Gostei muito do artigo e esse tipo de artigo mais filosófico, distanciado dos técnicos tendem a permanecer mais.
Sendo que em assuntos técnicos, por exemplo, o mundo dos softwares pagos renova-se a cada lançamento.
É o que acontece com Win e no Open Source aparecem sinais.
Software livre representa revolução cultural, social, política, assim como o foi a invenção da imprensa, a revolução francesa, a revolução russa.
É como um livro escrito relatando a solução de um problema, que todos passam uns aos outros para cada um escrever um pedaço de sua história.
Ainda que a história do livro fique ultrapassada para a moda, alguém poderá consultá-la para elaborar uma nova.
Assim devem ser todas as ciências em interdisciplinaridade.
Por exemplo, fui conferir o protótipo das funções da biblioteca Qt e parecem já possuir disparidades das versões antigas.
Não consegui testar um exemplo antigo com bibliotecas novas e o compilador me mostrou protótipos totalmente diferentes do meu exemplo.
Ou seja, um KDE velho não compilaria. Por outro lado, um dos primeiros Window Maker, que usam outra coisa, compilou e funcionou sem problemas.
Quer dizer, a tecnologia passa e a filosofia fica.
Mesmo que pareça estar morta há algo que se possa aprender com ela, mesmo que não gere lucro.
Independente de quão teórica seja a filosofia, terá a acrescentar a todo o conjunto de ideias que vierem.
Não moldando tecnicamnete, mas em outros aspectos de como o conjunto pode ser trabalhado.
Sejam artigos de comparação ou não. Win existe mesmo que se ignore segundo uma estatística de 95% de um nicho do mundo.
"There are three kinds of lies: lies, damn lies, and statistics."
Benjamin Disraeli
[0] Artigo enviado por malacker em 02/08/2012:
Aqui mesmo, no Viva o Linux, quando alguém escreve um artigo, por mais completo que possa parecer, sempre aparece outro alguém com uma dica interessante para acrescentar ao assunto, ou uma crítica para corrigir, que de uma forma ou de outra, enriquece o artigo.
Tudo tem dois lados.
Pessoalmente eu tenho o estigma de dominar ****a nenhuma, se não sei ou se esqueci dá tudo na mesma; chegar perante o trabalho de alguém e comentar "assim, assim", ou "fica melhor se", ou "tem isso aqui", ou "nesse caso como seria?" ficarão com a ideia de "quem é esse ****a desse ****a prá 'achar' alguma coisa?". Justamente pela ideia de que sempre existe alguém que sabe algo a mais, não importa quanto se saiba.
Tanto faz o rótulo que se rotule o comentário, por técnico, estilístico, argumentativo, inter-qualquer-coisa, não importa o exagero, mesmo que não existe outro nome para tal, seja lá o que for. A ideia deve se sobrepor ao interlocutor, não importando o tamanho. Agora vejamos se há alguma a partir daqui.
Não sei se foi aqui que li, esqueço-me das referências facilmente, mas prá uma pessoa dominar um conhecimento, uma arte e produzir em alto nível requer muita prática diária e por muito tempo. Igual a uns 15 anos que Mozart levou para compôr algo realmente de bom.
Nas histórias desta categoria de pessoas, temos também a do verão de Torvalds no computador do avô e também de Stallman ao 16 na IBM programando. Daí se diria: e se eles não estivessem lidando com informática? Provavelmente aprenderiam a fazer outras coisas. Ora, todos fazem outras coisas.
Cabe a pergunta; o que condicionou a vaidade dos outros, alguns dos que fazem as outras coisas, que arrumam links de documentos de word no desktop de alguém "inferior" clicando com mouse de joaninha? (algumas das outras pessoas detestam esses mouses ...).
Ele também pode ser o típico funcionário "bombril", que pela polivalência acaba sendo ou se sentindo desvalorizado. Daí tenta alguma garantia antes que peguem outro novo num currículo da prateleira. Cultural.
