Essa experiência inusitada e um tanto engraçada serviu para mostrar algumas coisas, e é por isso que a estou comentando aqui.

Vejamos o que podemos inferir com o que se passou:

1º) O Linux não é mais aquele ilustre desconhecido de alguns anos atrás. Tem gente lucrando com o comércio de Software Livre, embora devamos admitir que a proporção do mercado ainda é pequena. Além do mais, pessoas fora do círculo do Software Livre já estão "pegando o jargão" e falando naturalmente em distribuições e versões;

2º) Há um mercado potencial para o comércio organizado do Software Livre. Embora a maior parte das Softhouses ainda se limitar a comercializar os produtos Microsoft e os produtos para Windows, existe um espaço potencial para o Linux que devemos explorar. Como me ensinou o meu sábio bisavô, que foi quem me ensinou a pechinchar assim, se tem alguém vendendo, é porque tem alguém comprando;

3º) É possível lucrar bem e de forma honesta com a comercialização de programas livres. E há que se notar, inclusive, que isso gera outros mercados potenciais na área de serviços. Se eu vendo o software do Servidor Apache, por exemplo, com um pacote de manuais de instalação e configuração, mas o cliente ainda assim sente necessidade de apoio técnico, nada mais justo que vender para ele também os serviços necessários; e,

4º) Você pode facilmente agregar valor aos seus produtos com Software Livre. Como no exemplo acima, vender o software do Servidor Apache é uma coisa, mas fazer um pacote com o software, manuais, um guia de instalação passo-a-passo e indicações de sites de ajuda, colocando tudo isso dentro de uma apresentação multimídia é muito melhor;