Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 24/08/2014 - 16:38h
Felizmente as coisas já não são tão críticas quanto em um passado não muito distante...
O Windows 3.1 era uma "praga de gafanhotos" de tão ruim e inseguro (dava pau direto).
A versão 3.11 chamada de "Windows for Workgroups" já melhorou bastante - pode-se dizer da água para o vinho - e conseguia rodar em rede com tecnologia Novell sem dar muitos engasgos.
Porém configurar tais coisas não era tarefa para o usuário.
Quando foram passar da W95 para W98, os usuários se viram às voltas com problemas estranhíssimos, que somente eram resolvidos se a memória RAM pudesse ser QUADRUPLICADA, o que nem sempre era possível sem substituir o hardware.
Um desses problemas ocorria na formatação de documentos do Word, pois se fizéssemos uma simples tabela, apesar de a visualização ser 100% correta, na impressão a grade vinha primeiro - cheia de células vazias - e o texto depois, para desespero do usuário.
E nisso e em outras incompatibilidades, nem os "técnicos" da época davam jeito (sim, os "técnicos-formatadores-de-hd" já haviam começado a existir!).
Era a verdadeira "rebimboca da parafuseta", o que talvez fosse explicado por algum "GOTO performado", ou algo "nem sim nem não, muito antes pelo contrário"...
O lançamento de algumas versões do Windows foi muito traumatizante para alguns usuários que tiveram o desconforto de ter de reaprender algumas coisinhas.
Mas nessa época "o tal de Linux" era "coisa de gênios alienígenas com Q.I. superior a 5000", difícil de instalar e de manter, além de ser algo muito hermético, cercado de muitos segredos.
Toda a má fama do Linux começou a aparecer exatamente aí, quando as pessoas imaginavam que haveria uma "migração pacífica"...
Não, não havia, porque o conhecimento das coisas do Windows liberado ao público não coincidia com a realidade do hardware nem do software.
As pessoas estavam acostumadas a confundir os conceitos de "volume", "partição" e "drive", como se tudo fosse uma coisa só; e também confundiam "partição" com "formatação", e outras coisas que tais.
Outra coisa que mata um "Windowsista de carteirinha" é esse negócio de ter de montar daqui e desmontar dali.
Era muita coisa nova para aprender, e não apenas aprender como complemento ao que já se sabia, mas ter de apagar conhecimentos falsos para reaprender o correto.
Isso incomodava bastante o usuário, o técnico, e principalmente o "técnico", sendo este último um dos principais responsáveis pela má divulgação dos sistemas Unix-based, em especial aqueles com nome de "Linux".