Linguagens de Programação - Apenas uma é o suficiente?

Publicado por Djalma L. O. Junior em 29/08/2012

[ Hits: 6.971 ]

 


Linguagens de Programação - Apenas uma é o suficiente?



Uma breve análise sobre o uso das linguagens de programação nos dias de hoje.

Apenas uma, é o suficiente?

FORTRAN, Pascal, C, C#, Java, Python, Assembly, entre outras, quem é do ramo de programação, vive ouvindo estes nomes. Mas por que tantas linguagens? Por que não aprendemos mais de uma?

Muitos programadores começam a trabalhar no ramo devido a um curso, seja ele de nível superior ou técnico, e por esse motivo, muitos ficam presos à linguagem de programação ensinada no seu curso; por motivos aparentemente óbvios, para não fazer um investimento de tempo em vão, para aprender aquela linguagem, ter um suporte (colegas de classe e professor) para auxiliar no início, que é quando mais precisamos de auxílio, e claro, utilidade que aquela linguagem "x" possui no seu dia a dia.

Porém, não devemos nos prender apenas uma linguagem X ou Y, seja porque ela é mais fácil, ou porque você aprendeu primeiro ela, mas devemos aprender a maior quantidade possível delas, por exemplo, muitos aprendem C na faculdade, e permanecem somente em C até o fim da vida.

Porém com um pouquinho de esforço, eles poderiam saber Python, C#, e Java por exemplo, que possuem uma estrutura parecida com C.

Conheço programadores que usam FORTRAN, uma linguagem um tanto quanto ultrapassada, pois não possui alocação dinâmica, e mais alguns recursos que linguagens como C e Python possuem.

E o motivo para eles usarem esta linguagem, é exatamente este que eu citei: aprenderam na graduação e continuam a usar até hoje.

Quando falamos de programação, não podemos parar no tempo, penso que devemos conhecer novas áreas, para não ficarmos ultrapassados, e quanto mais áreas soubermos, mais campos para podermos pesquisar existirão.

Não precisamos saber todas as linguagens de programação que existem, pois você não saberia nenhuma de verdade, porém, pelo menos 3, eu acho que todos os programadores deveriam saber. Assim evita até dependência de outros programadores para fazer um trabalho.

Para concluir, queria apenas deixar esta ideia, que nós programadores estendamos, mas nossos campos de pesquisa, que não fiquemos apenas na frente de nossos PCs fazendo o que já sabemos fazer bem, que nos arrisquemos em áreas novas.

Assim, provavelmente, o desenvolvimento da nossa área aumentará, e assim, quem sabe um dia, poderemos brigar de frente com países como Japão, E.U.A, entre outros.

Outras dicas deste autor

Instalando o flash-player no Debian 6.0

Leitura recomendada

Utilizando find + exec e agilizando tarefas

Compartilhamento NFS

Instalando o BrOffice 3.0.1 no Debian ou Ubuntu Linux

Criando ícone do jogo Sauerbraten no XFCE

Ubuntu (GRUB) - Erro: problema de resolução do monitor [Resolvido]

  

Comentários
[1] Comentário enviado por Fellype em 29/08/2012 - 15:02h

Bacana a discussão!
Não sou programador (no sentido de trabalhar com desenvolvimento de softwares), mas tenho que programar para resolver meus problemas de forma mais rápida.
Sou da opinião que os cursos de programação na graduação deveriam estimular os alunos a aprenderem pelo menos duas linguagens, já na primeira disciplina em que se aprende a programar. Sendo uma linguagem "didática" e a outra "de mercado", por exemplo.

[2] Comentário enviado por null_terminated em 31/08/2012 - 09:50h

Belo texto, no entanto, peço licença para discordar em alguns pontos. Trabalho com desenvolvimento a pelo menos 13 anos, vi muita coisa acontecer, presenciei o crescimento e o declínio de várias tendencias tecnológicas, e creio que isso me credencia a falar com bastante propriedade sobre o assunto:


1) Não creio que nossos adversários imediatos sejam os E.U.A ou o Japão (!?!). Acredito que nossa vocação e nossas competências nos levam a lutar por uma fatia no competitivo mercado offshore, hoje amplamente dominado pela Índia.
2) A aptidão dos E.U.A está no desenvolvimento de ferramentas de "base" (utilizarei este termo por falta de um melhor), ou seja, SOs, suítes de escritório, ferramentas de desenvolvimento, etc... Infelizmente, profissionais que possuem as habilidades necessárias para criar este tipo de ferramenta não conseguem ser facilmente absorvidos pelo mercado local. A maior demanda das softwarehouses nacionais é por "criadores de CRUD".
3) Criadores de CRUD são profissionais baratos, engenheiros capazes de desenvolver um SO, não.
4) Aprender várias linguagens para não fazer nada além de reproduzir os mesmos CRUDs em cada uma delas é de pouca valia para o profissional.
5) Pela dificuldade de encontrar uma colocação que seja condizente com sua experiência, Engenheiros e Analistas de Sistemas Sr acabam tornando-se GPs (gerentes de projetos), com isso, todo o conhecimento acumulado por eles durante anos de trabalho acaba se perdendo.

Concordo quando você afirma que nós desenvolvedores devemos ser pragmáticos e estar dispostos a aprender pelo menos 3 linguagens de programação diferentes. Acrescento a isso a disposição de ir além da zona de commodities (CRUDs não passam disso, pois possuem pouco valor agregado) e de estudar para adquirir conhecimentos, além daqueles necessários para cumprir as tarefas rotineiras.

PS: Na minha cidade, a maioria das empresas oferece um salário de 2.5k ou 3k para um analista pleno (com muita dificuldade é possível encontrar alguns de 5k ou 6k), o que considero aviltante! Isso pq esta é a média de salário dos fazedores de CRUDs... E os empregadores não precisam de muito mais do que isso! Ninguém vai pagar 10k por um engenheiro para construir CRUDs! E para os code monkeys que aceitam trabalhar pelos 3k fica complicado, pois eles raramente terão a oportunidade de trocar conhecimentos com um profissional mais gabaritado...

[3] Comentário enviado por null_terminated em 31/08/2012 - 10:16h

Só mais um adendo. Achei pertinente incluir este link, sobre o mercado offshore nacional: https://www.ibm.com/developerworks/mydeveloperworks/blogs/ctaurion/entry/o_mercado_brasileiro_de_off...

[4] Comentário enviado por removido em 13/09/2012 - 12:04h

Muito bacana a discussão!

Apesar de programar em C e Python, discordo de você ao dizer que FORTRAN está ultrapassado. Acho apenas que ela é usada para fins mais espefícicos, como no meio científico. Além disso, as versões mais recentes da linguagem tem suporte a ponteiros e alocação dinâmica,

[5] Comentário enviado por null_terminated em 13/09/2012 - 16:34h


[4] Comentário enviado por victor.phb em 13/09/2012 - 12:04h:

Muito bacana a discussão!

Apesar de programar em C e Python, discordo de você ao dizer que FORTRAN está ultrapassado. Acho apenas que ela é usada para fins mais específicos, como no meio científico. Além disso, as versões mais recentes da linguagem tem suporte a ponteiros e alocação dinâmica,


Concordo... Quando o assunto é tecnologia, é fácil ver um ou outro fazendo generalizações apressadas como esta. Um caso curioso é o da linguagem ADA - a qual eu garanto que a grande maioria sequer ouviu falar - que é muito forte em seu nicho específico, sistemas de pouso e decolagem e aviônica => http://www.aonix.com/boe-777.html



Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts