Usando partições e sistemas de arquivos

Este artigo está dividido em quatro partes: Introdução sobre partições e sistemas de arquivos; Criando partições e sistemas de arquivos; Montando e desmontando sistemas de arquivos; Gerenciando partições e sistemas de arquivos.

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Por: Cristian Alexandre Castaldi em 02/01/2006


Gerenciando partições e sistemas de arquivos



4.1 du


O comando du exibe o espaço ocupado por arquivos e sub-diretórios dentro do diretório atual. As suas opções de uso são:
  • -a - Mostra todos os arquivos e não somente diretórios
  • --block-size - Mostra os arquivos por tamanho de blocos
  • -b - Mostra o tamanho em bytes
  • -c - Mostra um total no final da listagem
  • -h - Mostra as informações de forma mais clara, utiliza M para megabytes e G para Gigabytes
  • -H - Mostra as informações do mesmo modo que a opção –h, porém o tamanho de bloco é 1000 e não 1024.
  • -k - Mostra o tamanho em kilobytes
  • -l - Mostra o espaço utilizado pelos links simbólicos.
  • -m - Mostra o tamanho em megabytes
  • -S - Não mostra os subdiretórios na contagem
  • -s - Mostra um sumário do diretório especificado e não o total de cada subdiretório
  • -x - Omite diretórios de arquivos de sistemas diferentes
  • -X - Exclui arquivos iguais a um determinado arquivo.

Observe o exemplo:

# du -h /boot
12k     /boot/lost+found
1.9M    /boot

4.2. df


O comando df, como mencionado anteriormente, mostra o espaço utilizado por um sistema de arquivos. Ele possui as seguintes opções de uso:
  • -a - Mostra todos os sistemas de arquivos, até mesmo os com 0 blocos de uso.
  • --block-size - Mostra os sistemas de arquivos por tamanho de bloco.
  • -h - Mostra as informações dos sistemas de arquivos de forma mais amigável, utiliza K para kilobytes, M para megabytes e G para gigabytes.
  • -H - Mostra as informações do mesmo modo que a opção –h, porém o tamanho de bloco é 1000 e não 1024.
  • -i - Mostra o número de inodes disponíveis no disco.
  • -k - Mostra o número de kilobytes disponíveis no sistema de arquivos.
  • -l - Lista somente as informações de sistemas de arquivos locais
  • -m - Mostra o número de megabytes disponíveis no sistema de arquivos.
  • -P - Usa o padrão POSIX no formato de saída das informações dos arquivos de sistema.
  • -t - Mostra somente os sistemas de arquivos de um determinado tipo especificado. Ex: df -t ext3.
  • -T - Mostra os tipos de sistema de arquivos usado por cada sistema de arquivo listado.

Observe o exemplo:

# df -h
Filesystem   Size   Used   Avail  Use%  Mounted on
/dev/sda3    1.4G   62M    1.2G   5%    /
/dev/sda1    45M    5.9M   37M    14%   /boot
/dev/sda5    3.7G   659M   2.8G   19%   /usr
/dev/sda6    463M   40M    400M   9%    /var
/dev/sda7    942M   17M    877M   2%    /tmp
/dev/sda8    3.1G   33M    2.9G   2%    /home
/dev/sdb2    1.9G   33M    1.7G   2%    /mnt/particão1

4.3. fsck


O comando fsck é usado para checar e opcionalmente reparar um ou mais sistemas de arquivos Linux. Depois de executado ele retorna as seguintes condições:
  • 0 - Não houve erros
  • 1 - Sistema de arquivos com erros corrigidos
  • 2 - O sistema deverá ser reinicializado
  • 4 - Sistema de arquivos com erros não corrigidos
  • 8 - Erro operacional
  • 16 - Tratamento ou erro de sintaxe
  • 128 - Erro de bibliotecas compartilhadas

Observe algumas opções:
  • -s - Serializa as operações checando múltiplos sistemas de arquivos em um modo interativo.
  • -t - Especifica o tipo de sistema de arquivo a ser checado.
  • -A - Checa todos os arquivos de sistemas listados no arquivo /etc/fstab
  • -c - Checa por bad blocks
  • -r - Mostra um prompt interativo caso haja mudanças
  • -b - Usa um superbloco alternativo
  • -f - Força a checagem mesmo se o sistema de arquivos estiver marcado como limpo
  • -l - Adiciona bad blocks para a lista
  • -L - Retira bad blocks da lista
  • -p - Repara automaticamente o sistema de arquivos
  • -y - Executa o fsck de modo interativo, não fazendo nenhuma pergunta ao usuário.
  • -v - Exibe informações completas sobre o sistema de arquivos.

