Teoria das Formas e o Aumento da Usabilidade

Esse artigo apenas explica de forma superficial o que é Teoria das Formas e qual a sua importância na computação e principalmente nas interfaces gráficas.

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Por: Xerxes em 29/04/2009


Conclusão



Uma interface gráfica para o usuário geralmente usa uma combinação de conceitos e tecnologias que fornecem uma maneira de interagir com o sistema de forma fácil. Em computadores pessoais, a combinação mais conhecida desses conceitos é o WIMP (Window Icon Menu Pointer), que nada mais é do que um ambiente com janelas, ícones, menus e ponteiros.

A ideia de apontar, clicar e arrastar é intuitiva e faz parte da realidade do homem. Aplicar essa maneira de utilizar as formas e as imagens para aproximar o usuário do sistema operacional é uma grande aplicação e comprovação da eficiência da Teoria das Formas, que não pode estar ausente em nenhum software, mas pode ser bem ou mal utilizada.

Nesse conceito (WIMP), é utilizado um dispositivo de ponteiro como o mouse para controlar a posição do cursor e apresentar informação organizada em janelas ou ícones. Os comandos disponíveis são compilados através de menus e acionados através do dispositivo de ponteiro.

Tantos os primeiros dispositivos tecnológicos como quase todos os dispositivos atuais usam algum sistema de formas e elementos visuais como meios de aumentar a sua usabilidade.

Computadores pessoais, PDAs e Smartphones utilizam alguns elementos como ponteiro, ícones e botões. Porém, atualmente, os conceitos de interação do usuário com o sistema operacional começam a sair um pouco do que foi convencionado por WIMP.

Esses mesmos dispositivos que possuem características WIMP, possuem novas características que podem ser denominadas como pós-wimp. Isso pode ser notado através de novas tecnologias que dispensam o uso de mouse e de ponteiros, como o caso dos monitores touchscreen, utilizados principalmente em aparelhos de bolso como o iPod. Porém, não podem dispensar a combinação de estética e lógica proporcionados pela Teoria das Formas, que é a base onde são construídos todos os demais elementos visuais.

O computador Microsoft Surface, da Microsoft, tem um grande dispositivo na forma de mesa que identifica toques e gestos e reconhece objetos colocados sobre ele. O DiamondTouch Table, da Mitsubishi Electric Research Laboratories, é uma tela ativada por toques e gestos e é capaz de reconhecer quem está tocando nele. O Everywhere Displays Project, da IBM, funciona através de projetores em uma sala e cria imagens sobre as superfícies e objetos como mesas, paredes etc. Câmeras de vídeo capturam imagens de usuários tocando em várias partes da superfície e enviam esta informação para ser interpretada por um computador.
Linux: Teoria das Formas e o Aumento da Usabilidade
1.Microsoft Surface, 2. Everywhere Display, 3. DiamondTouch
A ideia de poder interagir diretamente com a interface, através de toques e gestos dos dedos é inovadora e altera um pouco o antigo conceito WIMP, quando passa a subtrair de seu escopo a ideia de um ponteiro ou de um intermediador (como o mouse).

Podemos notar o início de uma era de interação mais natural e intuitiva entre homem e máquina. A teoria das Formas sempre estará presente nesses novos modelos de interação do usuário com a interface, fornecendo melhor disposição dos elementos visuais.

Por mais desenvolvida que seja uma tecnologia ou por mais desenvolvido que seja um dispositivo qualquer, se se trata de usabilidade e disposição de elementos visuais, a Teoria das Formas sempre se mostrará presente. Reconhecer a sua importância não é só questão de tentar agradar visualmente o usuário, mas principalmente uma questão de aproximar cada vez mais o usuário do sistema, ou do programa, da forma mais natural, confortável e intuitiva possível. Pois só assim a interface gráfica conseguirá se desenvolver, possibilitando o desenvolvimento de outras áreas pelo aumento da livre expressão e criatividade.

REFERÊNCIAS


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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. A importância na computação
   3. Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por luizvieira em 29/04/2009 - 10:00h

Muito interessante.
Gosto muito das pesquisas que mesclam a área de humanas com exatas, de forma pragmática e concisa.
Parabéns!

[2] Comentário enviado por Morvan em 30/04/2009 - 09:06h

Bom dia, Xerxes.
Excelente artigo, o que abrilhanta ainda mais este nosso espaço, o VOL.
À guisa de esclarecer, gostaria de fazer um pequeno aclaramento no conceito de Gestalt; Onde se lê "... o todo é mais do que a soma de suas partes..." leia-se "... o todo é maior do que a soma de todas as partes ...", onde podemos citar, por exemplo, a música (exemplo recorrente nos cursos de Psicologia / Pedagogia), onde, se se a desconstroi, só se obtêm sete notas (não considerando aqui as variações, como bemol, sustenido, etc.), e não um harmonioso e agradável conjunto de sons.
No caso da interface gráfica, não podemos esquecer o Lisa, o primeiro computador a portar uma GUI. Claro que quem entrou para história foi o McIntosh, por razões tecnológicas, bem como mercadológicas.
Reiterando, o seu artigo é muito elucidativo e ilustrativo idem; parabéns.
Morvan, usuário Linux #633640.

[3] Comentário enviado por Eunir Augusto em 25/06/2009 - 10:52h

Bom dia, Xerxeslins.

Este é um dos artigos mais bem escritos que já li nos ultimos meses. Meus parabens!


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