Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 15/09/2009 - 23:41h
Tenhamos em mente o seguinte:
1- Pessoas que nunca viram um computador na vida, são extremamente receptivas ao Linux de uma forma geral.
Linux tem-se revelado incrivelmente mais fácil - ou aceitável - por parte de leigos;
2- Por outro lado, pessoas acostumadas com Windows tendem a desenvolver uma espécie de "bloqueio" mental, e vêem dificuldade em tudo que não pertença àquele universo.
Acho no entanto que isso é um fenômeno normal no ser humano. No primeiro caso, há interesse em aprender algo novo, no segundo caso, o interesse está focado em rejeitar tudo o que seja novidade que venha tirar alguém da trilha que vinha seguindo até então.
Explicando: As novidades são aceitas, desde que sendo reconhecidas como pertencentes à trilha a que se está acostumado. Quando esse princípio é contrariado, "ferrou"!
3- Existem no Brasil vários movimentos de iniciativa de Prefeituras e outras entidades no sentido de ensinar Linux e outros programas de código livre como Br-Office ou OpenOffice.
No momento em que as pessoas aprendem a utilizar corretamente as ferramentas, cai por terra todo o preconceito.
4- Temos que levar em consideração também que o "nosso" Linux pode ser totalmente diferente do Linux do nosso primo ou do nosso vizinho, etc., porque as distros são bastante diferentes entre si.
Por exemplo, Kurumin com Abiword, Famelix com Br-Office, um com KDE, outro com Gnome, etc.
Isso pode confundir um pouco as pessoas.
No entanto, quando essas mesmas pessoas aprendem a usar "um editor de textos" e não "o Word", "uma planilha de cálculos" e não "o Excel", o grau de dificuldade cai bastante.
5- Ás pessoas idosas (em idade para ter aversão à tecnologia, ou seja, a partir dos 30 anos)deve-se ensinar a ligar e desligar o computador, brincar bastante com o mouse até adquirir a destreza necessária (usa-se para isso um simples editor de desenhos, depois uns joguinhos).
Até conseguirem parar de brigar com o mouse, alunos idosos penarão bastante.
Depois ensina-se a usar as ferramentas, uma de cada vez. A parte teórica requer um cuidado extremo, pois é um assunto bastante desagradável.
Tem de ser ministrada em pequenas doses, sem "cortar o barato" do aluno.
Internet "prática" é uma bênção, "teórica" é uma praga de gafanhotos... O usuário talvez tenha de ater-se apenas ao PPPOE ou quando muito ao PPP... DNS já é assunto suficiente para "fundir a cuca"!
6- O Idoso (>30 anos) tem de ter a impressão nítida de estar aprendendo tudo sozinho (embora na prática não seja exatamente isso que esteja acontecendo...)
Mas a cada nova descoberta, o instrutor tem de estar por perto para servir de testemunha, incentivar, explicar, sugerir outras práticas, etc.
E nunca-jamais-em-tempo-algum o aluno deverá ter a impressão de que foi abandonado, largado às traças. O instrutor deverá estar sempre dentro de seu campo de visão...
Acho que é por aí.