paulo1205
(usa Ubuntu)
Enviado em 05/10/2019 - 00:10h
ppa-DO_MAL escreveu:
hha vlw por responder
eu chegui a usar o freebsd mais não por muito tempo
eu queria mudar para o openbsd ou para o netbsd porque eu li que eles dão maior suporque para hardware
Não sei se isso procede.
O NetBSD durante muito tempo se anunciou como um sistema fácil de portar para múltiplas arquiteturas diferentes, numa época em que FreeBSD e Linux eram voltados quase exclusivamente para PCs com Intel. Mas a maior parte das arquiteturas supostamente suportadas pelo NetBSD é, hoje, irrelevante, quase que meras curiosidades históricas.
E eu digo que “se anunciou” e “supostamente suportadas” porque, infelizmente, a ideia de suportar um monte de plataformas acabou diluindo esforços de desenvolvimento e o próprio interesse no sistema. Poucas pessoas possuíam as arquiteturas exóticas que eram anunciadas na primeira página, e parte do esforço dedicado à portabilidade acabava competindo com o desenvolvimento de drivers especializados para as arquiteturas mais importantes (PC, principalmente, e Mac). A especialização em PC acabava dando aos usuários mais recursos e mais desempenho se usassem FreeBSD ou Linux.
E eu acho isso uma pena. Durante muitos anos (1993 a 2008) eu rodei NetBSD como sistema de produção em várias máquinas. Até que eu desisti de instalar NetBSD para ter de rodar, em modo de emulação e cheio de restrições de compatibilidade, software escrito para Linux (Netscape/Firefox, Java e StarOffice, entre outros) ou Windows (com Wine).
Eu ainda tenho um certo carinho nostálgico pelo NetBSD, em que eu aprendi tanta coisa sobre UNIX, programação em geral, e desenvolvi muitos trabalhos da faculdade, incluindo meu projeto final. Mas ele ficou irrelevante. Mesmo. Ano passado, ao desinstalar uns servidores da HP da empresa, que iriam ser alienados, em vez de zerar o disco, eu resolvi instalar um NetBSD nele, e nem mesmo as placas de rede (Intel, não uma xing-ling qualquer!) foram reconhecidas. Decepcionante para um “Net”BSD...
Quer rodar NetBSD numa Sun 3 (que, aliás, foi parte da minha escola com ele: em 1996, ressuscitar algumas Sun 3/60 que haviam sido abandonadas, na faculdade)? OK (ou não, pois talvez o código esteja há tanto tempo sem manutenção e testes, que talvez nem funcione mais). Quer rodá-lo no seu notebook com Core i9, rede wifi de última geração, placa nVidia compartilhada com GPU interna do processador e armazenamento NVME? Acho que vai sofrer um bocado, e isso se conseguir dar boot.
no freebsd eu tive alguns problemas de drivers que não consegui resolver de maneira nenhuma mesmo seguindo o feebsdhandbook
--> já no linux funcionam perfeitamente sem nem ter que configurar nada | mais apos me deparar com uma instalação muito estranha desisti do netbsd
Esse é um dos problemas.
Mas o instalador que lhe pareceu primitivo (e é mesmo) já é um luxo. Lembro que, durante um bom tempo, para instalar no NetBSD eu tinha de editar a tabela de partições do DOS diretamente com um utilitário como o Norton Utilities ou o PC-Tools. Não existia particionador no instalador. Com o tempo, eu comecei a entender tanto da tabela de partições que conseguia ir diretamente no setor 0 do disco e editar os bytes relevantes “na unha” (usando, no máximo, uma calculadora para ajudar a calcular deslocamentos e tamanhos).
não achei nada sobre dualboot com netbsd
Isso, hoje em dia, é menos problema de BSD e mais de configurar o Grub. Mas provavelmente o instalador dele não instala o Grub, e você teria de instalá-lo manualmente.
e durante a instalação do openbsd ele estava fazendo particionamento da partição ou apagando meu disco
dai eu só vim confirmar mesmo para não perder tudo
O OpenBSD é um
fork do NetBSD, e dele herdou um esquema de particionamento baseado em
disklabel, em lugar de usar diretamente a informação do MBR e/ou GPT (aliás, eu nunca usei nenhum BSD com GPT).
Se bem me lembro, havia oito partições (
a até
h; depois, no NetBSD, pelo menos, estendidas para 16, acrescentando
i até
p) no
disklabel, sendo que a terceira partição (
c) representava a área total usada pelo BSD (que geralmente correspondia a uma única partição do MBR), a quarta (
d) representava todo o disco, e a primeira (
a, geralmente usada para o sistema de arquivos raiz), a segunda (
b, normalmente usada para
swap) e quinta (
e, que podia ser usada para o /usr ou /home), somadas, ocupavam o mesmo espaço total e a mesma região no disco descritos pela partição
c. As demais partições eram de uso mais livre, podendo ser alocadas dentro ou fora do espaço descrito por
c, e geralmente correspondiam a outras partições do disco (na MBR ou em partições estendidas) externas ao BSD (MS-DOS, Windows NT, Linux etc.) .
Hummm... Deu até vontade de instalar um NetBSD numa VM, só para ver em que pé está. Mas aí eu entro no
site das
mailing lists do sistema e vejo um punhadinho de nada de mensagens, de uns poucos usuários (apenas um deles da minha época de NetBSD, quando as mesmas listas fervilhavam de mensagens). Até passa um pouco a vontade, e cresce um grande sentimento de pena.
... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)