Desmistificando o Software Livre

Conceitos de Software Livre, o que pode ser utilizado legalmente e utilização em ambientes corporativos e domésticos são alguns dos temas abordados nesse artigo.

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Por: Viviane Bessa Ferreira em 23/10/2004


Informações preliminares e características do Software Livre



Curso de Pós-Graduação "Lato Sensu"
Administração em Redes Linux (ARL)
Viviane Bessa Ferreira

Desmistificando o software livre


Informações preliminares

O computador é composto basicamente por duas partes: a física chamada de HARDWARE, e a parte lógica chamada de SOFTWARE.

O HARDWARE é composto pelas placas, monitor, drive de disquete, unidade de CD-ROM, entre os demais componentes existentes. O SOFTWARE, por sua vez, é composto pelos programas de computador, arquivos de configuração, documentos, entre outros.

O computador sem os programas não passa de um monte de circuitos, fio, metal, teclado, que não tem utilidade nenhuma. Pode ser comparado a um carro sem gasolina para funcionar e motorista para dirigí-lo.

Os programas de computador, de forma geral, podem ser divididos em Sistema Operacional e Aplicativos.

O SISTEMA OPERACIONAL é um programa de computador que se comunica diretamente com o HARDWARE, controlando o uso da memória principal (memória RAM), do processador e acesso aos dispositivos de HARDWARE.

Portanto, ao SISTEMA OPERACIONAL cabe a função de gerência do HARDWARE, objetivando a total disponibilidade do computador, com todas as suas funções, de maneira satisfatória ao usuário. Dentre os exemplos de SISTEMA OPERACIONAL, podem ser destacados: WINDOWS, LINUX, UNIX, etc.

Os PROGRAMAS APLICATIVOS são aqueles programas utilizados em nosso cotidiano, para a edição de um texto, planilha eletrônica, um jogo de computador, um editor gráfico e assim sucessivamente.

Cada programa de computador possui um código, também chamado CÓDIGO-FONTE, do inglês SOURCE CODE. Esse CÓDIGO-FONTE é a receita, a fórmula secreta que descreve como o programa funciona. Nele estão todas as instruções da linguagem de programação para o seu funcionamento.

Dependendo da forma em que esse CÓDIGO-FONTE é disponibilizado para os usuários e a licença de uso que as definem, os programas de computadores que encontram atualmente no mercado podem ser divididos em duas categorias: SOFTWARE LIVRE (SL) e SOFTWARE PROPRIETÁRIO (SP).

Software livre


Caracteriza-se pela LIBERDADE aos usuários, para não somente utilizar seus produtos, mas também: EXECUTAR, COPIAR, ESTUDAR E MODIFICAR. Importante compreender é que LIVRE não quer dizer necessariamente que um SOFTWARE seja gratuito.

O produtos da categoria SL podem ser encontrados gratuitamente ou mediante compra, dependendo de sua forma de licenciamento. A gratuidade é característica natural de licenças do uso de SOFTWARE LIVRE, mas não é necessário nem determinante para fazê-los livre.

Existem SL com mais de um tipo de licença, como por exemplo: Opera, OpenOffice, MySQL, etc.

Pode-se dizer que a característica que diferencia o SL dos demais é justamente o direito dado aos seus usuários de conhecer sua estrutura. Ou seja, o usuário pode ter acesso irrestrito ao seu CÓDIGO-FONTE, podendo inclusive fazer reutilização desse código para uso de terceiros e uso livre legítimo. Nessa concepção o software é um serviço, envolvendo desenvolvimento, distribuição, suporte, etc.

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Comentários
[1] Comentário enviado por y2h4ck em 23/10/2004 - 20:27h

Apesar da grande quantidade de informação passada pelo artigo, eu achei que ele ficou "frio" e impessoal devido a maneira que foi escrito.

Longe de mim criticar o artigo porém que todos que leram concordam comigo que ele poderia ter sido passado de uma maneira mais descontraída.

Abraços!

