Usando o Linux como um studio de gravação (parte 1)

Neste artigo, que será o primeiro da série (espero que sejam apenas 2 partes), faço uma recapitulação da história da evolução musical, que vem desde o primeiro fonógrafo, criado por Thomas Edson, passa pelos discos de vinil e chega ao CD.

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Por: hermes nunes pereira junior em 12/12/2006


Introdução



Muitos mitos cercam a produção e funcionamento de um estúdio musical. Os equipamentos, os recursos técnicos, tudo é meio como que mágico, fantástico.

Um pouco de História (O tempo não pára - Como diria o velho Cazuza)

Apesar do ritmo frenético em que vivemos quanto aos avanços tecnológicos, é bom a gente conhecer um pouco sobre como eram feitas as primeiras gravações.

Uma das primeiras, senão a primeira experiência de gravação de som, foi feita por Thomas Edson), o fonógrafo. Ele criou um cilindro coberto por um papel de alumínio, lá dentro uma agulha pressionava o papel alumínio, que ao emitir o som, fazia com que um diafragma que estava na ponta da agulha reproduzisse o som.

Estes homens e suas idéias magníficas. A partir daí foram sendo criadas novas tecnologias que se sobreporam em facilidade e capacidade sobre as anteriores.

Em 1887 houve uma evolução na forma como eram gravados os sons, um alemão chamado Emil Berliner criou o Gramofone, que diferia do fonógrafo por gravar os sons não mais em um cilindro, mas em um disco plano de plástico ou de cobre coberto de cera. Neste novo equipamento a gravação dos sons eram feitas por uma agulha que fazia um sulco concêntrico (em espiral) na superfície do disco. A reprodução era feita de maneira semelhante, uma agulha era colocada no suco do disco, ao ser rodado a agulha passava pelos sulcos e as vibrações eram reproduzidas por um alto falante que estava acoplado na extremidade da agulha.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Evolução, evolução e evolução. Nos tempos do Vinil
   3. Conclusões da era analógica - Início da era Digital
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Comentários
[1] Comentário enviado por rafaelcosta1984 em 12/12/2006 - 15:51h

quando vai sair a parte 2 do artigo ? vai explicar como posso criar um studio de gravação no linux ?

[2] Comentário enviado por marcrock em 12/12/2006 - 18:03h

Parabéns pelo artigo!!!

Na segunda parte você poderia analizar alguma ferramenta de gravação e edição de áudio no GNU/LINUX!!!!!!

[3] Comentário enviado por r@quel camargos em 12/12/2006 - 20:27h

nossa!! parabens, amei o artigo, como disse voce o tempo não para, e
quando nos damos conta vimos o tanto que evoluiu e nos nem nos damos conta!! manda ve o proximo artigo !! tomara que ele seje tão interessante quanto este... ja te dei nota 10!!!

[4] Comentário enviado por kram3r em 12/12/2006 - 21:15h

rafaelcosta1984 e marcrock,
caras se vcs querem mesmo criar um estúdio de gravação em linux, da uma olhada no site do estudiolivre http://www.estudiolivre.org lá existe diversas informações sobre softwares multimidia em softwares livre em especial linux.
Abraços e qq coisa entra em contato (kram3r em gmail com)

[5] Comentário enviado por freakcode em 12/12/2006 - 22:41h

Ele não analisou porque simplesmente há poucos (e ruins) programas para áudio no GNU/Linux.

O melhor disparado é o Audacity, mas ele é apenas editor wave, e não gravador multipista.

Tem o ardour também, entre outros, mas esses, além de antigos, não funcionam direito.

É uma grande carência aqui no Linux. Também faltam programas bons de edição de vídeo.

[6] Comentário enviado por hnpjunior em 13/12/2006 - 07:53h

No segundo artigo vou analizar o áudio digital, formas de compressão.

Os softwares de edição serão analizados no terceiro artigo. O Audacity é bom, mas tem algumas limitações, o ardour é bom também, o protux talvez seja o mais completo, mas a gente vai discutir isso com detalhes, certo?

[7] Comentário enviado por msousafaria em 13/12/2006 - 15:57h

poxa!!! ótimo artigo... escreve mto....
parabéns pra vc pelo artigo....
entendido de música o minino heim!? além de Linux.....
PARABÉNS mesmo....

[8] Comentário enviado por Quinn Laus em 14/12/2006 - 10:42h

Olha, meu rapaz...
Sou um ano mais velho que você, e você pode conhecer bem sobre música; eu também conheço e trabalhei durante 18 anos da minha vida com eletrônica na área de áudio. O que quero dizer é que no seu comentário existem alguns meros erros: A primeira gravação foi feita sim por Thomas Edson, o fonógrafo, só que ele era um cilindro de ESTANHO que foi gravado por sulcos e então reproduzia o som ao ser girado através de uma agulha levemente pressionada sobre esse sulcos e não um cilindro recobetro por alumínio. E não é ele que reproduzia o som, e sim o diafragma que por sua vês recebia as vibrações desde a agulha.
Você fala que em 1887, um alemão criou o gramofone. Tá certo que os alemães sempre foram muito inteligentes. Mas naquela época não existia o plástico!!! E muito menos o alto falante!!! Você deveria ter dito CONE. Pô meu rapaz!!! Desse jeito vou te levar para o programa do Jô Soares 11:30.
Espero que nos próximos comentários você pesquise mais, antes OK?


