O artigo mostra como rodar o KDE com um desempenho razoável em um PC "primitivo", ou seja, num Pentium MMX 200 MHertz com apenas 64 Megabytes de RAM. É também uma motivação para que não nos curvemos diante de limitações de hardware, tentando adaptar os programas aos nossos recursos computacionais. Afinal, não é para isso que temos um sistema operacional altamente configurável e com código aberto?
Em tudo o que será descrito a seguir, estou me referindo ao KDE 3.4, sendo rodado sob o Slackware 10.2, em um Pentium MMX 200 MHertz com 64 Mbytes de RAM e um HD de 40 Gbytes. No micro está instalado um HD menor, de 4.3 Gbytes, que é usado como repositório CVS para meus projetos de programação. Além disso, tenho uma gravadora de CD/DVD.
Em termos de software, estou rodando continuamente o Apache Web Server, pois uso essa máquina como servidor de testes para minhas aplicações em PHP/MySQL e como servidor para uma pequena intranet caseira, com cinco computadores.
Como se pode ver é uma máquina primitiva se levarmos em conta os padrões atuais de hardware. Ela só tem slots de memória no padrão EDO, cujos pentes são sempre pequenos e cada vez mais difíceis de conseguir. Mas também é uma boa máquina, que nunca requer manutenção e dá pouco trabalho.
A pergunta que cabe aqui, para nós que falamos tanto em liberdade, é se o proprietário de uma máquina como essa tem ou não o direito de rodar o software que bem lhe aprouver, ou se tem de cair na sanha consumista de estar sempre mudando de micro para acompanhar o crescimento dos programas?
Fica no ar essa questão filosófica, enquanto passamos às questões práticas.
[2] Comentário enviado por InFog em 04/09/2006 - 16:25h
Olá Edvaldo.
Artigo bem legal. Parabéns. E eu que rodava o Blackbox em um Pentium III com 300 e pouco de RAM. Mas em conta disso me acostumei ao Blaclbox que é um gerenciador muito leve e bem legal.
[3] Comentário enviado por tenchi em 04/09/2006 - 16:36h
Hum... Muito bom, mas eu acho que não haveria vantagem nenhuma em usar o KDE numa máquina dessas (espirito de superação?). O KDE é o que é pelos seus recursos, frescuras e outras trocentas coisas pesadas que tem. Você vai usar o kde, mas não vai poder usar o gerenciador de arquivos dele. Com certeza não vai usar nenhum aplicativo dele também.
Acho que nesse caso, compensaria usar um wm mais leve, e que nessas situações seria muito mais agradável, como o fluxbox ou o enlightenment, e um conjunto de aplicativos em gtk+ (não GNOME), por exemplo.
Gostaria de dizer que não estou criticando o seu trabalho. Realmente é um ato "heróico" fazer o que você fez, mas que não tem muita utilidade perto do que temos disponível (outros wms).
Ah, e acho que você com certeza se inspirou no artigo do Morimoto (http://www.guiadohardware.net/artigos/266/), pra realizar essa façanha.
E só mais uma coisinha... Se já é difícil rodar o X num pentium 100, acho que rodar o KDE nisso vai ser mais difícil ainda. Mas se conseguir, poste mesmo aqui no VOL.
[4] Comentário enviado por gsi.vinicius em 04/09/2006 - 16:43h
É um ótimo artigo. Existem muitas pessoas com máquinas antigas que ficam com "pé atrás" na hora de instalar o Linux. Com certeza, eles encontrarão aki uma ótima referência para configurar seus sistemas.
No entanto, ainda acho mais prático usar um WindowManager, IceWM ou FluxBox para essas máquinas...
[5] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 04/09/2006 - 17:34h
Não pretendo e nem estimulo que alguém use o KDE nessas condições. Eu, mesmo numa máquina bem melhor, prefiro usar o Blackbox.
