Quando iniciam no mundo Linux, os já viciados em Windows acreditam que konsole, terminal, xterm e etc são todos a mesma coisa. Em verdade, na maioria das vezes, sequer sabem o que é um xterm, uma vez que geralmente usam o KDE. Com o passar do tempo os mais afoitos por conhecimento passam a procurar gerenciadores de janelas alternativos e, pasmem, cadê o konsole?
Depois de abandonar de vez o KDE e o Gnome, trabalhei um certo tempo com o
Gnome-Terminal rodando sobre o WindowMaker, pois não havia me adaptado muito
bem ao xterm (principal terminal gráfico alternativo). Achei o xterm muito
pobre em recursos; cumpria seu papel, mas não me permitia criar um visual legal
para meu Desktop, não tinha suporte a abas, etc. Depois de alguma pesquisa
encontrei o Mrxvt, uma derivação do Rxvt, que por sua vez deriva do xterm.
Visual do Mrxvt com abas abertas
Desvantagens:
Não tem menu de opções;
Não tem menu popup (botão direito do mouse);
Copiar e colar não integrado a vários programas. Não tente no Mrxvt usar o tradicional "Ctrl + C" ou "Ctrl + V", eles não funcionaram; em algumas aplicações funcionará o "Ctrl + Insert" e "Shift + Insert", mas não em todas. Esse problema pode ser contornado usando o botão do meio do mouse: selecione o que deseja copiar (sem usar qualquer tecla, apenas o mouse), vá onde queira colar e pressione o botão do meio do mouse.
Tem o problema do "azul invisível". Sempre que você usar com ele fundos escuros, as pastas listadas com o "ls" serão quase invisíveis. Para resolver esse problema, altere a cor que será listada para as pastas ou então coloque uma cor de fundo na fonte das pastas. Para fazer isso siga essas instruções: http://www.vivaolinux.com.br/conf/verConf.php?codigo=471
Suas configurações devem ser determinadas por linha de comando. Ou seja, se quiser o Mrxvt, deverá abrí-lo com o comando "mrxvt -tr", assim como todas as outras opções de configuração. Para resolver esse problema é só criar um atalho, um appicon ou um shell script com os comandos desejados para abrir o Mrxvt;
Não tem suporte a links.
Vantagens e recursos:
O Mrxvt é mais leve que os outros terminais gráficos, inclusive mais leve que o xterm. Ele ocupa somente 5MB de memória. Isso se dá por sua simplicidade e também por não fazer uso de bibliotecas externas, exceto as bibliotecas do próprio servidor X;
Tem controle de abas fácil e intuitivo, suportando também atalhos de teclado;
É bastante configurável, embora tudo tenha que ser definido por linha de comando;
Tem muitas opções de transparência: transparência das abas, da barra de rolagem, das abas, etc.
O Mrxvt pode parecer um terminal gráfico fraco em recursos, mas não há ausência alguma que chegue a prejudicar o uso do mesmo. Qualquer usuário com alguma experiência em Linux pode driblar as dificuldades facilmente e sem nenhuma dor de cabeça.
Mrxvt personalizado com transparências e outras pequenas coisas
Para obter esse efeito eu usei o seguinte comando:
$ mrxvt -tr -trt -trs -bgfade 60 -tabfg lightblue -itabfg gray -fg white -cr white -fn 9x15
[3] Comentário enviado por davidsonpaulo em 12/07/2006 - 11:46h
Salve Fernando!
Beleza de artigo, bem detalhado, assunto pouco tratado, embora trate de algo que todos usamos constantemente.
Fiquei surpreso com sua afirmacão de o Gnome-terminal ser mais pesado que o Konsole, pois aquele sempre foi aberto mais rapidamente do que este, além de parecer mais ágil durante a operacão, sempre que pude compará-los. Talvez isso decorra das versões, uma vez que, no GNOME 2.14, ocorreu uma sensível melhora na manipulacão de memória dos seus aplicativos, fazendo com que a agilidade fosse aumentada grandemente (alguns testes mostraram o Gnome-terminal com uma execucão mais rápida até mesmo que o Xterm, embora o tempo de abetura e consumo de memória do Gnome-terminal fossem incrivelmente maiores).
Mas é isso aí, terminal é que nem gerenciador de janelas: cada um tem o seu. :-) Gostei de conhecer o Mrxvt, vou testá-lo assim que tirar uns minutinhos pra dar uma mexida sem compromisso. Gosto muito da sensacão de a janela do terminal abrindo-se instantaneamente, coisa que não acontece com o Gnome-terminal.