A checagem do fsck é feita em cinco etapas:

1. Checagem de inodes, blocos e área;
2. Checagem da estrutura de diretórios;
3. Checagem da conectividade dos diretórios;
4. Checagem da contagem de referência;
5. Checagem da informação de sumário de grupo.

Observe o exemplo:

# fsck -v -f /dev/sda1
fsck 1.27 (8-Mar-2002)
e2fsck 1.27 (8-Mar-2002)
/dev/sda1 is mounted.  

WARNING!!!  Running e2fsck on a mounted filesystem may cause
SEVERE filesystem damage.

Do you really want to continue (y/n)? yes

/dev/sda1: recovering journal
Pass 1: Checking inodes, blocks, and sizes
Pass 2: Checking directory structure
Pass 3: Checking directory connectivity
Pass 4: Checking reference counts
Pass 5: Checking group summary information

      23 inodes used (1%)
       0 non-contiguous inodes (0.0%)
         # of inodes with ind/dind/tind blocks: 4/2/0
    7513 blocks used (15%)
       0 bad blocks
       0 large files

      11 regular files
       2 directories
       0 character device files
       0 block device files
       0 fifos
       0 links
       1 symbolic links (1 fast symbolic links)
       0 sockets
--------
      14 files

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Criando partições e sistemas de arquivos
   3. Montando e desmontando sistemas de arquivos
   4. Gerenciando partições e sistemas de arquivos
   5. Bibliografia
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Comentários
[1] Comentário enviado por halquimista em 02/01/2006 - 08:59h

Parabens pelo artigo! Acabo de esclarecer muitas dúvidas minhas em relação a partições! Principalmente na configuração do fstab!
Parabens!!!

[2] Comentário enviado por agk em 05/01/2006 - 09:17h

Olha fazia tempo que não via artigos tão bem escritos, você está realmente de parabéns. Apesar de se obter essas informações em man pages, esse artigo reune e explica uma série de detalhes referentes a particionamento e montagem das partições.
Eu sempre tive dúvidas em relação a quais opções usar no fstab, após ler o artigo ficou bem mais claro. Mesmo assim, ainda tenho algumas dúvidas, não sei se cabe perguntar aqui, mas vamos lá.
No caso específico de dispositivos usb, como eu faço a configuração deles no fstab, essa é uma dúvida antiga que tenho, considerando que já consegui fazer com que os dispositivos montem automaticamente, mas apenas o usuário root tem permissões de leitura/escrita.
Acredito que seja algum problema de configuração no fstab, mas como configurar isso?
Eu utilizo assim no fstab:
none /proc/bus/usb usbfs defaults 0 0

Quando um dispositivo usb é inserido o usbfs cria o dispositivo em /dev, então presumo eu que esse dispositivo deva ser criado com permissões suficientes para que os usuários "comuns" do sistemas possam acessá-los.
Eu tentei diversas configurações, todas sem sucesso:
none /proc/bus/usb usbfs uid=0,devgid=100,devmode=077,umask=0000 0 0
none /proc/bus/usb usbfs default,devuid=1000 0 0
none /proc/bus/usb usbfs uid=0,devgid=1000,devmode=0660 0 0
none /proc/bus/usb usbfs devmode=0666 0 0

Tem alguma forma de se especificar as permissões para a criação de devices através do fstab?
Bem o artigo está excelente, desculpa o tamanho do comentário.
Se alguém puder me ajudar, desde já agradeço, [ ]'s.

[3] Comentário enviado por crildo em 09/01/2006 - 23:14h

agk tente essa entrada no /etc/fstab

none /proc/bus/usb usbdevfs users,ro ou rw 0 0

Para maiores informações dê uma olhada nesse site aqui:
http://www.linux-usb.org/USB-guide/x173.html

[4] Comentário enviado por capeleiro em 12/01/2006 - 13:29h

Cara.
Parabéns.
Realmente um excelente arquivo, prático e de bom entendimento, para mim que sou iniciante no Linux , foi um achado. Realmente estes são so tutoriais que valem a pena ser lidos .
Valeu,
Abraços.