O ponto do artigo em questão é simplemente a possibilidade de fazer as coisas acontecerem, não a necessidade. Afinal, é para isso que somos da comunidade do Software Livre, não é?
Se tivermos de nos render às pressões comerciais, acabaremos com um "Windows com um pinguim"...
Eu não conhecia o artigo do Morimoto até o presente momento, mas acabo de lê-lo e achei-o interessante. Obrigado pela dica.
Meu interesse em PCs "primitivos" vem do fato de, sempre que possível, adquirir máquinas assim para doar para pessoas carentes. É um trabalho que venho realizando há algum tempo e que se baseia na possibilidade de ressuscitar essas máquinas velhas, já que não posso comprar máquinas novas para doar.
[6] Comentário enviado por escorpion em 04/09/2006 - 17:36h
O atigo ficou execente, so que acho que sao as bibliotecas do KDE q sao pesadas mesmo, tenho aq em minha maquina (configuracao parecida com a sua) uso o XFCE, so q uso programas que tem como base o KDE (K3b, kile, konqueror ...) e quando uso eles eh carregado as bibliotecas do KDE, a queda de rendimento da maquina eh percepitivel.
[7] Comentário enviado por removido em 04/09/2006 - 19:47h
que bom, ainda exstem pessoas com espírito desafiador.
no tempo do conectiva 7 cheguei a fazer experiências com kde em 486 com 16 de ram, evidentemente não fui muito feliz.
sucesso.
[8] Comentário enviado por removido em 04/09/2006 - 20:35h
nota 1000! nao si importe com tais criticas, pois o pessoal nao é a favor de artigos de verdade, preferem mais artigos de como configurar o mouse com scrooll ou intao aqueles que ja foram ripados pela milesima vez e o ultimo foi no vol, bom voltando ao seu artigo, so muito fã de maquinas antigas pois boa parte da minha vida rodei com 386 486 e pentiun classico, exelente sua experiencia espero que consiga otimizar o kde para o seu "arcaico" p100
[9] Comentário enviado por pools em 04/09/2006 - 21:29h
Muito bom o artigo.
E se fuçar mais ainda, encontrará várias outras opções no centro de controle do KDE que poderão ajudar no desempenho!
Como Componentes do Kde > Performance do Kde
Apesar de não muito recomendado, uso no serviço sem problemas!
[13] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 05/09/2006 - 08:22h
Não me incomodo com as críticas. Verdadeiramente, as aprecio. É só através das críticas que crescemos. Muito obrigado a todos que comentaram, de uma forma ou de outra.
[14] Comentário enviado por davidsonbhz em 05/09/2006 - 11:53h
Otimo artigo! A meu ver o quer difere o windows do Linux eh a liberdade de fazer coisas desse tipo, temos o poder para fazer as coisas acontecerem da forma como queremos. Mas infelizmente tem gente que nao entende esse tipo de coisa e faz criticas desnecessarias.
[15] Comentário enviado por Ricardo Camara em 05/09/2006 - 13:39h
Sou um calouro no Linux. Há um mês atrás não sabia a diferença entre KDE e Gnome. Até o momento só fiz alguns ensaios com o Kurumim, que roda no CD, já que meu computador é de uso familiar, e ainda não ter me decidido por Kurumim, SuSe, Ubuntu, etc. De todas as opiniões apresentadas, acho que o maior mérito da proposta do Edvaldo é a experimento em si, que ele já demonstrou que não vai parar por aí. Afinal, foi assim que nasceu o Linux.
[16] Comentário enviado por removido em 06/09/2006 - 10:08h
Beleza de artigo, mas faltou dizer que em alguma distros, tipo kurumin, suse, ubuntu o Kpersonalizer foi removido do pacote padrão de instalação, portanto não adianta remover o .kde nem o .Desktop pois o sistema apenas irá criá-los com a mesma conf anterior.
