Formatos de vídeo na WEB
Todos nós sabemos que a linguagem para gerar conteúdo na internet é o HTML. Sabemos que a penúltima versão desta linguagem de marcação é HTML 4, que utilizamos para gerar conteúdo ainda hoje, mas está sendo implementada uma nova versão para ela. Após muito tempo sem atualização, a nova versão aprimorada será lançada com novos recursos que são necessários para a WEB 2.0.
Está nova versão do HTML trás recursos para exibição de vídeo sem a necessidade de plugins de terceiros, o que pode ser tido como a morte para complementos como o FLASH, SYLVERLIGHT e tantos outros componentes que são utilizados para gerar conteúdo dinâmico para aplicações da internet.
Mas o caro leitor e desenvolvedor de aplicações para internet devem estar falando: "- isso é bom não é?", pois vai diminuir a quantidade de aplicativos que o desenvolvedor tem que saber para construir uma aplicação. Também alivia aquela velha dor de cabeça de ter de se preocupar com os recursos do computador do usuário, que podem ser limitados.
Olhando por esse ângulo isso é bom, mas por outro lado nós poderíamos sofrer com o pagamento de royalties para empresas que detiverem as patentes para os formatos de codificação de vídeo. Pois é isso o que pode acontecer se a W3C não definir qual a tecnologia para codificação de decodificação de vídeo na internet.
Existem duas tecnologias que estão brigando para se tornarem o padrão: o H264 e THEORA. O H264 é desenvolvido pelo grupo MPEG-4, que é pago e tem se argumentado que o formato rival tem patentes de tecnologias que poderiam levar a cobrança de royalties, e que a exibição de vídeo do THEORA é inferior.
Do outro lado o THEORA, que é mantido pela fundação Xiph.org, contra argumenta que a questão de qualidade de exibição de vídeo é muita subjetiva e que se existissem as chamadas patentes "submarinas", as empresas detentoras já teriam entrado com processos que poderiam derrubar o THEORA.
O que parece é que isso está nas mãos das empresas que desenvolvem os principais navegadores usados hoje, e pelo que está sendo apresentado nesse campo de batalha é que o H264 está levando vantagem.
Navegadores como IE (68,9% do mercado), Firefox (22,57% do mercado) e o restante (Safari, Chrome e Opera) podem encerrar essa questão. O suporte às tecnologias de codificação de vídeo está assim: o Safari oferece suporte somente ao H264, o Chrome oferece suporte a ambos, Firefox e o Opera oferecem suporte somente ao Theora, o Internet Explorer não suporta HTML 5.
O que pode definir a briga é o suporte a qualquer umas das tecnologias pelo navegador da Microsoft ou a definição de uma tecnologia pelo W3C. O que não pode acontecer é o usuário ficar sendo jogado de um lado para outro sem levarem em conta a opinião de quem realmente importa: quem vai utilizar.
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