Este artigo não foi inspirado no artigo do nosso amigo
Jorge Roberto:
...onde ele fala sobre a pirataria.
Na verdade, eu estava escrevendo este artigo e acabei encontrando o dele, achei muito interessante.
Outro detalhe muito importante: resolvi escrever este artigo utilizando um estilo bem descontraído, nada formal, como se estivesse conversando com você. Também não vou usar termos técnicos e um monte de dados de pesquisas ou estatísticas.
OK! Vamos lá!
Um fato que não se pode negar, é o uso massivo de programas proprietários de forma gratuita. Graças aos cracks, serials e keygens, o mundo do software proprietário se mantém sólido no mercado e alimenta o sistema operacional Windows da insistente Microsoft.
Mas, como um serial usado para desbloquear um programa, a fim de não pagar pela sua licença, pode fortalecer o software ao invés de direcionar o desenvolvedor rumo à falência?
A resposta é simples, usando o mesmo conceito que leva a Microsoft a comprar empresas que possuem muitos computadores trabalhando. Ou seja, "ganhar terreno".
Muitas empresas destinadas à pesquisas, catalogam a quantidade de máquinas que estão rodando um determinado sistema operacional em empresas. Com isso, a Microsoft se destaca devido à estratégia de adquirir empresas e instalar Windows em servidores e estações de trabalho.
Também realiza acordos com Governos, Faculdades e muitas outras empresas, vendendo as licenças a um preço simbólico e, algumas vezes, até isenção total. No entanto, sabemos que é impossível desbancar a quantidade de servidores rodando
GNU/Linux, pois, quando se trata de servidores, a questão não é o preço, mas a confiança, segurança e desempenho. Itens que superam até mesmo a necessidade de suporte.
Mas, um detalhe interessante aumenta ainda mais o sucesso dos softwares proprietários, o mundo hacker e cracker. Pois, a facilidade de se "licenciar" sem pagar, leva milhões de pessoas a utilizarem os programas de forma desordenadas e sem limites.
Vamos imaginar, por um único minuto, como seria a realidade se não houvesse como crackear um programa..., ..., "todas" as pessoas pagariam pelas licenças? Teríamos a mesma quantidade de instalações hoje, mas de forma legal? Usaríamos menos softwares?
NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! MIL VEZES, NÃO!
O resultado de um mundo sem cracks, seria o crescimento INCOMPARÁVEL do software livre, seria algo tão natural, que nem mesmo pensaríamos em batalha GNU x CORP. Seria algo tão comum, que o software livre estaria da mesma forma que estiveram o Windows 95, 98 e XP na época em que reinaram. É como se aqueles sistemas fizessem parte do computador.
Usamos programas proprietários, porque é simples crackeá-los (este é um novo verbo, kkkk). Não pagamos nada por eles. Pois, se formos calcular, Windows, Office, Corel, Photoshop, Premiere, Zend, CAD, Inventor, SolidWorks, CATIA e muitos outros... resultam em um preço absurdo para qualquer brasileiro pagar.
Sei que existem várias empresas que pagam por estes softwares para várias estações, mas, pergunte a elas se foi "docinho". Então, temos uma avalanche de softwares proprietários por todos os lados a custo zero. A propaganda pirata em cada computador.
Mas, porque continuamos? Costume, economia, influência, já conhecemos, compatibilidade..., tudo contribui para que usemos software pirata.
Vou usar o Photoshop como exemplo, porque ele é mais utilizado que o GIMP? Porque funciona melhor? NÃO! O Photoshop é mais utilizado porque teve uma mistura de benefícios. Como é mantido por uma empresa, que injetou capital nele, entrou no mundo dos profissionais.
Com isso, qualquer pessoa que queria um software decente, logo teria que usar o que os profissionais usam. Mas, tem que pagar. Então, surgem os cracks. Agora não precisa mais pagar, então, a peste se espalha rapidamente. É agora que inicia a fama, já que espalhou, ficou mais conhecido e agora todos sabem seu nome. Surgem plugins para o software mais utilizado... soma mais fama.
O impacto crava na cabeça das pessoas o GRANDE PHOTOSHOP. Existe gente que lê revistas e olham uma foto de uma modelo e diz: "O milagre do Photoshop". Mas, essa pessoa NUNCA VIU O PHOTOSHOP. Então, a fama é tão grande, que pessoas que nunca viram o programa, já o conhece.
Os programas mais difíceis de crackear, são os menos conhecidos. O povo só quer moleza. As empresas de softwares têm capacidade para dificultar a licença ilegal, mas, isso seria ruim para os negócios. Afinal, a pirataria é quem faz a propaganda.
Quem já trabalhou com formatação, instalações e reparos, sabe muito bem. A maioria dos clientes nem mesmo sabem como funciona essa questão de licença, nem mesmo sabem que estão usando software pirata, que estão cometendo crime, que existe uma multa e o risco de prisão.