[17] Comentário enviado por helvecio34 em 06/09/2006 - 11:34h
Parabéns, você tocou num ponto importante que é o aproveitamento de equipamentos antigos. Nem tanto antigo assim. É inaceitável alguém pagar por um micro novo quase $2.000 e depois de três anos ele ficar 'ultrapassado".
Isso só interessa aos fabriccantes de Hardware (desde Intel e AMD até a lojinha da esquina).
Também detesto esses elementos decorativos tipo Animações na seta do mouse e menus que abrem suavemente.
Fica uma dúvida: Você roda alguns programas no micro ? Firefox, GIMP, Procesadores de texto, Planilhas, correio, etc... ?
[18] Comentário enviado por EdDeAlmeida em 06/09/2006 - 16:04h
Não sabia sobre essa remoção do KPersonalizer nestas distrôs. Vou me informar mais sobre o assunto. Obrigado pela dica.
Quanto à outra pergunta, a resposta é sim. Sob o KDE eu rodei o ABIWORD, o KATE (Editor de Textos) e o Emacs. Usei o GIMP também, mas o desempenho foi muito fraco.
[19] Comentário enviado por guimfonseca em 11/09/2006 - 16:08h
cara eu tenho uma maquina pentiumm 233 e 49mb de memoria !! uso atualmente o fluxbox ! mas estou seriamente em testar o KDE nessa minha maquina "primitiva" !! valeuuss !
[20] Comentário enviado por agk em 12/09/2006 - 09:33h
Muito interessante o artigo, parabéns.
Já testei o KDE em diversas máquinas e realmente o desempenho é fator crucial, consegui um desempenho satisfatório em um Pentium 4 2.8 512 RAM, Sempren 2.8 756 RAM.
Bem, hardware a parte, esses ajustes de arquivos de configuração e centro de controle não tem muito haver com o programa ter o código fonte aberto ou não, pois pode-se fazer diversos ajustos no Windows também, simplesmente modificando arquivos de configuração ou registros.
Mas o que vale apena ressaltar e que não foi dito no arquivo, é compilar o programa, baixar os fontes, configurar para compilar conforme seu hardware, isso sim lhe dá algum ganho real de performance e isso você só pode fazer com Software Livre.
Recomendo para quem não conhece o XFCE 4.xx, muito boa essa interface, rápida, funcional e intuitiva, realmente gostei.
[21] Comentário enviado por calabresa em 01/11/2006 - 20:07h
Gostei bastante do artigo, porque ele põe em xeque aquele conceito imposto pelas grande corporações de informática de que as máquinas tem que ser cada vez mais potentes.
[22] Comentário enviado por GilsonDeElt em 09/06/2007 - 17:28h
Artigo muito bom esse!
Parabéns, você provou que pode-se rodar o KDE num PC "primitivo".
Tenho 256 MB de RAM, e rodo o KDE muito bem, embora sempre me digam que tenho pouca memória e deveria usar um *box da vida. Nada contra os *boxs, mas meu KDE e suas "frescuras" são indispensáveis - pelo menos pra mim. Acho que dava pra deixar o Klipper rodando nessa máquina sua sim, mas é só minha opinião.
Concordo também com o comentário do agk, no ponto de compilar os fontes, usando Flags para otimizá-los.
Mais uma vez, parabéns pelo artigo!
E como você disse: "[...] É só através das críticas que crescemos. [...]"
[23] Comentário enviado por flaviorc em 16/12/2007 - 18:46h
OI PESSOAL!!!! GOSTARIA MUITO DE INSTALAR O LINUX. MAIS EU CONSIGO INSTALALO MAS QUANDO EU VOU USAR OU MESMO CONFIGURAR O ACESSO A INTERNET DISCADA E ETC... NÃO DA CERTO
MEU MODEM É DA MOTOROLA PRECISO DA AJUDA DE TODOS PORFAVOR EU TAMBEM AMO A LIBERDADE OK ME AJUDEM ESPERO UM RETORNO.
