Uma interface gráfica para o usuário geralmente usa uma combinação de conceitos e tecnologias que fornecem uma maneira de interagir com o sistema de forma fácil. Em computadores pessoais, a combinação mais conhecida desses conceitos é o WIMP (Window Icon Menu Pointer), que nada mais é do que um ambiente com janelas, ícones, menus e ponteiros.
A ideia de apontar, clicar e arrastar é intuitiva e faz parte da realidade do homem. Aplicar essa maneira de utilizar as formas e as imagens para aproximar o usuário do sistema operacional é uma grande aplicação e comprovação da eficiência da Teoria das Formas, que não pode estar ausente em nenhum software, mas pode ser bem ou mal utilizada.
Nesse conceito (WIMP), é utilizado um dispositivo de ponteiro como o mouse para controlar a posição do cursor e apresentar informação organizada em janelas ou ícones. Os comandos disponíveis são compilados através de menus e acionados através do dispositivo de ponteiro.
Tantos os primeiros dispositivos tecnológicos como quase todos os dispositivos atuais usam algum sistema de formas e elementos visuais como meios de aumentar a sua usabilidade.
Computadores pessoais, PDAs e Smartphones utilizam alguns elementos como ponteiro, ícones e botões. Porém, atualmente, os conceitos de interação do usuário com o sistema operacional começam a sair um pouco do que foi convencionado por WIMP.
Esses mesmos dispositivos que possuem características WIMP, possuem novas características que podem ser denominadas como pós-wimp. Isso pode ser notado através de novas tecnologias que dispensam o uso de mouse e de ponteiros, como o caso dos monitores touchscreen, utilizados principalmente em aparelhos de bolso como o iPod. Porém, não podem dispensar a combinação de estética e lógica proporcionados pela Teoria das Formas, que é a base onde são construídos todos os demais elementos visuais.
O computador Microsoft Surface, da Microsoft, tem um grande dispositivo na forma de mesa que identifica toques e gestos e reconhece objetos colocados sobre ele. O DiamondTouch Table, da Mitsubishi Electric Research Laboratories, é uma tela ativada por toques e gestos e é capaz de reconhecer quem está tocando nele. O Everywhere Displays Project, da IBM, funciona através de projetores em uma sala e cria imagens sobre as superfícies e objetos como mesas, paredes etc. Câmeras de vídeo capturam imagens de usuários tocando em várias partes da superfície e enviam esta informação para ser interpretada por um computador.
1.Microsoft Surface, 2. Everywhere Display, 3. DiamondTouch
A ideia de poder interagir diretamente com a interface, através de toques e gestos dos dedos é inovadora e altera um pouco o antigo conceito WIMP, quando passa a subtrair de seu escopo a ideia de um ponteiro ou de um intermediador (como o mouse).
Podemos notar o início de uma era de interação mais natural e intuitiva entre homem e máquina. A teoria das Formas sempre estará presente nesses novos modelos de interação do usuário com a interface, fornecendo melhor disposição dos elementos visuais.
Por mais desenvolvida que seja uma tecnologia ou por mais desenvolvido que seja um dispositivo qualquer, se se trata de usabilidade e disposição de elementos visuais, a Teoria das Formas sempre se mostrará presente. Reconhecer a sua importância não é só questão de tentar agradar visualmente o usuário, mas principalmente uma questão de aproximar cada vez mais o usuário do sistema, ou do programa, da forma mais natural, confortável e intuitiva possível. Pois só assim a interface gráfica conseguirá se desenvolver, possibilitando o desenvolvimento de outras áreas pelo aumento da livre expressão e criatividade.
REFERÊNCIAS