Acredito que todos os estudantes de computação já tiveram ou tem uma matéria de Lógica em sua grade curricular. É muito frequente ter, e todos que eu conheço, tiveram. O estudo desta matéria "Lógica para computação", começa no primeiro ou segundo semestre e pode se estender ao resto do curso. O que sabemos, é que a Lógica é utilizada sempre, e vale para a vida inteira.
Começando pelas proposições, que são encontradas a partir da letra "P", ou seja, são denominadas: p, q, r, s, t..., a, b, c...
São divididas em duas: Proposições Simples e Proposições Compostas.
Proposições simples contém apenas uma proposição. Proposições compostas, é a junção entre duas ou mais proposições.
Exemplos:
Um exemplo de proposição simples pode ser P:"Ariel usa wordpress".
Um exemplo de proposição composta pode ser P:"Ariel usa wordpress e não mora com nerds".
Além disso, uma proposição pode adquirir dois valores: Verdadeiro (1) ou falso (0):
P: V(verdadeiro), porque de fato Ariel usa wordpress.
P: F(falso), porque Ariel mora com nerds.
Para a prova real das proposições, pode ser necessário o desenvolvimento de tabelas verdade. Para cada composição, utilizamos operações lógicas.
Começaremos com o operador NÃO, que é representado pelo caractere '~' (til, na língua portuguesa).
O operador não nega a proposição que está em sua frente, é como se fosse utilizada a expressão -1 para multiplicar uma expressão, deixando a proposição ao contrário que é real.
- Por exemplo: 1 - p: O Brasil ganhou a copa do mundo de futebol em 2002. '~p' significa dizer que 2 - "O Brasil não ganhou a copa do mundo de futebol em 2002".
Um operador pode anular outro, caso a sequência deles seja par, como por exemplo: 3 - ~~p, significa dizer que "O Brasil não não ganhou a copa do mundo de futebol em 2002", ou seja, é equivalente a afirmar que o Brasil ganhou a copa de 2002.
O valor lógico inicial era V, então 1 é V, 2 é F e 3 é V.
Para saber a quantidade de linhas de uma tabela verdade de uma proposição composta, devemos elevar 2 na potência N, onde N representa a quantidade de proposições simples.
Inicia-se com metade dos valores lógicos verdadeiros para a primeira coluna, e o resto falso. A segunda linha equivale à metade dos valores verdadeiros da primeira coluna, juntamente com metade dos valores falsos da primeira coluna, iniciando com verdadeiro e repetindo até que seja completado o valor de linhas e termine com a alternância entre uma proposição verdadeira e uma falsa.
[1] Comentário enviado por nicolo em 21/12/2011 - 13:23h
Exceto as simbologia que os escoláticos mudam de tempos em tempos, a tal de lógica é ensinada em escolas de ciências tecnológicas, desde a matemática até desenho industrial.
A teoria básica é bastante mecânica, na prática as coisas são bem mais complexas.
A lógica pertence às ciências mais simples, a complexidade vai crescendo do básico para a realidade.
Algo assim:
Simples: matemática e computação .
medianamente complexos : física , química, engenharia.
Complexidade aumentada: Biologia, medicina, organizações humanas.
E assim por diante.
[3] Comentário enviado por arieldll em 21/12/2011 - 20:45h
bakunin, é verdade. A lógica parece simples, porém é muito mais complexa que parece.
danilo neves, poisé, geralmente se estuda no primeiro ou segundo semestre.
[6] Comentário enviado por lcavalheiro em 22/12/2011 - 11:50h
A Lógica pertence à Filosofia, bakunin. Nós (i.e., pessoal da área de Filosofia) estudamos, desenvolvemos e convencionamos a notação a ser usada.
Maran, isso tem outro nome, e não pertence à Lógica Matemática. O nome disso que você lembrou é silogismo (duas proposições categóricas como premissas, uma proposição categórica como conclusão) imperfeito (porque usa proposições singulares), e os silogismos são o domínio da Lógica Clássica. Ademais, esse silogismo que você lembrou não é válido, pois a conclusão não se obtém das premissas apenas (explicando: Lógica é acentuada, mas não precisa ser proparoxítona por causa disso).
Ariel, a Lógica é simples. Que nem o Slackware.
Sobre o artigo. Bem introdutório, mas de excelente qualidade. Faltou abordar um tema bastante recorrente nos estudos de Lógica Proposicional formal, que é reescrever as tabelas verdades de um operador usando outro operador mais a negação. Exemplo:
p ^ q |= ¬( ¬p v ¬q)
E outras coisinhas que meus alunos no Ensino Médio estudam...
Ah, faltou dizer que só os americanos usam o ~ para a negação. O resto do mundo reconhece o ¬ como operador de negação.
[7] Comentário enviado por nicolo em 22/12/2011 - 12:02h
lcavalheiro; A lógica não pertence á filosofia, assim como os químicos e físicos disputam o átomo, mas o átomo não tem escritura em cartório.
A lógica pertence ao pensamento... aos amigos (philos) da Sophia.
[8] Comentário enviado por lcavalheiro em 22/12/2011 - 12:06h
Realmente me expressei mal, bakunin, mas não usei pertencer no sentido de propriedade, mas no sentido de ser pesquisada por. É certo dizer que a Lógica é a língua materna de Sophia, e a língua de seus amantes, mas é igualmente certo dizer que não compete aos matemáticos pesquisá-la ;-)
[9] Comentário enviado por arieldll em 22/12/2011 - 12:58h
lcavalheiro, o artigo e so de introducao. Eu estava pensando em fazer a continuacao dele, abordando implicacao logica, propriedades, equivalencia logica, intervalos e proposicoes abertas.
[11] Comentário enviado por lcavalheiro em 22/12/2011 - 13:06h
Eu não vejo erro nenhum no seu artigo, amigo. Sinceramente, você está de parabéns por um artigo que ao mesmo tempo foi bem redigido e usa linguagem de fácil entendimento (diferente daquele tijolinho do Irving Coppi, eu acho que você conhece esse nome ;-). Realmente, senti falta dessas coisas todas que você enumerou, mas como seus planos foram de deixar para outro artigo, então não tenho nada a dizer exceto: escreva esse outro artigo logo.