[4] Comentário enviado por fsamoreira em 12/07/2006 - 12:44h
salve davidson!
eu nao fiz os testes, mas teoricamente o que acontece é o seguinte: o gnome-terminal carrega menos bibliotecas externas junto com ele, diferente do konsole que precisa carregar as kdelibs. sendo assim, quando você abre o konsole numa windowmanager diferente do kde ele vai pesar muito e vai demorar mais para abrir, pois vai ter que carregar todas as kdelibs, o que, exagerando um tanto, é quase como carregar o kde inteiro na sua máquina. Se considerado esse detalhe o konsole é mais pesado que o gnome-terminal quando aberto fora do kde (quando aberto no kde as kdelibs já estaram carregadas).
por isso que o gnome-terminal parece mais leve, porque fora do kde ele realmente é.
[6] Comentário enviado por agk em 12/07/2006 - 15:06h
Muito bom, bastante interessante essas comparações, utilizo o konsole estou muito satisfeito com ele, pois atende as minhas necessidades com os recursos que tem.
mrxvt*cursorBlink: true
mrxvt*cursorBlinkInterval: 1000
mrxvt*geometry: 80x25
mrxvt*cursorColor: white
mrxvt*initTermNumber: 5
mrvxt*borderLess: true
mrxvt*bottomTabbar: true
mrxvt*hideButtons: true
mrxvt*transparent: true
mrxvt*transparentTabbar: true
mrxvt*backgroundFade: 100
mrxvt.scrollBar: false
mrxvt.pointerColor: black
mrxvt.cursorColor: red
mrxvt*tabForeground: white
mrxvt*itabForeground: forestgreen
mrxvt*font: 9x15
!mrxvt*xft: true
!mrxvt*xftFont: Bitstream Vera Sans Mono
!mrxvt*xftmFont: Bitstream Vera Sans Mono
!mrxvt*xftAntialias: true
!mrxvt*xftWeight: normal
!mrxvt*xftSlant: roman
!mrxvt*xftHinting: true
!mrxvt*xftAutoHint: true
!mrxvt*xftGlobalAdvance: true
!mrxvt*xftWidth: normal
!mrxvt*xftRGBA: rgb
!mrxvt*xftSize: 10
[8] Comentário enviado por feraf em 12/07/2006 - 17:32h
Olá,
Não sei qual versão do gnome-terminal você usou, pois a versão 2.14 (a última versão estável) está muito mais rápido e leve, devido a melhorias no Gtk e na renderização de fontes do terminal. Segundo a Gnome Fundation (http://www.gnome.org/start/2.14/notes/en/rnusers.html) ele se tornou até mais rápido que o Xterm. Se bem que se você não usa gnome (ou Xfce) não vale a pena usá-lo.
[9] Comentário enviado por PCMasterPB em 12/07/2006 - 20:32h
Muito interessante teu artigo, mas senti falta do aterm, ele é um terminal a meu ver bem leve e bem customizavel, como transparência e tal. Teria tb o eterm, os dois, aterm e eterm, são bastante difundidos na comunidade linux em geral, principalmente quem usa o Fluxbox ou Blackbox. Flw. ;D
[10] Comentário enviado por grabber em 12/07/2006 - 21:38h
Parabéns pelo artigo! Tem só um detalhe, o fato de quando executamos um programa em determinados terminais ele ficar dependente do console é relativo. Para solucionar este problema...
PROGRAMA & (o "&" cria um processo independente em background).
[11] Comentário enviado por Phantom X em 13/07/2006 - 00:46h
Quero lembrar que o "Mrxvt" veio do "aterm", que veio do "rxvt", tanto que o mrxvt se chamava "materm" a uns tempos. Por isso, não se preocupem por ter faltado o "aterm", pois são bem parecidos no uso, a não ser a falta de abas neste último.
[13] Comentário enviado por GilsonDeElt em 30/06/2007 - 12:46h
Cara, muito bom seu artigo.
Ficou bem explicado.
Uso o KDE, e não acho o Konsole tão pesado assim. Ele levou 3 segundos pra abrir no meu PC - 3 segundos na primeira carga e 2 na segunda (256 mb RAM, Konqueror com 9 abas abertas, Kopete, KPPP, GKrellM e amaroK rodando).
Nunca tinha ouvido falar do MRxvt e nunca usei Gnome-Terminal.
Já usei o Rxvt no meu Fluxbox e até gostei,
mas o tal de xterm é muito "simples", dá só pro básico do básico (é só uma opinião minha).
O Yakuake também é bom, mas prefiro meu velho Konsole.