. Aqui está o comando:

# fdimage disk1.img a:

ADVERTÊNCIA: O disquete usado para disk 1 tem de estar perfeitíssimo, sem bad sectors.

As rotinas para escrever imagens raw não são tolerantes a erros. Elas requerem cada byte dos 1,44 mB nominais do disquete. Muitas vezes disquetes "zero quilômetro" apresentam uns poucos setores defeituosos, o que impossibilita gravar a imagem corretamente.

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Páginas do artigo
   1. Começando do início
   2. Requerimentos mínimos e como colocar o S.O. em disquetes
   3. Dando boot, observações e conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 30/10/2007 - 17:04h

Para quem diz que "não entende de linux", seu trabalho com o BL3 está excelente...

Imagine quando souber!!!
;-)

[2] Comentário enviado por maran em 30/10/2007 - 23:34h

essas experiencias sempre são as melhores
se esse foi seu primeiro contato continue pois ta muito bom

valeu otimo artigo

[3] Comentário enviado por fulllinux em 31/10/2007 - 07:07h

Simplesmente Ótimo... nunca mexi com o BL, mas depois dessa fiquei com água na boca. Em relação a você nunca ter mexido no Linux, está bem preparado para escrever artigos de bom gabarito... acho legal só colocar um pouco mais do sotaque.... huahauhau

Meus parabéns... há bem vindo ao mundo!

[4] Comentário enviado por Bota Estrela em 31/10/2007 - 08:23h

Prezados Senhores.
Gostaria de saber como posso fazer um curso de Sefip da Caixa ou Conectividade ? Favor enviar uma resposta

[5] Comentário enviado por evilrick em 31/10/2007 - 09:57h

Caramba muito bom o artigo.
Esse basiclinux seria algo parecido com o "finado" coyote linux?

P.S: Rapaz, se eu conseguir "não entender de linux" que nem você, eu me sentirei feliz.

[6] Comentário enviado por cguerra em 31/10/2007 - 15:55h

Como ele colocou no começo, é uma tradução, muito bem feita por sinal!



bom artigo!

[7] Comentário enviado por Teixeira em 01/12/2007 - 17:50h

Com respeito ao "finado" Coyote Linux, não tem muito a ver.
Esse Coyote era "apenas" um firewall, enquanto o Basic Linux é uma distribuição mais-ou-menos completa, baseada no Slackware.

Mas descobri outra distro mais ou menos do mesmo tamanho do BL3, que se chama BlueFloppies, que utiliza o kernel 2.26.xx

Pelo que eu li (ainda vou baixar e testar) ele também cabe em dois floppies e permite a um 486 navegar na web usando uma memória de apenas 8 a 16 mB utilizando-se de um navegador mais moderno que o utilizado no BL3.

Não sei se vai funcionar na minha máquina, por causa das limitações de video. Mas que eu vou testar, ah, isso vou!...

[8] Comentário enviado por Teixeira em 01/12/2007 - 20:17h

OOps!
A distro se chama BLUEFLOPS e não BlueFloppies.
O kernel é 2.6.18 ck 1, portanto bem atual.
Usa o Rhapsody como cliente IRC, possibilita HTTPS, e usa SVGALIB.
Foi feito para a plataforma i386 e requer um mínimo de 16mB RAM
(ou apenas 8 mB "em caso de desespero")
Pelos requerimentos acima, vamos esquecer aquele negócio de 486 e passar a pensar em termos de 32mB RAM e SVGA (e não VGA). Assim fica bem mais real.
Ainda vou baixar e testar.
Desculpem os furos...



[9] Comentário enviado por jrmessi@gmail.co em 06/11/2009 - 07:03h

"o conceito de "ultrapassado" no Linux é bastante diferente do que é "ultrapassado" no Windows. Na "evolução" do Windows, quando o software se torna obsoleto, o hardware o acompanha à sepultura. " Essa definição coube como uma luva.


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