[9] Comentário enviado por hsilva em 14/12/2006 - 20:47h

Excelente ... estou desejoso pela 2a parte :D

[10] Comentário enviado por Century_Child em 15/12/2006 - 03:16h

Eu já brinquei com isso, consegui gravar umas MIDI's com JACK + Rosegarden + ZynAddSubFX. Mas não fui muito longe, porque meu som é onboard e BEM fraquinho.

[11] Comentário enviado por Czuber em 15/12/2006 - 17:20h

Existe uma distribuição baseada no Debian voltada para a produção de áudio que usa bastante coisa boa:

http://www.agnula.org/

Ela utiliza uma API - ECASound, que pelo que eu andei estudando parecia bem completa, inclusive suporta faixas ilimitadas...

O problema do ECASound é que o único frontend desenvolvido pra ele foi feito em TCL/TK - o TkECA... Ou seja, tem uma interface bem simples, mas eu garanto, funciona... (Acabei de achar um frontend em Gtk+, o VISECAS http://visecas.sourceforge.net/ , parece legal) Muitos dos que eu usei tive dor de cabeça e o resultado não foi muito bom!

Outro projeto que se lembrarmos do PROTOOLS, ferramenta profissional de primeira linha, pelo menos o nome tem a ver, é o PROTUX. Ele usa o Mustux e o JMB na usabilidade, "uma API interessante que junta uso do Teclado + Mouse" - só não me pergunte. O problema é que nunca consegui usar pq sempre deu pau, mas um dia funcionou e o projeto parece legal o autor é um brasileiro e agora passaram ele pra Java, interessante... O link é:

http://protux.sourceforge.net/

Só que o site parece meio abandonado, sei lá...

É isso, espero ter contribuído!
[]s
André

[12] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 17/12/2006 - 16:05h

Beleza! É assim que se começa, mostrando as raízes da coisa toda.

[13] Comentário enviado por Teixeira em 23/12/2006 - 20:30h

Já trabalhei em/com estúdio lá pelos anos 50 a 70. Havia o fio magnético (era uma espécie de arame que arrebentava muito) que antecedeu a fita plástica magnética. No princípio tudo é realmente muito difícil, até mesmo escrever um artigo sobre um assunto desses. Ficam aqui meus parabéns e meu incentivo para que o amigo continue, apesar de alguma possível incorreção. Afinal, não é propriamente a teoria dos primórdios que nos interessa, mas que esta seja seja bem dosada com os assuntos práticos. O Cilindro de Edson poderia ser de zinco, cobre, latão, alumínio, etc., que o resultado não seria diferente. O principio de funcionamento é que as vibrações recebidas pela agulha eram amplificadas mecanicamente em um cone de metal (assim como um megafone-de-camelô). Agulha e cone faziam parte de um mesmo dispositivo, embora houvesse uma articulação que permitia levar a agulha até o cilindro gravado. Acho que isso é o suficiente para matar as curiosidades e centrar o assunto. Aguardo a continuação.
[]'s Teixeira

[14] Comentário enviado por Teixeira em 23/12/2006 - 20:55h

Desculpe meter a colher outra vez. Havia também os tais discos de 78 RPM prensados em um material à base de cera de carnaúba e também feitos de baquelite. Na prática, quanto maior a velocidade de rotação, "melhor" era a qualidade do som. Os sons graves não afundavam os sulcos, mas os tornavam largos (ou amplos) a ponto de querer invadir os sulcos vizinhos. Assim, como as matrizes primárias eram gravadas em tornos verticais, pasou a ser empregada a técnica do "passo variável". Com isso, um sensor colocado em conjunto com a cabeça de gravação (que gravava com um retardo de frações de segundo) "avisava" que um som forte ou grave viria a seguir, e isso fazia com que o motor que controlava o passo acelerasse um pouco, a fim de afastar os sulcos de forma que não houvesse invasão.
Com isso quero dizer que havia dois motores: Um de rotação constante e outro que podia ser acelerado em momentos oportunos e que controlava o passo.
A propósito, os discos velhos pulavam exatamente porque o material da superficie se arranhava ou rompia e a agulha voltava pelo sulco por onde já havia passado anteriormente.
Com o conceito de "alta-fidelidade" foi introduzido o conceito de gravar com amplificadores mais estáveis e muito mais potentes, sobre um filme de acetato sobre base de alumínio, onde os sulcos podiam ser gravados sem a tremenda resistência mecânica que os demais materiais exerciam.
Esses tais acetatos, como eram chamados, não chegavam às nossas casas. Eram apenas matrizes para galvanoplastia, para que fossem feitas as formas de níquel que passariam a prensar nossos discos de vinil.
Antes da alta-fidelidade o som de moedas caindo ao chão era apenas um suceder de "toc-tocs".
"Plim-plim", nem pensar!!!
[]'s Teixeira



[15] Comentário enviado por dastyler em 17/06/2009 - 09:07h

Otimo artigo...e no linux gostaria de citar tbm a excelente suite PlanetCCRMA, que traz diversoso softwares voltados a produção musical. Só que esta disponivel apenas para o Fedora.
Eu utilizo Hydrogen, Rosegarden4, e digo que são softwares muito interessantes de se trabalhar com audio.


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