Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 21/02/2011 - 09:51h
(De volta á vaca fria)...
Não entendi a citação ao Aramaico, onde - por exemplo - a flexão das palavras se dá sobre o radical e não sobre a terminação.
Formar femininos e plurais em aramaico não é que seja difícil (desde que se "pense" em Aramaico - questão unicamente de costume) mas segue uma metodologia muito diferente das nossas linguagens latinas.
Aliás, já pensaram traduzir "Desktop", "Start", etc. para Aramaico?
E mais uma questão: QUAL Aramaico?
Sim, porque existem ou existiram diversas "versões" e diversas pronúncias - e caracteres - totalmente distintas.
E devido a essas divergências, até hoje ainda não se sabe como seria realmente o nome de Deus em Aramaico (com a observação de que esse Nome só tem QUATRO letras!, e que os nomes de Jesus e de todos os profetas teriam OBRIGATORIAMENTE que ter seus radicais iguais a esse mesmo Nome, mais uma desinência que lhes atribuísse a sua própria individualidade).
Quem lê a Bíblia pode ter notado que Jacó e Labão colocavam nomes diferentes para os mesmos lugares - embora esse nomes significassem rigorosamente a mesma coisa. Ambos falavam versões diferentes de Aramaico, e conseguiam se entender mais por causa da pronúncia e da estrutura.
Comparativamente, Japoneses que tenham estudo mais aprimorado conseguem ler escrita chinesa (símbolos ideológicos), mas não conseguem FALAR chinês, pois a pronúncia nada tem a ver. E também é muito comum japoneses estarem conversando em algum lugar público sem entender a conversa de seus vizinhos mais próximos. Eles não apenas falam de forma diferente, mas também têm uma maneira diferente de escrever.
Com referência àquele filme do Mel Gibson onde se fala principalmente Aramaico e Latim, já houve quem criticasse que determinadas palavras teriam sido "mal empregadas" e que "deveriam ser substituídas por outras".
Isso deve ser porque esses críticos falam Aramaico "daquela época" e "daquela localidade" COM GRANDE FLUÊNCIA, não é mesmo?
Hoje em dia temos CRÍTICOS NÃO-SOLICITADOS para tudo (e o Teixeira para criticar os demais críticos) rsrs.
Por outro lado, a tradução literal de "Desktop" não seria "área de trabalho" pois o termo remete mais apropriadamente ao "tampo da escrivaninha" (de "Desk" (Escrivaninha) + "Top" (Topo, parte de cima, alto).
Há uma diferença sutil entre "mesa" e "escrivaninha".
MAS, o que considero realmente importante é observar que esses nomes são regidos não pelo idioma Inglês, Português-BR, Aramaico, Heteno, Gergeseno ou Gadareno, mas que se utilizam da PRIMEIRA EXTENSÃO da tabela ASCII e que caracteres minúsculos acentuados devem usar a SEGUNDA extensão dessa tabela.
Quanto mais precisarmos de "traduções" internas ao sistema - quaisquer que sejam - a tendência natural será a de tudo ficar cada vez mais lento e pesado.
Por sinal, esse é exatamente um dos motivos pelos quais se critica veementemente o Windows: Na sua boa-intenção de ser amigável e de traduzir-se a si próprio até para Swahili, Mandarim ou Esperanto - tudo ao mesmo tempo - ele consegue ficar massudo, anabolizado e finalmente lento.
E isso é inevitável. Afinal, não se sabe de antemão quais as locale que serão utilizadas pelo usuário no seu dia a dia. Um precisa de Português e Alemão, outro de Português, Inglês e Francês, outro de Grego, Russo (Cirílico)e Bengali.
A Sindi Keesan (Basic Linux), que é tradutora de vários idiomas, certamente precisará de todas as locale possíveis e imagináveis - e mais algumas...
E foi por esse mesmo motivo que desisti de "traduzir" os comandos do Basic Linux (BL3) para o Português-BR.
Essa tradução ficaria tão grande, que logo de cara se perderia uma das premissas fundamentais da distro, que é a de "caber em dois disquetes". Portanto, cedilhas e acentos na BL3, nem pensar!
Se o Idioma Klingon estivesse na tabela ASCII, poderia ser uma boa. Mas como seria "Control + Alternate + Delete" em Klingon?