FurretUber
(usa Ubuntu)
Enviado em 20/11/2020 - 00:51h
Não acredito que estou aqui defendendo os Snaps e AppImages (Flatpak é indefensável. Perdoem-me, usuários de Fedora e CentOS :p )
Usando sistemas live (ISO do Ubuntu, por exemplo), AppImage são muito bons, pois permitem ao usuário usar a versão atualizada de um programa específico, como o Firefox ou o LibreOffice sem precisar editar a ISO ou algo mais radical. Um programa novo em um único arquivo e extremamente fácil de ser utilizado.
Snaps proveem uma forma consistente de empacotar programas para múltiplos sistemas diferentes, enquanto possuindo um local central para as atualizações. Enquanto houve decisões questionáveis, especialmente a migração do LXD e do Chromium no Ubuntu, a possibilidade de instalar a última versão, ter um canal de atualizações automáticas e a reversão automática para uma versão antiga em caso de problemas simplifica a experiência do usuário.
Quando digo que Flatpak é indefensável é, basicamente, devido ao tamanho das bibliotecas da base do Flatpak, pois a funcionalidade é comparável à do Snap. O core do Snap tem 98 MB, temas GTK2 tem 140 kB, temas GTK3 tem 63 MB e o GNOME 3 tem 163 MB, totalizando aproximadamente 325 MB. Para a mesma coisa, Flatpak precisa de 1 GB. Mesmo considerando os backups das versões antigas, Snap usa menos espaço. E ainda tem o detalhe que Flatpak cria um milhão de arquivinhos minúsculos (que pode acabar com is inodes disponíveis na partição), enquanto cada Snap é um único arquivo.
Para fins de aprendizado, eu já criei executáveis AppImage, pacotes Snap e Flatpak. A ideia de criar um arquivo/pacote que pode ser executado/instalado em praticamente qualquer sistema Linux é bastante tentadora. Por isso, esse movimento de usar tais alternativas tende a continuar, se não aumentar ainda mais. Tenho nada contra pacotes DEB ou RPM, mas entendo perfeitamente o apelo de AppImage, Snap e Flatpak.