Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 02/05/2013 - 14:56h
Mas isso não é função do Estado. O que o cidadão acredita da vida ou não é uma questão pessoal dele (nossa); a função do Estado é só permitir que as diferenças convivam sem um matar o outro, e proporcionar distribuição digna de serviços.
A grande questão é que o indivíduo pretende repassar ao estado a totalidade das obrigações que são naturais ao lar.
O Estado apenas reflete aquilo de que é composta a sua sociedade a partir de cada indivíduo e regulamenta as atividades sociais de acordo com seus valores coletivos (que são nada mais nada menos que o somatório dos valores individuais).
O homem é influência do meio, mas paradoxalmente é o próprio homem quem faz o meio em que vive.
Veja-se apenas por exemplo quantas pessoas negras (citando apenas os negros, uma maioria que inexplicavelmente é tratada como "minoria") vivem a se lamentar por falta de oportunidades.
Ora,
o ato de lamentar não vai de forma alguma aumentar as suas chances.
Mas será que essas oportunidades em algum tempo foram "melhores" para José do Patrocínio, padre José Meurício, Edson Arantes do Nascimento, Pixinguinha, ou para o atual ministro Joaquim Barbosa, entre tantos outros que souberam dar a volta por cima?
Será que eles simplesmente "deram sorte"?
Porventura ganharam na loteria esportiva?
Ganharam alguma bolsa de estudos que tenha caído dos céus?
Não, eles simplesmente
agiram.
Eu tinha um amigo que sofria de poliomielite e era desenhista industrial.
Ele era especializado em esquadrias metálicas, e era tão bom no que fazia, que o engenheiro já não conferia mais o seu trabalho. Era impecável.
Mas o cara sofria da "síndrome do coitadinho" e vivia se lamentando que o engenheiro cobrava "dois milhões" pelo serviço, e pagava a ele "setenta mil" (era outra unidade monetária, cheia de "zeros").
E de tanto ele reclamar, perguntei para ele por que ele não fazia um curso de engenharia, cobrava
ele mesmo os dois milhões e pagava setenta mil "a um
[*****] qualquer" para fazer os desenhos?
Bem, ele levou um tremendo susto, ficou muito sério, fechou a cara, foi embora, mas depois de algum tempo ingressou em uma faculdade de engenharia.
Transformou-se de "
[*****] qualquer" em engenheiro.
A solução às vezes dói, mas - o que é importante -
soluciona.
Muitas vezes ainda ouvimos que os rapazes vão para o quartel "para aprenderem a ser homens".
Tremendo engano.
Se houver alguma tendência para tornar-se "gay", será exatamente no quartel que o jovem terá oportunidade de "sair do armário".
Alguns outros não tinham uma tendência prévia, porém foram convencidos pelos amigos a "ter uma nova experiência", etc.
Por isso esse tipo de gay tem o nome de "
[*****]", que nada tem a ver com aquele elegante animal campeiro, mas com o vocábulo "via", que significa "caminho" "percurso".
"Desviado" significa algo que foi "tirado de sua rota original", e "
[*****]" significa portanto aquele que foi colocado em alguma trilha, em algum caminho, em alguma rota.
O termo "
[*****]" não é em si ofensivo, dependendo de seu entendimento e de seu contexto.
Pessoas são viadas a usar redes sociais, por exemplo.
Políticos são viados a votar em projetos de seu partido.
E por aí vai.
O uso da palavra é que faz a diferença.
Um "hospício", por exemplo, originalmente seria um "lugar hospitaleiro".