[5] Comentário enviado por removido em 22/01/2006 - 13:52h

Aí Crildo mandou bem nesse artigo, além de muito bem escrito e elaborado explicou muito bem deixando claro para muita gente que necessita desse artigo. Espero que continue assim; logo vou escrever meu primeiro artigo para a comunidade e vou me espelhar no seu belo trabalho para não fazer feio. Fui.....

[6] Comentário enviado por DHRS em 08/06/2006 - 10:40h

Buenas. Colega!

Parabéns mesmo, como já colocado pelos colegas acima. Este artigo informa a todos de uma maneira clara e simples, assim as dúvidas podem ser esclarecidas de formarápida e fácil.

Um grande Abraço. []'s-Gurizito-

[7] Comentário enviado por Skilo em 04/07/2006 - 14:45h

Ei cara, realmente o artigo esta bem esclarecedor, parabéns.

Agora queria lhe pedir uma ajuda com relação ao servidor de arquivos que alguns amigos meus estão montando:

eles conseguiram instalar o slack 10.2 em um dos 3 hds SCSI e agora os outros dois hds não estão visiveis na interface gráfica do slack, o=como eu faço para poder enxergar os outros hds para fazer o espelhamento?

[8] Comentário enviado por carlinux em 01/11/2006 - 09:18h

Cara esse seu artigo me ajudou muito nesse início de convivio com Linux, me tirou diversas dúvidas a respeito de partições!!!!!!!!!!!!!


Abraço

[9] Comentário enviado por pbasque em 04/01/2007 - 11:52h

crildo , parabéns. Ficou shou o artigo. uma leitrua bem clara e compreensilvel.

Só uma problema pelo qual estou passando, precisei trocar o hd de um cliente por conta do espaço em disco insuficiente. Adicionei um disco novo de 80 GB Tenho um RH9 instalado devidamente no hda
hda1 = /boot
hda2 = /
hda3 = /home

porem tem um outro disco de 40 " meu antigo disco" instalado na secondary master

seria meu hdc, e esse disco é quem esta instalado a algum tempo atraz, com todo o sistema, tbm é um RH9, com Grub partionado da mesma maeira que o de 80 Gb.
O que não estou conseguindo fazer é montar esse disco de 40

tentei
" mount /dev/hdc2 /mnt/disco-antigo "
" mount /dev/hdc3 /mnt/disco-antigo "

mas não montou
A secondary está funcionando com certeza
acho q está faltando algo na sintaxe, tentei colocar no final "-ext3"
OBS todas as portições estão formatadas como EXT3

Se alguem tiver uma dica agradeço.

até mais e obrigado.

[10] Comentário enviado por rbn_jesus em 23/03/2007 - 17:04h

Estou com um problema em LVM, creio que vc possa me ajudar...
tenho uma configuração lvm em apenas 1 dispositivo, da seguinte forma:
xda1 - /boot - ext3
xda2 - lvm (lvm1 - / - ext3; lvm2 - swap)

como recupero as informações da 1ª partição do lvm neste despositivo?

[11] Comentário enviado por lucasa em 21/06/2007 - 14:29h

Estou querendo criar uma partição escondida (hidden) do tipo Fat32.
Mas procurei na internet e não achei como criar este tipo de partição, só com o uso de programas proprietários como o Partition Magic.
Meu objetivo mesmo é conseguir montar as partições escondidas no linux em um HD USB, mas que estas partições escondidas não possam ser detectadas por meu aparelho de DVD com entrada usb.
O problema é que o dvd não pode tratar dispositivos com mais de uma partição.
Obridado por qualquer informação. Sou um usuário avançado mas não sei o q fz :-/.

[12] Comentário enviado por icefusion em 22/10/2007 - 15:37h

Muito bom artigo brother....parabéns mesmo.....continue assim...

[13] Comentário enviado por fasseabra em 23/09/2008 - 22:34h

Mto bom - estou estudando p/ um Concurso e ja me abriu bem a mente.
É isso ai - Vlw


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