[24] Comentário enviado por flaviorc em 16/12/2007 - 18:51h
POIS É EU INSTALO O LINUX MAS NA HORA DA CONFIGURAÇÃO É UM HORROR ME AJUDEM AI PESSOAL OU ME ENVIE ALGO UM MANUAL DO LINUX DE CONFIGURAÇÃO DE INTERNET DISCADA E ETC....
[26] Comentário enviado por edersonhonorato em 24/01/2010 - 13:25h
Apesar de ser um artigo antigo, parabelizo o autor.
Uma coisa muito importante é a utilização de hardware tido como obsoleto...
Sempre fui interessado em intalar o linux em máquinas com poucos recursos, a fim de transformá-las em um desktop usável.
Minha primeira experiência em linux, foi rodando o RedHat 5 com KDE 1 em um Pentium 133 com 32MB de memória e na época não ficou mais pesado que o win98 que eu costumava usar. E só não abandonei(na época) o windows de vez por causa da porcaria do meu winmodem que não funcionava no linux. Tanto que só matei a lombriga de ver a internet no linux com o kurumin 1, que por acaso me fez abandonar o windows de vez!
Hoje tenho aqui em casa, um 486DX100 com 16MB de ram rodando um linux que andei desenvolvendo e chamo de lnxmall linux, baseado no slackware 4 utilizando o ICEWM como gerenciador de janelas e mais um monte de aplicativos minimalistas portados para uso com ele (Netscape, Opera, Abiword, etc...). Tem um gerenciador de pacotes próprio e todos os aplicativos disponíveis são ELF para diminuir o problema com dependências, resultando numa instalação básica de 10MB aliado a um monte de scripts que auxiliam na configuração de rede, video e som(alá icones mágicos). E roda muito bem no 486.
Num pentium 133 que tenho aqui, eu uso o conectiva 6 com o WindowMaker e roda como uma pluma, e que inclusive postei um screenshot aqui no VOL.
Outra saida para os mais avançados é utilizar o modo texto sem interface gráfica. Ao contrário do que o pessoal costuma achar, a gama de aplicativos para internet(browser, icq, msn, jabber, yahoo, giFT(p2p), bittorrent,etc...) é bem grande e a única dificuldade é lidar com documentos word, excel, powerpoint e pdf, embora consiga visualizá-los sem problemas.
Enfim, ainda há varias formas de se utilizar um "pc primitivo" com linux nem que seja só com internet(bizantine OS), ajudando comunidades carentes que não tem condição de possuir um computador de ponta.
[27] Comentário enviado por edersonhonorato em 24/01/2010 - 13:35h
Outra coisa...
Como o X atual pode ser muito pesado para um P133, talvez uma implementação do já muito utilizado KXdrive pode vir a calhar para uma interface gráfica leve(se o KDE conseguir rodar nele).
Como disse anteriormente, o sistema que desenvolvi com base no slackware utiliza o KXdrive como interface gráfica para rodar o ICEWM e é realmente leve(a versão que utilizo exige apenas 4MB de RAM).
[28] Comentário enviado por millemiglia em 15/04/2011 - 19:10h
É possível rodar o KDE em um Pentium 100 com 32 MB de RAM desde que se use uma distro antiga com uma versão leve do KDE (1.2, 1.4 ou algo parecido; KDE 2 nem pensar). Lembro que cheguei a instalar (e usar) uma distro chamada WinLinux 2000 num notebook Sharp PC9000 (Pentium 100 MHz, 32MB RAM, 1 GB HD, drive de cd e disquete, tela 10") que eu tinha há uns oito ou nove anos atrás e a distro usava o KDE como ambiente gráfico. A WinLinux 2000 era baseada no Slackware 7.0 (kernel 2.2.13) e era instalada como um aplicativo Windows. A distro ficava num diretório Linux na partição FAT ou FAT32 e usava o sistema de arquivos UMSDOS.