É aquele mesmo equilíbrio entre a sobrevivência na cooperação e a definição de papeis sociais baseado no poder pessoal de cada um. Se o "estranho" é arrogante, é reflexo do meio. Se não é e trata-se de uma "projeção" no outro, então é pior do que poderia ser.
Há um fundamento estatístico em se dizer que é uma excessão aquele que opta por não fazer as outras coisas, seja lá o que venha a se fazer. Então acaba sendo diferenciado no grupo e pelo grupo. Se for necessário, algum outro arrogante presente no convívio tratará de passar por osmose esse modo de ser. É comportamento aprendido. Começou em algum lugar, não interessa quando ou onde.
O que leva uma pessoa a se destacar no que faz? É a natureza da tarefa, o que faz ou a pessoa? Quantos trabalhadores braçais apareceram em algum tipo de premiação? Daqui "de cima" até seria um abuso dizer o motivo de alguns prêmios "funcionário do mês" oferecido por certas empresas. Como será que as pessoas que trabalham com o premiado funcionam em seu pensar? Motivação, inveja, ambição, orgulho, simpatia, companheirismo, essa coisa do trabalho em equipe ...
Essa coisa do cara simbolizada no "oráculo local" ou num contexto maior também possui algum papel. Como assimilá-lo? Seria a ideia de que a maioria que sente-se inferior ou ameaçado acaba por "destruir" em seu íntimo e perpetua a negativa. O mundo é feito de estereótipos iguais que permeiam a mente de todos sem nem se conhecê-los. Basta não ir com a cara do sujeito e ele vai pro "coletivo".
As pessoas que conseguem o verdadeiro destaque conseguem por se desligar de todo o resto, muitas vezes de si mesmas, mas acima de tudo dos outros. O que causa muitas vezes dificuldades sociais. Elas não ligam para elogios, status, se será considerada arrogante, se haverá concorrência, se lhe puxarão o tapete. Nas melhores palavras, é "apenas por diversão". Onde sua mente estiver, é la que se está. Quem pensa visualiza a perfeição, quem sente contempla a criação. Uma versão do conhecido "ligue o ***a-se". Lá não existirão ícones empesteando o papel de parede ou qualquer outra estética duvidosa. É melhor que Pasárgada. Quem chega lá torna-se Rei.
Aqui começou-se com Informática, mas quantas outras aplicações ela possui, além de aplicar-se a si mesma ou transformar as demais áreas do conhecimento? O simples fato de focar-se em um único saber e tê-lo por excelência, do garantir-se apenas naquilo, tira a visão de uma série de outros conhecimentos e objetos que seriam úteis se combinados entre si, criando uma nova linguagem, uma nova ciência, um novo paradigma, não apenas resolvendo um problema de um modo simples ou do melhor modo, mas conjuntamente todos os problemas possíveis daquele modelo de ideias, inclusive um monte de outros problemas que nem sequer existiam e ao mesmo tempo a criação de outros muito mais difíceis que o primeiro. Isso incluiria trabalhar em conjunto com pessoas de áreas completamente avessas à própria, não arrumando ícones. Isto pode ser um exemplo do que *poderia ser* (não é ideia absoluta) a tão *mitnificada* genialidade.
Mas o tempo é curto e deve-se voltar logo. Lembrando que a humanidade caminhará como sempre, mantendo a mesma "aurea mediocritas", que nem todos precisam saber falar marciano e que não há nada de errado em se preocupar apenas com o preço do quilo de carne, mesmo entendendo bulhufas do noticiário. E que nem por isto esses merecem desrespeito.
Talvez seja isso que o carinha do exemplo viesse a ser, se não se acomodasse com a parca informação que obteve. Talvez pensasse ser o tal "saber muito". Ele e todos os outros à sua volta.
Fora isso, parece que Gentoo deu uma grande encolhida, não vejo muita gente falando de Funtoo e o que está cada vez mais forte mesmo parece ser Sabayon. O preço dos alimentos subiu de novo, mas nem sei que "praga" foi dessa vez...