[2] Comentário enviado por removido em 24/10/2004 - 11:58h

Está excelente...
Vou usá-lo como fonte de referência sobre SL...
PS.: y2h4ck - não se esqueça que este artigo originou-se de um curso de pós-graduação e não de um "bate-papo" entre comadres ;-)

[3] Comentário enviado por removido em 25/10/2004 - 03:24h

Concordo como o yeh4ck e não li nada nesse artigo que já não tenha visto às dezenas por aí.

E há algo que não se menciona sobre software livre e pirataria que, na minha opinião é a grande questão sobre os dois temas: à quem interessa o fim da pirataria de software?

Se alguém citou a Microsoft ou qualquer outro lider de mercado, vá pro canto ficar de castigo. Certamente interessa muito mais aos signatários do software livre, pois, se a fiscalização fosse eficiente, todos acabariam migrando pra Linux ou outro SO livre.

Como isso não acontece, FICA ATÉ MAIS BARATO usar WINDOWS. E as razões são muitas:

- o cd custa R$ 5 e vc compra fácil, mesmo se não tiver conexão com a web;

- vc não precisará passar por treinamento ou se adpatar a outro SO;

- não terá que comprar hardware compatível, bem como não terá que trocar nada do seu pc: windows reconhece tudo, desde o último lançamento até aquela sua placa movida à lenha.

E por aí vai. E como a lei não permite a fiscalização em residências, sei que esse problema vai continuar por muito tempo ainda.

Pra vencer, o Software livre terá que se tornar mais competente que o windows em TODOS os aspéctos, não só no preço.

E quem quiser ler algo realmente interessante sobre o tema SL, vá nesse link:

http://www.guiadohardware.net/news/2004/10/index.php#33 (:. Linux - software livre para as massas ou hobby da elite? )

Wesley Caiapó

[4] Comentário enviado por engos em 25/10/2004 - 15:35h

Discordo do y2h4ck, acredito que o artigo foi simple e objetivo, muito bem elaborado e com a quantidade adequada de informação.

Discordo mais ainda do Caiapó, o artigo teve novidades (ao menos não sabia que o tempo de prisão e ao valor que a multa chegava na pirataria de Software) e o assunto é dismitificar (quebrar o mito) do Software Livre e não falar sobre Software Pirata x Software Livre... (erro de semântica, sem comentários).

O comentário dele está tão errado (do meu ponto de vista) que me deu até a idéia de fazer um artigo abordando o que ele disse, com dados ao invés de opnião, vamos ver se sai... :). Valeu Caiapó!

Só fazendo uma pequena correção, o Gates não considera o Linux como um dos principais rivais, mas sim a pirataria e a atenção, errada segundo ele, que as notícias informam, ao menos é o que fala oficialmente o CEO da empresa Steve Ballmer. Para quem pensa que a Mico$oft não liga pra isso, está certo quando se trata de usuários em casa, mas totalmente errado quando se trata de empresas.

Fiquei impressionado com seu primeiro artigo, muita gente fazendo seu artigo de número "N" e não fica tão bom quanto o seu, que ainda teve um assunto complicado, difícil e polêmico, diferente de uma configuração ou algo do tipo.

Parabéns!

[5] Comentário enviado por androle em 25/10/2004 - 19:52h

O fato de ter vários artigos falando sobre o tema não desmerece o artigo.

Meu irmão mesmo, nem sabe o que é Linux, não trabalha com informática, nunca leu nada sobre o tema. Para ele é um artigo excelente porque fala de coisas que ele desconhece. Não podemos nos tomar como parâmetro porque estamos sempre lendo sobre isso.

A diferença hacker/cracker, por exemplo, para nós é até chato ler sobre isso, mas para quem não conhece é muito interessante.

E o fato de ter muitos artigos sobre algo não quer dizer que não se possa escrever outro. Sobre snort, iptables, compilação de kernel, etc., tem trocentos artigos, mas sempre aparece um que outro interessante com algo que os outros não tinham.

Um abraço


[6] Comentário enviado por androle em 25/10/2004 - 20:07h

Caiapó

Li o artigo que vc indicou como "algo realmente interessante sobre o tema" Linux - software livre para as massas ou hobby da elite?

Achei um artigo equivocado ao extremo.

Ele está baseado em 2 falácias:

1) Windows é fácil, até pessoas humildes podem usar;
2) Linux é difícil, só pessoas intelectualmente/economicamente superiores podem perder tempo estudando-o e dominando-o;

Isso não é verdade mesmo. Pergunte a quem trabalha com telecentros se as pessoas humildes não aprendem Linux facilmente. Além disso, o Linux oferece mais possibilidade de crescimento pois te dá opção e não te prende a uma empresa, ao contrário do windows.

Você conhece alguém da favela MSCE? Mas já li sobre o trabalho de telecentros em favelas de São Paulo onde os jovens carentes aprendem a programar, usar o computador e ser incluidos digitais usando Linux.

Isso sem falar na soberania nacional, pois o governo pode ter engenheiros trabalhando em uma distro que faz o que eles querem, e ponto. Já o outro....

Bom, não vou comentar tudo aqui senão vai ficar muito off topic e grande, mas acho que o cara foi muito infeliz.

O sentimento anti-microsoft que o autor do artigo que vc citou comenta é realmente meio radical. Acho meio infantil algumas coisas que vejo. Afinal, tenho amigos que são MSCE (e que investiram uma fortuna para sê-lo). Não sou xiita e acho que acontecem exageros mesmo.

De resto, o cara não podia estar mais equivocado.

bom , é o que penso.

PS: Leiam o que indicou o Caiapó e tirem as suas conclusões.

[7] Comentário enviado por freakcode em 13/11/2005 - 03:13h

Sempre que leio esses artigos lindos, maravilhosos e utópicos não entendo onde encaixa a seguinte questão, que é um conflito de duas afirmações sobre Linux e software livre:

- A maioria dos que descobriram o Linux, querem que ele seja adotado pelo máximo de usuários possíveis.
- O Software livre permite liberdade do usuário de ler, alterar e adaptar o código fonte.

Ora, se para o usuários adotarem o Linux ele tem que ser fácil, isso implica que eles não trabalham com informática. Se não trabalham com informática, pra que diabos a possibilidade de alterar código seria interessante para eles?

Desculpa mas não faz sentido. Melhor dizer que a principal vantagem do Linux para o usuário comum é SER GRATUITO. Porque se fosse aberto ou não, daria na mesma.

Ainda acho que o Linux foi desenvolvido, e continuará sendo focado e terá mais apoio para ser usado por pessoas que conheçam/estudam/trabalham, e não para o usuário básico. Mas se eles puderem usar, GRATUITAMENTE, será ótimo, principalmente para a população carente/digitalmente excluída.

[8] Comentário enviado por diegodigbob em 18/12/2008 - 01:49h

Androle,

Antes de tudo gostaria de dizer que sou novo por aqui, e esse é o meu 1º comentário. :-)
Eu também li o artigo e entendi uma coisa totalmente diferente da sua.

Acho que o autor quiz dizer que estamos em um processo de revolução e que em vez de aproveitarmos, estamos é acabando. no 4º paragrafo ele diz que ficar criticando outro S.O. não vai levar a nada, e no 9º ele reforça mais essa idéia que falar mal, dizer que não é seguro, que é pago isso pouco importa, devemos é mostrar as funcionalidades do nosso sistema.

Outra coisa que ele cita de muita importancia no 8º paragrafo, é sobre os nossos proficionais do Linux, que mostram para o usuario comun (leigo), linhas de comando em vez de uma interface grafica e amigavel. Linha de comando para o usuario é um monstro de 1000 Kbças.

E finalmente no último paragrafo ele fala a solução para todos esses problemas. Fala que já está na hora de uma reformulação total de conceitos e atitudes, união da comunidade opensource, que haja maior sintonia e compatibilidade entre as principais distribuições e mais uma vez ele reforça o que tinha citado no 8º paragrafo dizendo: "A supervalorização da liberdade individualizada é um ato irracional próprio de animais selvagens e solitários.".

Pronto, acredito que foi isso.
Link para o artigo: http://www.guiadohardware.net/news/2004/10/linux.htm

[9] Comentário enviado por doradu em 29/01/2010 - 09:26h

só pra acrescentar

a CEF já usa Linux em seus caixas eletrônicos

o TSE já usa Linux no sistema eleitoral brasileiro


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